25 AGOSTO – Trata-se de combater sem trégua o espírito de relaxamento que tenta intrometer-se em tudo. Ele destrói fatalmente os melhores projetos e os mais nobres propósitos. Querer sempre, custe o que custar! (L 9) São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 23,27-32
- Ai de vocês,
mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os
profetas e enfeitam os monumentos das pessoas que viveram de modo correto. E
dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não
teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado os profetas." Assim
vocês confirmam que são descendentes daqueles que mataram os profetas.
Portanto, vão e terminem o que eles começaram!"
Meditação:
Mateus
recolhe em sete a expressão: "Ai
de vós", usada por Jesus, para introduzir as acusações
dirigidas contra os escribas e fariseus. No Evangelho de hoje, temos os dois
últimos “ai de vós” da seqüência. A repetição explícita, “ai de vós, escribas e
fariseus hipócritas…”, mostra-nos a contundência da censura. Na ocasião das
grandes festas, os sepulcros eram caiados para evitar algum contato
involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.
Jesus
continua a nos interpelar assim como fez com os mestres da Lei e os fariseus a
respeito da sinceridade nas nossas “boas ações”.
Seremos
como sepulcros caiados, por fora, impecáveis, por dentro cheios de imundície.
Assim também, em relação às palavras que pronunciamos, aos elogios fáceis e
cheios de hipocrisia que emitimos com o intuito de agradar a alguém, enquanto o
nosso coração, muitas vezes, até critica e reprova.
A verdade e a justiça devem permear as nossas atitudes, nem que doa. Jesus foi transparente e sincero quando disse: “Ai de vós, hipócritas”!
Será que
somos nós, hoje, os mestres da Lei e os fariseus, falsos e cínicos? Como está a
sua justiça? Ela é verdadeira? O que será que você poderá estar vivendo, só de
fachada? Você gosta de criticar as falhas dos outros achando que não cairia no
mesmo erro? Você costuma fazer alguma coisa somente para parecer “bonzinho -
boazinha”? Você costuma refletir sobre as conseqüências das suas ações? Você
tem costume de elogiar as pessoas somente para agradá-las?
Se a sua conduta não for diferente da dos mestres e doutores da Lei saiba que Jesus está dirigindo para você estas palavras: Ai de você fariseu, hipócrita e doutor ou doutora da Lei!
Uma nova manifestação do conflito entre fariseus e Jesus é apresentada no evangelho de hoje. Volta a crítica de fundo dos fanáticos proclamadores do cumprimento da lei; eles, como sepulcros caiados, estão cheios de corrupção e podridão.
Por outro lado, as comunidades cristãs daquele tempo sofriam uma dura
perseguição por parte das instituições judaicas, que viam no cristianismo uma
ameaça para a legitimidade de seus aparatos de domínio.
O fato de proclamar Jesus como Messias, o enviado, relativizava o absolutismo
das grandes instituições, como o Templo, a Lei, o Culto e o Sinédrio. O projeto
de Jesus constituía uma novidade alternativa, que colocava a dignidade da
pessoa no centro das atenções, por ser amada e preferida por Deus.
Essa vida estava acima de toda lei, o que quer dizer que o confronto entre
Jesus e a lei vai muito além de um assunto de obediência; trata-se de um
assunto ético, em que a discussão central está no lugar que ocupa a vida
humana. Hoje enfrentamos múltiplas instituições que, em nome dos interesses do
povo, tiram-lhe a própria vida.
Hoje, mais que nunca, estamos precisando de vozes proféticas que se levantem e
clamem pela paz, pela justiça e pela solidariedade, em um mundo que
paradoxalmente se afoga, entre a complexidade das leis criadas para simplificar
a vida.
Propósito:
Senhor, arranca o meu coração de pedra, este coração duro e incircunciso. Dá-me um coração novo, um coração de carne, um coração puro (Ez 36, 26). Tu, que purificas os corações, que amas os corações puros, toma posse do meu coração e vem fazer nele a tua morada. Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!
++++
O ser
humano sempre estabelece metas a serem alcançadas.
Se um grande sonho se concretiza, e preciso aceitar suas consequências.
Os pessimistas consideram que determinados sonhos não são para eles.
Os otimistas perguntam-se o que é preciso aprender e fazer para realizá-los.
Quem não se dispõe a trabalhar para a realização de seu ideal está desistindo
da luta.
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