06 março - Um filho de São José não precisa
tanto exibir uma linguagem sofisticada quanto aprender o linguajar dos Santos.
(L 225). São
Jose Marello
"Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou:
- Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?
- Não! - respondeu Jesus. - Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor."
- O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: "Pague o que me deve!"
- Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo."
- Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: "Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você."
- O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida.
E Jesus terminou, dizendo:
- É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão."
Meditação:
- Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?
- Não! - respondeu Jesus. - Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor."
- O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: "Pague o que me deve!"
- Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo."
- Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: "Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você."
- O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida.
E Jesus terminou, dizendo:
- É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão."
Meditação:
No livro do Eclesiástico, escrito sob a influência da cultura
grega cerca de um a dois séculos antes de Jesus, temos um texto bem inspirado
sobre o perdão, que se aproxima das palavras de Jesus e cuja síntese
encontramos na oração do Pai Nosso: "Perdoai as nossas ofensas assim como
perdoamos a quem nos tem ofendido".
O autor, Bem Sirac, mostra como o pecador, vitima da ira e do
furor, é conduzida à vingança. E essa vingança se volta contra o vingativo. Por
isso, o único caminho que resta é o caminho do perdão.
Aqui aparece a reciprocidade entre perdoar e obter o perdão. Não
se pode aspirar ao perdão dos pecados cometidos se não houver disposição para
perdoar as ofensas recebidas.
Ter o olhar fixo nos mandamentos da aliança garante a compreensão
e a tolerância na vida comunitária. Como vemos, o tema do perdão, de profundo
sabor evangélico, já vem sendo proposto desde o século segundo antes de Cristo.
O núcleo da passagem da carta aos Romanos consiste em proclamar
que Jesus é o Senhor dos vivos e dos mortos. Há aqui uma bela síntese
existencial da vida cristã. Para o fiel, o fundamental é orientar toda sua vida
no horizonte do ressuscitado.
Quem vive para Jesus se esforça por assumir na vida prática sua
mensagem de salvação integral. Amar o próximo e viver para o Senhor são dois
aspectos intimamente ligados. Portanto, não podem estar separados. Quem vive
para o Senhor, amará, compreenderá, servirá e perdoará seu próximo
As parábolas em geral são ditos breves relacionados com
acontecimentos comuns da vida. As parábolas narrativas, por outro lado, caracterizam-se
por uma complexidade maior, em um texto mais longo e bem detalhado.
Elas são mais encontradas em Mateus e Lucas. Têm a particularidade de, quase sempre, envolverem os personagens em uma relação de poder e submissão, característicos da sociedade opressora vigente e, pelas imagens de violência que freqüentemente usam, chegam até a chocar pelo contraste destas imagens com as propostas de mansidão e paz características do Reino.
Podemos até ver nelas, uma certa ironia implícita da sociedade na qual vigoram as relações de poder e opressão. Porém, deste terreno impróprio procura-se extrair uma mensagem positiva.
Nesta parábola de hoje, o rei resolveu ajustar contas com os servos. O ajuste seria cruel. Porém um servo que lhe devia uma quantia enorme lhe implora e ele se comove e perdoa. O servo perdoado vai e sufoca sem compaixão alguém que lhe devia uma quantia irrisória. O rei sabendo disto entrega o servo aos carrascos.
Elas são mais encontradas em Mateus e Lucas. Têm a particularidade de, quase sempre, envolverem os personagens em uma relação de poder e submissão, característicos da sociedade opressora vigente e, pelas imagens de violência que freqüentemente usam, chegam até a chocar pelo contraste destas imagens com as propostas de mansidão e paz características do Reino.
Podemos até ver nelas, uma certa ironia implícita da sociedade na qual vigoram as relações de poder e opressão. Porém, deste terreno impróprio procura-se extrair uma mensagem positiva.
Nesta parábola de hoje, o rei resolveu ajustar contas com os servos. O ajuste seria cruel. Porém um servo que lhe devia uma quantia enorme lhe implora e ele se comove e perdoa. O servo perdoado vai e sufoca sem compaixão alguém que lhe devia uma quantia irrisória. O rei sabendo disto entrega o servo aos carrascos.
Para Jesus, o perdão não tem limites, sempre e quando o
arrependimento seja sincero e verdadeiro. Para explicar esta realidade, Jesus
emprega uma parábola. A pergunta do Rei centra o tema da parábola: Não devias
ter perdoado como eu te perdoei?
A comunidade de Mateus deve resolver esse problema porque está
afetando sua vida. O perdão é um dom, uma graça que procede do amor e da
misericórdia de Deus.
Exige abrir o coração à conversão, isto é, a agir com os demais
segundo os critérios de Deus e não segundo os do sistema vigente. Como diria o
trovador da fraternidade Francisco de Assis, "porque é perdoando que se é
perdoado".
A catequese tradicional da Igreja católica exigia cinco passos,
talvez demasiado formais, para obter o perdão dos pecados: "Exame de
consciência, dor pelos pecados, propósito de emenda, confissão de todos os
pecados e assumir a penitencia", assim o expressava um dos catecismos
clássicos.
O perdão e a reconciliação, sendo graça de Deus, também exigem um
caminho pedagógico e tangível que colocasse de manifesto o desejo de mudança e
um compromisso serio para reparar o mal e evitar o dano.
Em muitos países da America Latina, durante o tempo das ditaduras
militares dos anos setenta e oitenta, foram aprovadas leis de anistia e perdão,
chamadas "obediência devida" ou "ponto final". Os golpistas
e seus colaboradores, responsáveis pelas dezenas de milhares de mortos e
desaparecidos em cada um de nossos países, se auto perdoaram, burlando a
justiça e a verdade.
Porém, sem verdade e justiça, as feridas causadas pela repressão
em muitos lares e comunidades ainda não fecharam. Apesar da pressão de todas
das leis do silencio imposto, do ocultamento de provas... a justiça se faz
caminho. Chega tarde, porém não deixa de chegar.
No dia 14 de junho de 2005, na Argentina, o Tribunal Supremo
declarou nulas, por inconstitucionalidade, as leis de obediência devida e de
ponto final.
No dia seguinte a Corte suprema de México declarou "não
prescrito" o delito do ex-presidente Echevarria por genocídio na matança
de estudantes de 1971...
Pensemos em muitos ditadores e golpistas que, apesar de tudo,
estão já sendo julgados, deixando que se dê lugar à verdade e à justiça.
O perdão e a reconciliação são exigências inalienáveis do ser
humano e que não podem ser detidas. É um processo de reconstrução que trata de
reconstruir, tanto o que vitima como a vítima.
Nesse sentido, nossas comunidades cristãs devem ser espaços
propícios e ativos a favor de uma verdadeira reconciliação baseada na justiça,
na verdade, na misericórdia e no perdão. Porém, nunca o evangelho convida a
tolerar a impunidade.
A Igreja, ou seja, nós, os cristãos e cristãs, devemos apoiar os
processos de reconciliação pelo caminho verdadeiro: a verdade e a justiça, e
não a impunidade, a reconciliação profunda da sociedade. Assim a Igreja
conseguirá o perdão por seu silencio cúmplice em algumas de suas figuras
hierárquicas
A conclusão é escatológica: o castigo para quem não perdoar
o irmão. Mais positiva é a visão de que pertencemos a Deus e assim devemos
viver e morrer para ele, unidos a Jesus. O amor e a misericórdia de Deus seduzem
e atraem os corações movendo-os à conversão.
Reflexão Apostólica:
O
evangelho de hoje nos faz refletir muito sobre um aspecto de nossa vida que
está bastante presente no nosso dia-a-dia: O PERDÃO.
Varias vezes por dia, e com diversas pessoas, nós sentimos a necessidade de pedir perdão. Isto acontece principalmente quando nossas atitudes magoam as pessoas que amamos e/ou quando vemos nos rostos destas pessoas a tristeza que causamos.
Varias vezes por dia, e com diversas pessoas, nós sentimos a necessidade de pedir perdão. Isto acontece principalmente quando nossas atitudes magoam as pessoas que amamos e/ou quando vemos nos rostos destas pessoas a tristeza que causamos.
Esse
pedido de perdão nem sempre é tão simples, principalmente se temos o orgulho
latente em nós e não queremos reconhecer o erro. Quando as pessoas magoadas não
são as que amamos, esta atitude de humildade torna-se ainda mais difícil.
O outro lado do perdão, ou seja, a vontade de perdoar, nem sempre é tão freqüente; já que neste último caso, possivelmente, nós fomos as pessoas magoadas da situação. Uma palavra realmente importante neste "lado do perdão" é a sinceridade.
Não há perdão, se não há a verdadeira vontade de perdoar, a verdadeira vontade de passar uma borracha na situação que passou.
Talvez, por isso, seja mais difícil e ao mesmo tempo mais valioso darmos o nosso perdão e deixarmos de lado a mágoa e o rancor. Realmente, perdoar não é uma "tarefa" fácil, mas nos purifica e nos torna pessoas melhores.
Quando Jesus fala a Pedro quantas vezes ele deve perdoar: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete", Ele sabe que esse número é infinito.
Sendo a matemática uma ciência exata, ela não poderia exprimir numericamente a quantidade, infinita, de vezes que devemos perdoar.
Por isso, Jesus em sua extrema sabedoria utiliza o número 7 que aparece diversas vezes na bíblia e é considerado um número perfeito pela teologia.
A Bíblia apresenta este número como um número "perfeito". Aquilo que Deus faz, a favor do homem, traduz-se, inúmeras vezes, na Bíblia pelo número sete).
Podemos desta forma ter a certeza que o nosso perdão não tem limite nem data ou tempo para acabar; devemos amar acima de qualquer orgulho pedindo perdão e perdoando quando necessário. Ou seja: ONTEM, HOJE E SEMPRE!
O outro lado do perdão, ou seja, a vontade de perdoar, nem sempre é tão freqüente; já que neste último caso, possivelmente, nós fomos as pessoas magoadas da situação. Uma palavra realmente importante neste "lado do perdão" é a sinceridade.
Não há perdão, se não há a verdadeira vontade de perdoar, a verdadeira vontade de passar uma borracha na situação que passou.
Talvez, por isso, seja mais difícil e ao mesmo tempo mais valioso darmos o nosso perdão e deixarmos de lado a mágoa e o rancor. Realmente, perdoar não é uma "tarefa" fácil, mas nos purifica e nos torna pessoas melhores.
Quando Jesus fala a Pedro quantas vezes ele deve perdoar: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete", Ele sabe que esse número é infinito.
Sendo a matemática uma ciência exata, ela não poderia exprimir numericamente a quantidade, infinita, de vezes que devemos perdoar.
Por isso, Jesus em sua extrema sabedoria utiliza o número 7 que aparece diversas vezes na bíblia e é considerado um número perfeito pela teologia.
A Bíblia apresenta este número como um número "perfeito". Aquilo que Deus faz, a favor do homem, traduz-se, inúmeras vezes, na Bíblia pelo número sete).
Podemos desta forma ter a certeza que o nosso perdão não tem limite nem data ou tempo para acabar; devemos amar acima de qualquer orgulho pedindo perdão e perdoando quando necessário. Ou seja: ONTEM, HOJE E SEMPRE!
Propósito:
Ó Deus, nosso Pai e nossa Mãe: faze que descubramos a
importância de saber e sentir que somos perdoados e perdoa-nos se ainda te
ofendemos, faze também que saibamos perdoar de coração os que nos têm ofendido.
Pai, é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser
pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.
APRIMORANDO
Aqueles que não podem mudar as suas
mentes também não podem mudar nada.
Você alguma vez já tentou
esconder o seu erro ou fingiu que ele não aconteceu? Se este é o caso você irá
cometer os mesmos erros repetidas e repetidas vezes. Em vez disso reconheça,
admita os seus erros e aprenda com os valores que neles estão presentes e
supere-os.
Quando você descobre um erro você descobre também uma maneira de crescer muito mais forte. Superar uma fraqueza numa determinada área pode torna-lo mais eficiente em todos os aspectos da sua vida uma vez que aquela fraqueza já não tem mais controle sobre a sua vida.
Em vez de permitir que os seus erros e fraquezas cresçam – ao negar que eles existem, - faça a opção de ver o precioso valor que estão dentro deles. Decida diligente e terminantemente lidar com eles e transforme as suas fraquezas em maravilhosos trunfos.
Quando você descobre um erro você descobre também uma maneira de crescer muito mais forte. Superar uma fraqueza numa determinada área pode torna-lo mais eficiente em todos os aspectos da sua vida uma vez que aquela fraqueza já não tem mais controle sobre a sua vida.
Em vez de permitir que os seus erros e fraquezas cresçam – ao negar que eles existem, - faça a opção de ver o precioso valor que estão dentro deles. Decida diligente e terminantemente lidar com eles e transforme as suas fraquezas em maravilhosos trunfos.
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