20 abril - A solidariedade das boas obras, em
nós sacerdotes, é o único recurso que ainda nos resta, nestes tempos em que a
nossa esfera de ação é tão limitada! (L 22). São Jose Marello
Leitura
do santo Evangelho segundo São Lucas 24,1-12
"No primeiro dia da semana, muito cedo, dirigiram-se ao sepulcro
com os aromas que haviam preparado.Acharam a pedra removida longe da abertura
do sepulcro. Entraram, mas não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Não sabiam
elas o que pensar, quando apareceram em frente delas dois personagens com
vestes resplandecentes. Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o
chão, disseram-lhes eles: Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo?
Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como ele vos disse, quando ainda
estava na Galiléia: O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores e
crucificado, mas ressuscitará ao terceiro dia. Então elas se lembraram das
palavras de Jesus. Voltando do sepulcro, contaram tudo isso aos Onze e a todos
os demais. Eram elas Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; as outras
suas amigas relataram aos apóstolos a mesma coisa. Mas essas notícias
pareciam-lhes como um delírio, e não lhes deram crédito. Contudo, Pedro correu
ao sepulcro; inclinando-se para olhar, viu só os panos de linho na terra.
Depois, retirou-se para a sua casa, admirado do que acontecera."
Meditação:
Com a chegada da noite, entramos no
coração de nossas celebrações da semana santa. É a hora da grande vigília, a
vigília pascal, "a mãe de todas as vigílias" (Santo Agostinho). A
vigília pascal é o ponto alto de todo o ano litúrgico, a celebração mais
importante na vida do cristão. Nela celebramos o mistério da redenção humana.
Celebramos hoje a vigília pascal, que é a vigília mais solene e a mãe de todas as liturgias do ano. Os textos escolhidos para esta vigília são textos fundamentais da História do Povo de Deus, tanto na Bíblia Hebraica como na Bíblia Cristã.
Antes da Criação havia o caos e a confusão. A obscuridade cobria o abismo, a luz talvez ainda não tinha sido criada. Confusão e caos era também a maneira como viviam os israelitas antes de cruzar o Mar Vermelho, quando foram perseguidos de morte pelos egípcios. É na última vigília da noite (entre as duas e as seis da manhã) que Javé seca o mar e salva o povo de Israel, os egípcios são afundados na confusão e no caos e nas profundezas das águas. Ao raiar do primeiro dia da semana (“quando talvez ainda estava escuro” acrescenta o 4º Evangelho) as mulheres vão ao sepulcro de Jesus. O anjo do Senhor, que tem o aspecto de um relâmpago, anuncia a ressurreição de Jesus. Paulo de Tarso nos fala do triunfo da vida sobre a morte no corpo de Jesus. A morte já não tem senhorio sobre Jesus, sua vida é um viver para Deus.
A liturgia esta noite medita sobre a ressurreição de Jesus, tendo como pano de fundo a Criação do mundo e o Êxodo do Povo de Deus em sua fase final, quando atravessam o mar e o faraó com seus exércitos afundam nas águas profundas do Mar Vermelho. Paulo faz uma reflexão sobre nossa morte e vida à luz da morte e ressurreição de Jesus. Nesta noite santa de Glória, fazemos a experiência de toda a História da Salvação, partindo da Criação do mundo, passando pelo Êxodo e chegando à Ressurreição de Jesus.
Jesus Ressuscitado aparece bem cedo a Maria Madalena. Ela corre em seguida a dar a notícia aos desconsolados e entristecidos companheiros de Jesus, mas estes não acreditam no que escutam, como se a esperança que Jesus havia semeado neles tivesse desaparecido com sua morte. Definitivamente, nem os próprios discípulos acreditavam no que se dizia entre eles.
Celebramos hoje a vigília pascal, que é a vigília mais solene e a mãe de todas as liturgias do ano. Os textos escolhidos para esta vigília são textos fundamentais da História do Povo de Deus, tanto na Bíblia Hebraica como na Bíblia Cristã.
Antes da Criação havia o caos e a confusão. A obscuridade cobria o abismo, a luz talvez ainda não tinha sido criada. Confusão e caos era também a maneira como viviam os israelitas antes de cruzar o Mar Vermelho, quando foram perseguidos de morte pelos egípcios. É na última vigília da noite (entre as duas e as seis da manhã) que Javé seca o mar e salva o povo de Israel, os egípcios são afundados na confusão e no caos e nas profundezas das águas. Ao raiar do primeiro dia da semana (“quando talvez ainda estava escuro” acrescenta o 4º Evangelho) as mulheres vão ao sepulcro de Jesus. O anjo do Senhor, que tem o aspecto de um relâmpago, anuncia a ressurreição de Jesus. Paulo de Tarso nos fala do triunfo da vida sobre a morte no corpo de Jesus. A morte já não tem senhorio sobre Jesus, sua vida é um viver para Deus.
A liturgia esta noite medita sobre a ressurreição de Jesus, tendo como pano de fundo a Criação do mundo e o Êxodo do Povo de Deus em sua fase final, quando atravessam o mar e o faraó com seus exércitos afundam nas águas profundas do Mar Vermelho. Paulo faz uma reflexão sobre nossa morte e vida à luz da morte e ressurreição de Jesus. Nesta noite santa de Glória, fazemos a experiência de toda a História da Salvação, partindo da Criação do mundo, passando pelo Êxodo e chegando à Ressurreição de Jesus.
Jesus Ressuscitado aparece bem cedo a Maria Madalena. Ela corre em seguida a dar a notícia aos desconsolados e entristecidos companheiros de Jesus, mas estes não acreditam no que escutam, como se a esperança que Jesus havia semeado neles tivesse desaparecido com sua morte. Definitivamente, nem os próprios discípulos acreditavam no que se dizia entre eles.
s aparições devem ser tomadas como
toques dados à consciência pela experiência vivida no interior de cada um deles
com o Ressuscitado; são importantes porque não se deve buscar Jesus fora da
história, mas através de processos internos de tomada de consciência.
A comunidade deve ter claro que as
aparições ligam-se à reconstrução da consciência pessoal e grupal. A
recuperação da consciência se dá quando se sai da crise que se enfrentou com
tantas dúvidas e temores, e se experimenta que Jesus está vivo e nos está
chamando a reconstruir a vida em torno de um projeto comunitário que se
acreditava estar fracassado.
É importante também como a comunidade
reconstrói sua consciência e volta novamente à alegria de poder ter esperanças.
Já reconstruídos, e com a experiência de ter vivido a partir de seu interior o
processo da conversão, os discípulos serão capazes de anunciar e testemunhar
com suas vidas a Boa Nova.
A narração do túmulo vazio do
Evangelho de Lucas põe na boca dos anjos vestidos de branco, o significado da
Ressurreição de Jesus para as mulheres que foram ao sepulcro ao amanhecer do
primeiro dia da semana, e para todos nós: não podemos buscar a Jesus entre
os mortos, porque está vivo, no meio de nós. Somente nos cabe descobrir o
rosto de Jesus nos milhares de pessoas que passam pela rua, nas crianças
tristes e desnutridas, nas mulheres que necessitam de um pedaço de pão para
elas e seus filhos; no homem mal-cheiroso que está ao nosso lado no templo, em
todos os homens e mulheres que por diferentes caminhos buscam a Jesus.
O sepulcro vazio não é uma prova da
ressurreição de Jesus, mas uma pergunta que só terá resposta quando vivermos a
experiência de Jesus ressuscitado.
Os apóstolos não acreditam no que as
mulheres lhes narraram. Entre os judeus, as mulheres não eram pessoas que
merecessem fé: “muita mulher, muita mentira”, afirmava-se entre os judeus. Só
tinham vivido a experiência de Jesus vivo, Pedro comprova que o sepulcro estava
vazio, espanta-se, mas não conseguiu viver a experiência pascal.
Reflexão Apostólica:
O Sábado Santo é dia de recolhimento:
não há culto mas oração silenciosa A grande celebração de hoje já tem em mira a
Ressurreição, a Páscoa; é sua preparação.
É um dia de oração junto ao túmulo à espera da Ressurreição. É dia de reflexão e silêncio. Preparemo-nos para ela e participemos dela conhecendo o conteúdo profundo do que hoje é essa celebração.
Chegada a noite, todo nosso dia de
sábado terá sido assim um caminho de silêncio, passado na fé e na espera. Os
apóstolos, em seu primeiro sábado, estavam decepcionados, tristes e
desalentados. Nós, iluminados pela Ressurreição em que já acreditamos,
passamo-lo em silêncio, em vigília diurna. Sem celebração externa.
À noite, celebramos a Vigília Pascal. É preciso sublinhar a realidade simbolizada pelo fogo, pela luz e pela água.
À noite, celebramos a Vigília Pascal. É preciso sublinhar a realidade simbolizada pelo fogo, pela luz e pela água.
O fogo é o sinal da
presença de Deus na história em suas manifestações de salvação.
A luz é o símbolo da vida. Representa a presença de Cristo que é vida oferecida ao homem.
A água é também símbolo da vida que é comunicada ao cristão quando ele renasce no Batismo para um mundo novo.
A luz é o símbolo da vida. Representa a presença de Cristo que é vida oferecida ao homem.
A água é também símbolo da vida que é comunicada ao cristão quando ele renasce no Batismo para um mundo novo.
A Vigília Pascal se inicia com a
experiência do fogo novo, e a luz que com este fogo vai iluminando pouco a
pouco o recinto sagrado. Nossa história tem sido uma história de trevas e de
morte, uma história que parece não conseguir ver uma saída. Mas da tumba vazia
surge a luz, da morte surge o fogo-luz que anuncia que podemos crer na vida,
que podemos encontrar o caminho no meio da escuridão, que a morte não é a
última palavra para o homem. Pelo fogo novo, pela luz do Círio Pascal, pela lua
cheia que ilumina o firmamento desta noite pascal, começamos a experimentar em
nossa vida as conseqüências da Ressurreição de Jesus.
As leituras nos conduzem desde a
experiência da criação até o túmulo vazio, porque Ressurreição é agradecer os
formosos dons gratuitos de Deus que rodeiam nossa existência. É viver como o
povo de Israel, a experiência da saída da escravidão para a liberdade, uma
experiência que passa pelo contato com a água do Mar Vermelho e para nós pelas
águas batismais; um caminho guiado pela coluna de fogo e pela nuvem que conduz
Israel da experiência de morte à da vida.
Com os cristãos de todos os tempos,
queremos ver amanhecer nesta data um mundo novo, que poderá tornar-se realidade
se nós assumirmos o projeto de Jesus de Nazaré, que é o Evangelho. Deus é o
fundamento da permanência da vida, mesmo a partir da morte, de uma forma que
não conhecemos, e que não dá para exprimir.
A ressurreição de Jesus é um grande
convite para que façamos um caminho de voltas, uma retrospectiva em nossa vida,
deixando-nos guiar pela luz, que é o próprio Cristo. Não podemos desvincular a
ressurreição de nossa vida cotidiana. O divino Salvador ressuscitado é a luz
que nos guia na superação das dificuldades e nos faz enxergar um futuro repleto
de paz, amor, união e muita esperança!
Este é o momento da alegria efusiva,
é a noite esperada, é a mãe de todas as vigílias. É o momento da luz, da
proclamação, da recordação da história da salvação, do anúncio da ressurreição
e da renovação das promessas do batismo; é a Vigília Pascal.
FELIZ PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO!
Propósito:
Deus todo-poderoso, criaste o homem
de modo maravilhoso, e ainda mais maravilhosamente o redimiste: conduz-nos às
alegrias eternas que para nós preparaste mediante o sacrifício de Cristo, nossa
Páscoa, o qual vive e reina conTigo e com o Espírito Santo, um só Deus, para
todo o sempre.
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