13 janeiro – “Nunc coepi!” Agora começo; meu Deus, meu Jesus,
minha Mãe Maria, meu protetor São José, meu Anjo da Guarda! “Nunc coepi!” Agora começo: eu vos ouvirei sempre. “Nunc coepi!” Agora começo: rejeitarei o mau hábito
da minha falsidade. “Nunc coepi!” Agora
começo: encaminhar-me-ei pela estrada do Céu sob as inspirações que, de lá,
fareis resplandecer. (S 19). SÃO JOSE MARELLO
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 3,15-16.21-22
" Como o povo estivesse na expectativa, todos se
perguntavam interiormente se João era ou não o Cristo, e ele respondia a todos:
"Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu
não sou digno de desatar a correia das suas sandálias. Ele vos batizará com o
Espírito Santo e com fogo". Enquanto todo o povo era batizado e Jesus,
batizado, estava em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele,
em forma corpórea, como uma pomba. E do céu veio uma voz: "Tu és o meu filho
amado; em ti está o meu agrado"."
Meditação:
A
liturgia deste final de semana propõe abrir-nos a Deus, da mesma forma como
Jesus o fez ao acolher o dom do Espírito enquanto estava em oração logo após o
seu batismo.
Em Lucas, a
narrativa a respeito do batismo de Jesus vem depois do Evangelho da Infância.
Entre as narrativas da infância (Lc 1-2) e o início da missão de Jesus (Lc 4,14
em diante), os autores deste Evangelho inserem o relato da preparação do
caminho do Senhor feita por João Batista (Lc 3,1-20) e o relato da preparação
de Jesus para sua missão (Lc 3,21-4,13).
Como
dobradiça que liga as duas partes, está a narrativa a respeito do batismo de
Jesus (Lc 3,21-22). Temos, assim, um paralelo entre dois batismos: o de João
com água e o de Jesus com o Espírito e com o fogo.
A
comunidade de Lucas faz questão de situar historicamente o início da atividade
de João (Lc 3,1-2). Do ponto de vista político, foi no tempo de Tibério,
imperador romano de 14 a 37 d.C., e de Herodes Antipas, governador da Galileia
desde 4 a.C. até 39 d.C.
Do ponto de
vista religioso, foi na administração do sumo sacerdote Caifás (sumo pontífice
no templo de 18 a 36 d.C.), genro de Anás (6-15 d.C.), nomeado sumo sacerdote
por Herodes Antipas em nome do imperador.
Por um
lado, João denuncia profeticamente o reino da opressão representado
por Tibério e por Herodes, em aliança com o templo de Jerusalém.
Diante de
tanto sofrimento, o povo esperava ansiosamente a vinda de um libertador. João
Batista faz fortes críticas aos poderosos, anunciando um juízo severo para eles
(Lc 3,17). Por isso, o povo começou a ver em João a esperança da vinda do
messias, o rei ungido por Deus que viria para libertar o seu povo.
Por outro
lado, João anuncia a vinda do Reino de Deus para breve
(Lc 3,9.17), chamando à conversão, à mudança de mentalidade e de vida,
convocando à partilha e à vivência de relações fraternas (Lc 3,11-14).
Em
conseqüência dessa prática profética, ele foi preso e encarcerado pelos
poderosos de seu tempo (Lc 3,19-20). Assim, João cumpriu sua missão como
profeta que faz a ponte entre a Aliança de Deus com Israel e a Aliança em Jesus
com toda humanidade.
Para Lucas,
a tarefa de João é fazer com que as pessoas se convertam e se abram ao Reino de
Deus presente no novo agir de Jesus.
Lucas o
apresenta mostrando para Jesus. João não é o Messias, o Cristo, o Ungido. Seu
batismo era somente com água, sinal de purificação e de conversão
para acolher Jesus de Nazaré, mais forte do que João.
Sua atitude
é de estar a serviço, menor ainda que os servos, de quem também era
tarefa desatar as sandálias de seus senhores.
As
sandálias também lembram a lei do levirato (Dt 25,5-10). Segundo esta lei,
quando um marido morria sem deixar filhos, um parente próximo devia assumir a
viúva para gerar um herdeiro para o falecido. Além de dar continuidade à vida
do falecido, resgatava sua terra, de modo que ela permanecesse no clã.
Quando o
parente mais próximo se negava a assumir a tarefa do resgate para seu irmão
falecido, outro parente devia cumprir a lei. Era então que o parente mais
próximo dava uma de suas sandálias ao novo resgatador, o novo
"noivo".
Era o sinal
que este passava a ter o direito de resgate, de gerar descendência para o
falecido. Ao não desatar a correia das sandálias de Jesus, João reconhece nele
o resgatador, o messias libertador de todas as formas de opressão. João é o
último representante da Antiga Aliança. Jesus, porém, é o noivo da Nova
Aliança.
Jesus é
batizado com água junto ao povo, em meio ao povo. Em seu batismo, Jesus é
investido para a sua missão, guiado pelo Espírito de Deus.
Somente
Lucas quem faz referência à atitude orante de Jesus no seu batismo. E é esta
atitude de intimidade de Jesus com o Pai que faz com que o Espírito o
transforme e o envie para evangelizar os pobres (Lc 4,18-19).
Também para
nós Jesus pediu que tivéssemos essa atitude orante durante a vida toda,
abrindo-nos ao Espírito de Deus. Ele é fruto da oração, da acolhida, é dom (Lc
11,13).
João batiza
Jesus com água. No entanto, Jesus batiza com o Espírito e com
o fogo. Por isso, o seu batismo é superior ao de João. É no
Espírito Santo, representado pelo fogode Pentecostes (Lucas
3,15-16; Atos 2,1-13).
Neste
Evangelho, ainda antes do batismo de Jesus, há uma ênfase muito grande na
apresentação de pessoas abertas à ação do Espírito Santo. Lembramos João
Batista, Maria, Zacarias e Simeão (Lc 1,15.41.67; 2,26-27).
O fogo
recorda a presença de Deus no êxodo, na libertação do povo oprimido pelo
sistema faraônico (Ex 3,2-3; 13,21; 19,18).
É o mesmo
fogo de Pentecostes, o dinamismo do Espírito, que entusiasma os discípulos e as
discípulas de Jesus para o anúncio e a vivência da boa-nova até os confins da
terra (At 1,8; 2,1-13).
Uma vez
preso João, Jesus dá um novo rumo à sua missão. Diferentemente do Precursor,
que anuncia a vinda do Reino de Deus para breve e como um juízo severo, Jesus
vive o Reino já presente no seu jeito de se relacionar especialmente com as
pessoas mais discriminadas, revelando a misericórdia do Pai (Lc 7,22; 11,20;
17,20-21).
Lucas
apresenta o batismo de Jesus depois da prisão de João como o ato em que o Espírito de
Deus vem confirmar o Nazareno enquanto Messias, ungindo-o para a
missão do serviço, da mesma forma como fora ungido o servo de Deus em Isaías
42,1 e 61,1.
Nesse
momento, Jesus estava em oração, isto é, em íntima comunhão com a
fonte da vida, com o projeto do Reino. Tão íntima é essa comunhão que, em
Jesus, Deus e a humanidade se encontram. Esse é o significado da abertura do
céu (Lc 3,21), realizando a esperança do povo (Is 63,19b).
Em Jesus,
céu e terra estão tão próximos que é possível perceber a presença materializada
("em forma corpórea") do Espírito de Deus nas atitudes de
Jesus.
Se em
Gênesis 8,8-11 a pomba foi a mensageira da vida recriada
depois de submersa pelas águas do dilúvio, agora a presença da pomba anuncia
que o Espírito de Deus impulsiona Jesus a realizar a nova criação, mulheres e
homens recriados a partir das águas do batismo.
No batismo,
morremos com Cristo e ressuscitamos com ele para uma vida nova (Rm 6,1-14).
Viver como pessoa renovada e ressuscitada é, portanto, missão de todos nós.
Ao lembrar
a entronização do rei que vem libertar o povo (Sl 2,7: "Tu és o
meu filho"), a comunidade de Lucas apresenta Jesus como o
verdadeiro Rei e Messias, que veio governar com
justiça e no serviço ao povo.
Por isso,
lembra também a missão do servo em Isaías 42,1 ("em ti
está o meu agrado"). No batismo de Jesus, temos uma epifania,
ou seja, uma manifestação do filho de Deus ao mundo, gerado
como o messias que vem libertar o povo.
No batismo,
Jesus assume publicamente o seu compromisso com as novas relações do Reino de
Deus já presente em seu agir.
Batizar-se
em seu nome, na linguagem paulina, é revestir-se de Cristo, ou
seja, é agir como o próprio Cristo agia, superando todas as formas de
discriminação (Gl 3,27-28).
Reflexão
Apostólica:
“O que para os outros era sinal de
arrependimento para Jesus é plenitude de justiça” diz o comentário da
Bíblia do Peregrino.
Jesus saiu da
Galiléia a fim de ser batizado por João Batista, no rio Jordão. O Batismo de
João Batista era uma imersão na água para purificação dos pecados.
Ele não precisaria
submeter-se a este ritual, no entanto, Ele quis batizar-se para que se
cumprisse toda a justiça de Deus.
Jesus, que não tinha
pecados, confirmou a Sua Filiação pela unção do Espírito Santo e
conseqüentemente a nossa filiação.
O Batismo de Jesus
tem para nós o significado de justiça que o Pai planejou nos conceder a fim de
que também nos tornássemos Seus filhos e filhas amados.
A filiação atestada
pelo próprio Pai deve ser relacionada com a filiação humana. Com o Batismo, Sua
Morte na Cruz e Ressurreição Jesus inaugurou para nós um novo tempo de justiça
e graça: somos filhos eleitos de Deus.
No Batismo de Jesus
nós encontramos a estrutura da Santíssima Trindade: A Voz do Pai, a
Manifestação do Espírito Santo em forma de pomba e o Título de Filho de Deus
amado.
No nosso Batismo a
Voz do Pai se faz ouvir revelando o Seu grande amor por nós quando nos concede
o Seu Espírito Santo e nos adota como filhos no Seu Filho amado.
No nosso Batismo
também o Pai deu testemunho do Seu Amor por nós: “Tu és o meu filho, a minha
filha amada”! Logo, somos irmãos de Jesus Cristo, adotados por causa da Sua
Morte e Ressurreição.
Não podemos ser
tristes nem desanimados, o mesmo Espírito que está em Jesus mora também em nós.
Se verdadeiramente nos apossarmos dessa graça de filiação, com certeza nós não
teremos nenhuma dúvida de que somo filhos e filhas amadas por Deus que nos olha
com carinho e está atento às nossas necessidades.
Você tem consciência da
grande graça que recebeu no Batismo? Você também se considera um filho, uma
filha amada por Deus Pai? Pare um pouquinho para escutar a voz que vem do céu
apresentando você ao mundo como filho (a) amado (a). Você acredita?
Propósito: Viver coerente com os compromissos de contínua conversão e de
testemunho da fé.
SUA VIDA…PARA FRENTE!
Nós seguimos em frente, abrimos novas
portas e fazemos coisas novas porque somos curiosos e a curiosidade nos leva
para novos caminhos e novas descobertas. Walt Disney
Não se entristeça e nem se
encha de pesar em função das oportunidades que você desperdiçou. Em vez disso,
alegre-se e entusiasme-se pelas oportunidades que estão disponíveis a você
agora. Do passado retire alegria e inspiração e deixe o resto como resto e o
passado como…passado.
Levante a cabeça, olhe para a frente; viva a sua vida caminhando para a frente. Agora é a hora de obstinadamente construir sob as coisas boas que sempre estiveram presentes em sua vida. Pense em todas as coisas boas que poderão lhe dar um melhor amanhã. Pense nisso, medite nisso, aja nisso – continuamente - dia após dia.
Cada momento desta vida é uma oportunidade para fazer – de alguma forma - uma diferença. Use cada uma dessas oportunidades focada num positivo propósito e regozije-se no fato de que vale a pena olhar cima e seguir em frente usufruindo deste magnifico presente que Deus ainda está lhe dando: Vida!
Levante a cabeça, olhe para a frente; viva a sua vida caminhando para a frente. Agora é a hora de obstinadamente construir sob as coisas boas que sempre estiveram presentes em sua vida. Pense em todas as coisas boas que poderão lhe dar um melhor amanhã. Pense nisso, medite nisso, aja nisso – continuamente - dia após dia.
Cada momento desta vida é uma oportunidade para fazer – de alguma forma - uma diferença. Use cada uma dessas oportunidades focada num positivo propósito e regozije-se no fato de que vale a pena olhar cima e seguir em frente usufruindo deste magnifico presente que Deus ainda está lhe dando: Vida!
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