28 setembro – Sede extraordinários nas coisas ordinárias. (M 9/94/17; cfr. S 268). São jose Marello
Lucas 9,46-50
"Os discípulos começaram a conversar sobre qual deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse:
- Aquele que, por ser
meu seguidor, receber esta criança estará recebendo a mim; e quem me receber
estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre
vocês, esse é que é o mais importante.
João disse:
- Mestre, vimos um
homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de
fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Então Jesus disse a
João e aos outros discípulos:
- Não o proíbam, pois
quem não é contra vocês é a favor de vocês. "
Meditação:
A
preocupação acerca de quem era o MAIOR no grupo de doze de Jesus é revelada nos
relatos dos Evangelhos. De acordo com o evangelista Lucas, pelo menos em
dois momentos o Senhor tratou desta questão: Lc 9,46-50 (também relatado por Mc
9,33-41 e Mt 18,1) e Lc 22,24-29.
A tarefa que Jesus se impôs de formar seus discípulos nas
questões do Reino agora se entorpece com a forma de sentir e pensar de seus
discípulos, que obedece à formação cultural e à tradição da época.
Depois de todas as manifestações externas, que entre outras inclui a ressurreição dos mortos e a cura dos enfermos, Jesus olha para dentro do grupo de discípulos e percebe que eles seguem pensando com a lógica do anti-reino.
Ante o reiterado anúncio da paixão e morte de Jesus, eles se perguntam quem ficará com o poder. O evangelho afirma que surgiu uma discussão sobre quem era maior entre eles. Ante esta preocupação ambiciosa, a resposta de Jesus é desconcertante: " O menor entre vocês será o maior".
Esta é a lógica do Reino: a autoridade e autenticidade não derivam do status, do cargo ou dinheiro, mas da capacidade de serviço entre os irmãos; ali reside a força da nova comunidade-sociedade formada para o Reino.
O
Evangelho de hoje está constituído por duas pequenas unidades que têm como
tema o significado da “grandeza” no Reino de Deus.
Os
discípulos discutiam sobre quem deles seria o maior. Nunca se acabaria a luta
contra a ambição? Finalmente chegariam a entender de que se tratava este
assunto do Reino? Então Jesus sentou-se, como um mestre, chamou aos doze e
tomando uma criança, colocou-a a seu lado e lhes disse: “O que recebe esta
criança em meu nome, é a mim que recebe, e aquele que me recebe, recebe aquele
que me enviou. O menor entre vocês é realmente o maior”.
A atitude de
Jesus é um gesto verdadeiramente pedagógico: Jesus põe uma criança ante os
discípulos e a declara protótipo da grandeza no Reino de Deus. A partir deste
gesto, Lucas elabora uma corrente de sentenças impregnadas de matizes característicos
de sua igreja.
A criança
não será um exemplo de inocência ou pureza; a criança é um ser frágil, sem
poder, sem pretensões, sem autoridade; não tem nada que dizer na sociedade e
deve limitar-se a obedecer às ordens que lhe dão os maiores, só pode “receber”
com alegria o que se lhe oferece.
O chamado de
Jesus a seus discípulos é que renunciem às pretensões sobre o Reino e aceitem
com valentia o que se lhes oferece. Os discípulos devem mudar substancialmente
seu conceito sobre a grandeza.
O fazer-se
como crianças não significa voltar a ser o que se foi, mas renunciar ao poder e
optar pela humildade e o serviço aos demais, como única possibilidade de ser
parte no Reino de Deus.
A segunda
parte do evangelho de hoje mostra a preocupação dos discípulos pelo prestígio e
a posição elitista que se expressa em seu rechaço daquele que, mesmo não sendo
do grupo dos doze, realiza ação de cura em nome de Jesus.
A reação de
Jesus é imediata: rechaça explicitamente esta atitude elitista e sectária do
grupo. O erro que os discípulos cometeram foi pensar que o “desconhecido” que
invocava o nome de Jesus lhes fazia competição.
Jesus pensa
de outra maneira e nos convida a que pensemos como Ele. Convida-nos a que
sejamos abertos a outras pessoas, grupos e movimentos e trabalhemos por uma
causa comum: o Reino de Deus.
Nós, a
comunidade dos seguidores de Jesus, devemos estar dispostos a tolerar e aceitar
a TODOS os que trabalham para instaurar no mundo um novo projeto social.
Reflexão
Apostólica:
A tarefa que Jesus se impôs de
formar seus discípulos nas questões do Reino agora se entorpece com a forma de
sentir e pensar de seus discípulos, que obedece à formação cultural e à
tradição da época.
Depois de todas as manifestações externas, que entre outras inclui a ressurreição dos mortos e a cura dos enfermos, Jesus olha para dentro do grupo de discípulos e percebe que eles seguem pensando com a lógica do anti-reino.
Ante o reiterado anúncio da paixão e morte de Jesus, eles se perguntam quem ficará com o poder. O evangelho afirma que surgiu uma discussão sobre quem era maior entre eles. Ante esta preocupação ambiciosa, a resposta de Jesus é desconcertante: " O menor entre vocês será o maior".
Esta é a lógica do Reino: a autoridade e autenticidade não derivam do status, do cargo ou dinheiro, mas da capacidade de serviço entre os irmãos; ali reside a força da nova comunidade-sociedade formada para o Reino.
Jesus hoje nos dá uma grande lição. Acolher os que são desprezados. Investir
uns dez ou vinte minutos do nosso tempo para contar umas piadas para o
porteiro, para dar um bom dia gostoso a faxineira, e lhe perguntar, como
vai? Jesus está nos dizendo que podemos ser mais gentis com os humildes,
dizendo Feliz Natal aos excluídos
O Evangelho
Jesus nunca olha para uma pessoa, mas sempre olha através da pessoa. Quando
olhamos para alguém, não percebemos o que aquela pessoa está passando,
pensando, sentindo... Isso nós só conseguimos saber quando nos anulamos e nos
colocamos no lugar da outra pessoa. Jesus foi, então, o maior de todos os
psicólogos que já existiu... Ele sondava o coração, e era capaz de ser aquela
pessoa.
Na passagem de hoje, Ele sondou o coração dos discípulos e sentiu que eles se
perguntavam quem, dentre os 12, seria o maior.
Eles eram humanos como nós, e dentro do grupo, procuravam uma posição de destaque.
Observe que Jesus não coloca todos no mesmo patamar. Jesus admite que há a
possibilidade de alguém ser maior que os outros. Existe uma hierarquia no Reino
dos Céus! Mas essa hierarquia é o inverso da nossa.
Aqui, neste mundo, quanto maior for a sua posição, mais inacessível você se
torna. Na hierarquia de Jesus, quanto mais acessível você for, maior a sua
posição. Viu como inverte duplamente? Neste mundo, você cresce e se torna
inacessível; no Reino dos Céus, você se torna acessível e cresce!
As pessoas têm medo/resistência em falar com você? Algo está errado... O
primeiro passo é assumir. Se você não assumir, não vai conseguir nem passar
para o segundo passo: descobrir o porquê.
A maioria das pessoas quer interagir mais, ter mais e melhores amigos. Mas elas
precisam se ver em você... encontrar a abertura, que pode ser na forma de um
sorriso, uma brincadeira, ou até em você saber o nome dela... E esse já é o
terceiro passo: abrir-se. Em pouco tempo, você já vai ser tão solicitado, que
não vai dar nem conta de tanta responsabilidade.
O missionário do Reino, portanto, não pode desprezar ninguém! É claro que o
menino que Jesus tomou em seus braços nesta passagem, representa não só as
crianças, mas todos os que são "pequenos" para este mundo.
A segunda parte do Evangelho de hoje trata das pessoas que não são do grupo dos
discípulos, mas que usam o nome de Jesus para expulsar demônios. Dá para
perceber alguma semelhança com o que vemos hoje?
Alguns cristãos fazem exatamente isto. E a resposta de Jesus também serve para
nós. Não devemos proibir. Desde que façam o bem às pessoas, estaremos no mesmo
time. Caso utilizem do nome de Jesus para tirar proveito próprio, eles é quem
irão prestar contas, quando chegar o momento.
Propósito:
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo
especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza
de discípulo.
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