14
fevereiro - Ainda que o corpo seja perseguido
por mil perturbações, a alma deve estar sempre na presença de Deus, a quem
devemos recorrer a cada momento para renovar as forças. (L 23). São Jose
Marello
Marcos
7,24-30
Jesus
saiu dali e foi para a região que fica perto da cidade de Tiro. Ele entrou numa
casa e não queria que soubessem que estava ali, mas não pôde se esconder. Certa
mulher, que tinha uma filha que estava dominada por um espírito mau, ouviu
falar a respeito de Jesus. Ela veio e se ajoelhou aos pés dele. Era
estrangeira, de nacionalidade siro-fenícia, e pediu que Jesus expulsasse da sua
filha o demônio. Mas Jesus lhe disse:
- Deixe que os filhos comam primeiro. Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros.
- Mas, senhor, - respondeu a mulher - até mesmo os cachorrinhos que ficam debaixo da mesa comem as migalhas de pão que as crianças deixam cair.
Jesus disse:
- Por causa dessa resposta você pode voltar para casa; o demônio já saiu da sua filha.
Quando a mulher voltou para casa, encontrou a criança deitada na cama; de fato, o demônio tinha saído dela.
- Deixe que os filhos comam primeiro. Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros.
- Mas, senhor, - respondeu a mulher - até mesmo os cachorrinhos que ficam debaixo da mesa comem as migalhas de pão que as crianças deixam cair.
Jesus disse:
- Por causa dessa resposta você pode voltar para casa; o demônio já saiu da sua filha.
Quando a mulher voltou para casa, encontrou a criança deitada na cama; de fato, o demônio tinha saído dela.
Meditação:
Os
destinatários do evangelho de Marcos são, em sua maioria, comunidades pagãs,
por isso o autor se empenha em mostrar a fé firme e simples daqueles que não
são judeus. A mulher que recorre a Jesus representa toda essa comunidade que
não seria herdeira direta da salvação de Deus. Ela deveria contentar-se com as
“migalhas”, pois a promessa de Deus era unicamente para o povo judeu.
Jesus, em um primeiro momento, assume esta maneira de compreender a salvação. Entretanto, a mulher Cananéia, graças à sua fé sincera e forte, faz com que Jesus realize sinais de salvação em terras pagãs. É importante a confissão de fé dessa mulher. Ela chama Jesus de “Senhor”, reconhece-o como salvador.
A
salvação trazida por Jesus não é privilégio de um povo determinado, mas é para
todos os que acreditam nele e na sua missão, mesmo que sejam considerados como
cães, isto é, estrangeiros. Não é mais a raça e o sangue que unem as pessoas a
Deus, mas a fé em Jesus e no mundo novo e transformado que ele desperta.
A
mulher, protagonista do evangelho, representa uma síntese de todas as
marginalizações possíveis. Antes de tudo é mulher, desde o ponto de vista
religioso é pagã, não aparece um homem que a represente, é estrangeira e tem
uma filha enferma, só falta falarmos que também era pobre e viúva. O quadro é
completo no sentido de uma leitura a partir dos marginalizados. E nesse
contexto nos encontramos com Jesus, que se o analisarmos, bem nos parecerá um
pouco estranho.
Está buscando privacidade para afastar-se da multidão, só quer trabalhar primeiro pelos seus, os de seu povo e, ademais, é grosseiro no trato com a mulher, não tem receio em comparar os que não são judeus com os cães, beirando ao complexo de superioridade.
Está buscando privacidade para afastar-se da multidão, só quer trabalhar primeiro pelos seus, os de seu povo e, ademais, é grosseiro no trato com a mulher, não tem receio em comparar os que não são judeus com os cães, beirando ao complexo de superioridade.
Vemos
um Jesus muito humano, quase "limitadamente humano" nesta história.
Mas a resposta astuta desta mulher o deixa sem outra opção a não ser
conceder-lhe o milagre solicitado em favor da sua filha.
A
mulher aceita a resposta de Jesus, mas a discute reivindicando o direito dos
cachorrinhos de comer, ainda que migalhas. Ela se conforma com as migalhas.
Aquela mulher humilde denuncia, de uma maneira sutil, os preconceitos de Jesus e reclama seus direitos. E o faz com sua palavra, porque não fica calada diante da negativa de Jesus.
Aquela mulher humilde denuncia, de uma maneira sutil, os preconceitos de Jesus e reclama seus direitos. E o faz com sua palavra, porque não fica calada diante da negativa de Jesus.
Aquela
mulher evangelizou e deu uma lição a Jesus: a situação social não pode ser
obstáculo para fazer o bem a quem necessita. E Jesus aprendeu e foi capaz de
mudar, foi seu processo de mudança e conversão. Também nisso temos Jesus como
modelo.
O
exemplo de fé da mulher pagã nos leva a refletir sobre o tamanho da nossa
confiança de cristãos e cristãs, batizados (as) na força e no poder do Espírito
Santo.
Jesus
admirou-se com a fé daquela mulher que se ajoelhara aos seus pés pedindo
simples migalhas para a sua filha doente. A sua fé era tamanha que ela não se
importava de ficar com o que sobrasse dos outros para a sua filha.
Ser
filho de Deus e irmão de Jesus Cristo, pela Fé, nos credencia a que, mesmo
reconhecendo a nossa fraqueza e a nossa impotência nós nos apoderemos de tudo
quanto Ele veio nos trazer, isto é, vida e santidade.
Jesus
veio nos dar tudo, mas às vezes, nós vivemos à espera apenas de migalhas. Jesus
fez um teste com aquela mulher: na verdade Ele queria dar a ela a vida plena,
mas ela estava se contentando apenas com a cura da sua filha.
Muitas
vezes também nós nos bitolamos nos pequenos pedidos quando Ele nos quer dar
muito mais. Porém, precisamos estar conscientes de que não necessitamos ter a
atenção de Jesus voltada somente para nós e os nossos problemas pessoais.
Muitas
vezes, porque estamos servindo a Deus, ou porque oramos muito, nós queremos a
atenção Dele só para nós. Desconfiamos quando a oração não é feita somente
pelas nossas necessidades, queremos prioridade, exigimos muito, quando Deus
pode fazer grandes coisas em nós somente pela nossa fé e confiança Nele. Aquela
mulher não era de dentro da “Igreja”, mas sua súplica foi atendida por causa da
sua humildade e fé no poder de Jesus.
O
que você tem suplicado a Jesus para a sua vida? Você se contenta com as
migalhas que sobrarem para você na obra de Deus? Será que Ele não pode dar
a você muito mais ainda? Reveja agora os pedidos que você tem feito ao
Senhor!
Reflexão Apostólica:
Com
esta narrativa Marcos dá início a uma série de episódios em territórios
gentílicos, região de Tiro, depois Decápolis e Betsáida, inserindo também uma
narrativa da partilha do pão entre os gentios. Nestas regiões fica manifesta a
acolhida de Jesus pelas populações locais. Fica assim bem caracterizada a
dimensão universal da encarnação como a comunicação da vida divina a todos os
povos e nações.
Aqui,
com a linguagem e o estilo do evangelista Marcos, percebe-se como a confiança e
a humildade da mulher siro-fenícia moveu Jesus a atendê-la. Jesus liberta não
somente os corpos adoentados pela situação de exclusão mas também o espírito
submisso às falsas ideologias dos opressores. A humanidade de Jesus é solidária
e partilhada com a nossa humanidade. Deus respeita e acolhe nossas iniciativas
humildes a favor da vida.
A
intenção de Marcos é clara: também os pagãos têm direito ao pão da salvação,
porque também eles se beneficiam da piedade do Senhor. A intenção de Marcos é
exortar a comunidade eclesial a abrir as portas ao mundo, pois a mensagem de
salvação é para todos, sem exclusão.
Até
o momento de seu encontro com a mulher pagã, provavelmente Jesus não tinha
ainda plena consciência de sua missão universal: como judeu que era, seguia
ainda as normas da educação e instrução de seus compatriotas.
Foi
preciso o aparecimento inesperado (mais inesperado, por certo, na versão de
Mateus que na de Marcos) de uma pagã, para impulsionar Jesus a abrir o
horizonte da consciência que tinha de sua missão e incorporar à sua função uma
perspectiva verdadeiramente missionária.
Seria
necessária uma circunstância aparentemente casual para que o apóstolo Pedro se
decidisse, por sua vez, na pessoa do pagão Cornélio, a sair do reduzido círculo
da simples presidência da comunidade judeo-cristã para chegar até os pagãos.
Fatos
como o da cananeia e o de Cornélio manifestam que a missão não é tão-somente
centrífuga: a vocação missionária não procede de um apego à propaganda ou à
difusão, mas do encontro entre o cristão e o incrédulo, entre a Igreja e o
mundo; da acolhida que os primeiros dispensam aos segundos, e da atitude de
escuta em que se colocam para receber antes de dar.
A
cananéia manifesta fé, diferente de outras pessoas que viam nele um fazedor de
milagres. A mulher conseguiu ver em Jesus alguém que verdadeiramente pode trazer
a salvação.
Ela
foi sincera e breve. O momento não era para usar muitas palavras, mas para
dizer apenas a razão que a levara à presença de Jesus.
“Não é pelo muito falar qie somos ouvidos” (Mat. 6:7). O publicano que Jesus citou como exemplo, também fez uma oração curta: “ Ó Deus, sê propício a mim pecador”. (Lucas 18:13). E foi justificado, não pela quantidade de palavras, mas pela sinceridade.
Foi humilde. O evangelista Marco declara que ela prostrou-se aos pés de Jesus. Ela estava em público e não se importou com os que a presenciavam naquele seu gesto de tão profunda humildade.
Foi fervorosa. A mulher cananéia fez a súplica com fé, com a certeza de que Jesus podia todas as coisas e não deixaria de atender aos rogos de uma mãe que desejava ardentemente a cura de sua filha. A ciência médica é impotente para expelir demônios, mas onde termina o limite humano, começa a ação sobrenatural de Deus na vida dele. Ela sabia que só Jesus poderia valer-lhe naquela situação.
Ela foi modesta. Limitou-se a pedir a Jesus o que mais necessitava naquele momento. Nenhuma outra coisa a preocupava mais que a cura de sua filha.
Foi reverente, quando usou a expressão “Filho de Davi”, chamando-o de Rei.
Ela creu. Essa expressão, que talvez pra nós não diga nada, mas para o contexto dela ( em que todos esperavam a chegado do Messias) estava dizendo: “eu creio que Tu és o Messias, filho de Davi, enviado por Deus, e que tens poder para libertar minha filha”.
Mostrou conhecer a misericórdia divina. Reconheceu seu Demérito, mas confiou nos méritos de Cristo Jesus, quando disse: “Tem misericórdia de mim”.
Foi perseverante. Não obstante o aparente desinteresse do Mestre pelo seu pedido, ela insistiu, permaneceu perseverante, crendo que seria atendida. Ficamos pensando porque Jesus não a atendeu logo?
Será porque era gentia? Não!. É porque a conhecendo profundamente, Quis dar-lhe a oportunidade de publicamente revelar sua grande fé, no imenso poder Dele, para que hoje nos servisse de lição.
Quando Cristo lhe disse: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos”, ela disse: “...mas os cachorrinhos também come das migalhas que caem da mesa de seu Senhor”. Diante disso Jesus disse: “Ó mulher, grande é a tua fé. Faça-se contigo como queres”. A bíblia diz que desde aquele momento a filha dela ficou sã.
“Não é pelo muito falar qie somos ouvidos” (Mat. 6:7). O publicano que Jesus citou como exemplo, também fez uma oração curta: “ Ó Deus, sê propício a mim pecador”. (Lucas 18:13). E foi justificado, não pela quantidade de palavras, mas pela sinceridade.
Foi humilde. O evangelista Marco declara que ela prostrou-se aos pés de Jesus. Ela estava em público e não se importou com os que a presenciavam naquele seu gesto de tão profunda humildade.
Foi fervorosa. A mulher cananéia fez a súplica com fé, com a certeza de que Jesus podia todas as coisas e não deixaria de atender aos rogos de uma mãe que desejava ardentemente a cura de sua filha. A ciência médica é impotente para expelir demônios, mas onde termina o limite humano, começa a ação sobrenatural de Deus na vida dele. Ela sabia que só Jesus poderia valer-lhe naquela situação.
Ela foi modesta. Limitou-se a pedir a Jesus o que mais necessitava naquele momento. Nenhuma outra coisa a preocupava mais que a cura de sua filha.
Foi reverente, quando usou a expressão “Filho de Davi”, chamando-o de Rei.
Ela creu. Essa expressão, que talvez pra nós não diga nada, mas para o contexto dela ( em que todos esperavam a chegado do Messias) estava dizendo: “eu creio que Tu és o Messias, filho de Davi, enviado por Deus, e que tens poder para libertar minha filha”.
Mostrou conhecer a misericórdia divina. Reconheceu seu Demérito, mas confiou nos méritos de Cristo Jesus, quando disse: “Tem misericórdia de mim”.
Foi perseverante. Não obstante o aparente desinteresse do Mestre pelo seu pedido, ela insistiu, permaneceu perseverante, crendo que seria atendida. Ficamos pensando porque Jesus não a atendeu logo?
Será porque era gentia? Não!. É porque a conhecendo profundamente, Quis dar-lhe a oportunidade de publicamente revelar sua grande fé, no imenso poder Dele, para que hoje nos servisse de lição.
Quando Cristo lhe disse: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos”, ela disse: “...mas os cachorrinhos também come das migalhas que caem da mesa de seu Senhor”. Diante disso Jesus disse: “Ó mulher, grande é a tua fé. Faça-se contigo como queres”. A bíblia diz que desde aquele momento a filha dela ficou sã.
Será
que temos esses predicados da mulher cananéia? Peçamos agora ao Senhor que nos
ajude através de Seu Santo Espírito.
Propósito:
Pai, cria em meu coração uma fé profunda como
a da mulher pagã que demonstrou total confiança em Jesus. Por isso, foi
atendida por ele.
NOSSOS FILHOS
O fracasso do seu filho(a) não
representa – necessariamente – o seu fracasso. Por alguma razão, pais tem a
tendência de se culparem ao crerem que tudo aquilo que os seus filhos fazem é
um reflexo da maneira em que eles foram criados. A prática da vida tem
demonstrado que até mesmo pais dedicados, sempre presentes na vida dos seus
filhos, sempre prontos a pagar o preço para serem os melhores pais que possam
ser, ainda assim produziram filhos rebeldes que optaram por um estilho de vida
que tem quebrado o coração dos seus pais.
Nossos filhos tomam as suas próprias decisões. Nossos filhos podem e tomam – eventualmente – péssimas decisões. E quando assim fazem, não existe quantidade de gritos, ameaças e senso de culpa que possa mudar o que já aconteceu. Nossos filhos “vieram” de nós para esta vida a fim de aprender as suas próprias lições e ter as suas próprias experiências que necessitam a fim de encontrarem a sua própria identidade.
Nosso trabalho é o de guiar, apoiar, nutrir, ensinar e estabelecer um alicerce para que eles possam se firmar. Deus está velando por você e da mesma maneira ele vela pelo seu filho(a); tudo o que lhe resta a fazer, - quando já há muito você perdeu o controle – é orar, confiar e em fé entregar o seu filho(a) aos cuidados do Perfeito Pai.
Nossos filhos tomam as suas próprias decisões. Nossos filhos podem e tomam – eventualmente – péssimas decisões. E quando assim fazem, não existe quantidade de gritos, ameaças e senso de culpa que possa mudar o que já aconteceu. Nossos filhos “vieram” de nós para esta vida a fim de aprender as suas próprias lições e ter as suas próprias experiências que necessitam a fim de encontrarem a sua própria identidade.
Nosso trabalho é o de guiar, apoiar, nutrir, ensinar e estabelecer um alicerce para que eles possam se firmar. Deus está velando por você e da mesma maneira ele vela pelo seu filho(a); tudo o que lhe resta a fazer, - quando já há muito você perdeu o controle – é orar, confiar e em fé entregar o seu filho(a) aos cuidados do Perfeito Pai.
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