11 novembro - Mostremo-nos tranqüilos e serenos, mesmo quando a tempestade
enfurece no coração. (S 180). São Jose Marello
Marcos 12,38-44
Felizes os
humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. (Mt 5,3)
Naquele tempo: 38
Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: 'Tomai cuidado com os
doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser
cumprimentados nas praças públicas; 39 gostam das primeiras cadeiras nas
sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40 Eles devoram as casas das
viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior
condenação'. 41 Jesus
estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a
multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes
quantias. 42 Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não
valiam quase nada. 43 Jesus chamou os discípulos e disse: 'Em verdade vos digo,
esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44
Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo
aquilo que possuía para viver'.
REFLEXÃO
O gesto admirável de
desprendimento e generosidade testemunhado por Jesus junto do cofre das esmolas
do templo, serviu-lhe para ensinar aos discípulos o incalculável valor do
pouco. As grandes quantias, provindas do supérfluo dos ricos, eram sem valor em
comparação com as duas moedinhas depositadas pela pobre viúva. Esta havia dado
tudo quanto possuía e que era necessário para o seu sustento.
A mulher era pobre.
Mesmo assim, cumprindo o que ordenava a Lei, não se apresentou diante de Deus
com as mãos vazias. Quiçá recebera as duas moedinhas como esmola. No entanto,
numa manifestação de gratidão a Deus e de confiança em sua Providência,
ofereceu-lhas sem titubear. A pobreza não a tornou avarenta nem apegada às
coisas deste mundo. Seu coração era livre!
A mulher era viúva.
Nesta condição, deveria viver da caridade alheia, como mandava a Lei. Sua
situação social era de pouca segurança. Juntamente com os órfãos e os
estrangeiros, fazia parte da categoria de pessoas das quais os governantes
deveriam preocupar-se, de modo especial. Quem tinha direito de receber,
sentiu-se impelida a dar, sem reservar nada para si.
Entre as inúmeras
motivações que encontramos nos dias de hoje para o seguimento de Jesus, uma
delas é a busca de privilégios. Isso não é uma coisa nova. Basta, para nós, a
memória dos filhos de Zebedeu, que queriam sentar-se à direita e à esquerda de
Jesus na sua glória.
De fato, a religião pode
tornar-se fonte de privilégios para muitas pessoas, principalmente numa
sociedade religiosa e hierarquizada como a nossa. Não é essa a vontade de Jesus
para os seus seguidores, pois Jesus não quis privilégios nem mesmo para si
próprio.
Ele quer de nós a
disponibilidade e a entrega de vida, a exemplo da viúva que, com a única moeda
que não seria valorizada por ninguém, deu o maior exemplo de total entrega.
O pouco, em termos
quantitativos, tornou-se muito em termos qualitativos. Jesus mediu a oferta da
mulher com parâmetros divinos, e soube descobrir na oferta da pobre viúva algo
que só com olhar divino se pode perceber.
ORAÇÃO
Pai, instrui-me com tua
sabedoria, para que eu saiba avaliar os gestos humanos com parâmetros divinos,
e assim ser capaz de perceber o que é invisível aos nossos olhos. Amém.
BÊNÇÃO
Que o Senhor nos abençoe e
nos guarde.
Ele nos mostre a sua face
e se compadeça de nós.
Volte para nós o seu olhar
e nos dê a sua paz.
Amém!
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