08 novembro - Não devemos preocupar-nos com o dia
de amanhã, mas ficar tranqüilos nas mãos de Deus, que não nos deixará faltar
nada: a cada dia basta a sua aflição. (S 237). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 14,25-33
Naquele
tempo, 25grandes multidões acompanhavam
Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se
desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas
irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não
caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’
31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz.33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”
28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’
31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz.33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”
Meditação:
O evangelho do dia de
hoje apresenta as condições ou exigências para ser discípulo de Jesus;
exigências que em nosso momento atual são de grande importância, pois vivemos
um tempo em que a experiência de fé foi reduzida a “ir à missa”, a uma fé
totalmente desconectada dos problemas sociais e econômicos que vive o mundo de
hoje, uma fé temerosa do compromisso e da entrega total pelos irmãos.
Quando Jesus fala de relativizar a família, de deixar pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, está se referindo à necessidade de edificar um novo sistema de relações, um novo modelo de sociedade em que a fraternidade, a solidariedade, o serviço são fundamentais e em que toda a estrutura, incluída a família, esteja em função de construir esse novo tipo de sociedade e não o contrário.
O seguidor de Jesus está convocado a ser partícipe desta nova sociedade, onde o principal é tornar presente na história o reinado de Deus, o qual exige mudança de valores e de prioridades: renunciar a todos seus bens, quer dizer, renunciar a todo tipo de segurança para poder colaborar livremente e sem impedimentos na grande obra de Deus.
Quando Jesus fala de relativizar a família, de deixar pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, está se referindo à necessidade de edificar um novo sistema de relações, um novo modelo de sociedade em que a fraternidade, a solidariedade, o serviço são fundamentais e em que toda a estrutura, incluída a família, esteja em função de construir esse novo tipo de sociedade e não o contrário.
O seguidor de Jesus está convocado a ser partícipe desta nova sociedade, onde o principal é tornar presente na história o reinado de Deus, o qual exige mudança de valores e de prioridades: renunciar a todos seus bens, quer dizer, renunciar a todo tipo de segurança para poder colaborar livremente e sem impedimentos na grande obra de Deus.
Como conseqüência de
tudo o que Jesus disse e fez ao longo de seu ministério e particularmente nesta
viagem a Jerusalém, vem agora uma apresentação clara e direta das condições
para segui-lo, um seguimento que não pode ser de simples simpatia com ele e sua
causa, mas que exige mudanças verdadeiramente radicais.
Do trecho que lemos
hoje, podemos extrair três condições que são, além disso, muito claras e que
não admitem ambigüidades. Primeira, odiar a própria família; segunda, carregar
sua própria cruz; terceira, renunciar aos bens. Quem faz isto pode estar seguro
de que está apto para o seguimento de Jesus.
Causas e conseqüências
desta tríplice exigência:
A primeira exigência
contém, implícita, a denúncia contra o rigor da instituição familiar no tempo
de Jesus. Não há nenhuma posição antinatural de Jesus contra os entes queridos.
Pelo contrário, ao preocupar-se Jesus com o indivíduo, a pessoa, sua intenção
é, no fundo, sanar uma instituição natural que com o tempo se converteu em
reduto de tirania e domínio de alguém: o patriarca/pai sobre a esposa e os
filhos, com a conseqüência mais clara: desumanização, infantilismo,
dependência...
Jesus convida a odiar –
esse é o verbo utilizado –, mas o ódio não é ao pai como tal, ou à mãe e aos
irmãos ou a si mesmo; odiar, não obstante sua forte conotação, entende-se
rejeição, ruptura completa com a totalidade da estrutura familiar como centro e
figura de domínio. Segue-se a Jesus na liberdade e para a liberdade: liberdade
na opção, liberdade no seguimento. Não há indício de escapismo nem evasão,
Jesus não convida à fuga, exige renúncia e ruptura com aquela atitude de
dependência; é a pessoa, o indivíduo quem tem de enfrentar sua própria vida, seu
próprio crescimento. Daí, a segunda exigência: “carregar” sua própria cruz.
Aquele que tiver sido
capaz de “odiar” a estrutura que o prendia, minimizava-o e o tornava inválido,
por assim dizer, terá como desafio um caminho a percorrer, suportar por si mesmo
e conduzir o destino de sua vida, “levando-o”, dia após dia, com uma freqüência
que certamente se apresenta às vezes difícil, em que se sente a tentação de
outros o levarem nosso lugar. No seguimento de Jesus não pode haver
dependência.
Outra forma de
dependência desumanizante que é desmascarada também aqui é o apego aos bens
materiais, às riquezas. Não se conclui necessariamente por esta passagem do
Evangelho que ser rico seja pecado, esse não é o juízo que faz Jesus; a
denúncia concreta é: os bens materiais, entendidos como riqueza, transformada
em opção de vida, desumanização das pessoas, tornam-na também dependente e,
portanto, não apta para o seguimento de Jesus. Não basta, então, renunciar ou
romper com a instituição ou estrutura que escraviza, é preciso saber romper
também com o sistema de vida, se este for inumano, e não permitir uma
realização integral do indivíduo.
Dizemos que estas
exigências tais como as apresenta o Evangelho, não se prestam a qualquer
ambigüidade. Contudo, sabemos que, na maioria das vezes, a ambigüidade se
apresenta e domina o indivíduo. Jesus previne seus seguidores para que essas
ambigüidades não cheguem a converter-se em fracasso, e o faz valendo-se de novo
de duas parábolas: a do construtor que não pôde concluir a torre e a do rei que
vai para a guerra e se rende sem sequer lutar.
Ambas as parábolas
refletem a situação interna da comunidade de Lucas. Ainda havia restos de
dependência em alguns seguidores deste “novo caminho”: da família e, pior
ainda, dos bens materiais.
Reflexão Apostólica:
Seguir a Jesus e
continuar o seu projeto é viver um clima novo na relação com as pessoas, com as
coisas materiais e consigo mesmo. Trata-se de assumir com liberdade e
fidelidade a condição humana, sem superficialismo, conveniência ou romantismo.
O discípulo de Jesus deve ser realista, a fim de evitar ilusões e covardias
vergonhosas.
Ser discípulo de Jesus é
segui-Lo para uma vida nova e aceitar a revolução que Ele quer fazer em nós
desde o nosso desapego às pessoas, da anuência à participação na Sua Cruz e do
abandono de tudo o que temos de material e de humano
O seguimento de Jesus
implica na renúncia e no desapego das nossas idéias e vontade própria, como
também dos nossos bens, ídolos e projetos. Jesus veio mostrar ao mundo uma nova
maneira de ser valorizando o homem na sua dignidade, libertando-o de tudo o que
possa escravizá-lo e dominá-lo. Para que nós possamos segui-Lo, nós
precisamos nos sentir homens e mulheres livres de nós mesmos.
Muitas vezes, nós com a
boca, professamos que cremos em Jesus e que desejamos segui-Lo, porém, não
fazemos o cálculo de que isto implica em empreendermos uma guerra contra a
nossa carne.
Por isso, nós
fracassamos nos nossos propósitos. Nós precisamos ter convicção que a nossa
opção de cristãos e de cristãs se fundamenta na vivência da mensagem evangélica
do amor.
Quem ama é livre das
condições, é livre das circunstâncias, é livre das pessoas. Ama, porque ama com
o amor de Jesus. A Cruz é decorrente da nossa vivência do amor, porque amar nos
traz conseqüências. Não é fácil amar nem tampouco é fácil assumir os
encargos que o amor nos propõe.
Sentar-se para “calcular
os gastos” e ou “examinar as condições” é entregar-se à ação do Espírito Santo
que é quem nos capacita a deixarmos tudo e seguirmos a Jesus Cristo como
discípulos seus.
Assim sendo, quando
Jesus nos diz “se alguém vem a mim”, Ele quer nos dizer, se “você quer me
seguir você deverá viver a lei do amor; você terá que amar como eu amo; viver
como eu vivo; sofrer como eu sofro; pensar como eu penso.”
A renúncia maior há de
ser do nosso jeito de olhar as coisas, de julgar e de encarar as pessoas, de
nos desapegar dos conceitos adquiridos durante a nossa caminhada de vida,
conseqüência da nossa criação, cultura etc.
A renuncia a tudo que
não combina com o pensamento evangélico e o desapego das coisas e das pessoas,
é, portanto, o fundamento para que o reino dos céus viva em nós e Jesus seja o
nosso Rei, Senhor e Mestre. Do contrário, estaremos construindo na areia e
nunca seremos considerados discípulos e seguidores de Jesus.
Você tem muitos
planos? Você já fez os cálculos, do que terá de abdicar para que Jesus
seja o seu Mestre? Você é uma pessoa muito arraigada às suas idéias e
pensamentos? Você tem procurado amar como Jesus amou? Você tem assumido a sua
Cruz?
O seguimento de Jesus é
como uma pedra no sapato. Faz-nos parar pelo caminho e examinar o que nos
impede de prosseguir. Obriga-nos a pensar se o caminho vale a pena, se é o mais
adequado, o ideal. O seguimento de Jesus possui exigências que libertam as
pessoas das cargas inúteis e excessivas; apenas que requer e exige absoluta
liberdade.
O evangelho de hoje nos recorda as exigências do seguimento. Seguir Jesus pode "mortificar", causar incômodos, mas, no fundo, que ajuda o discípulo a estar disponível para caminhar com ele. Por isso o mais oportuno é não levar muitos calçados para o caminho, acumulando bens inúteis, nem carregar muitas bolsas, pois o bem maior é Deus. Não precisa levar companhia, porque na comunidade de irmãos encontrará amizade e apoio.
Vendo assim as coisas, o caminho deve ser empreendido na mais completa liberdade, com os braços abertos para ir ao encontro do irmão, e com os pés descalços para estar no mais completo contato com a realidade. Carregar a própria cruz é sinal da aceitação de um caminho que pode conter sofrimento, solidão e morte, mas que, seguindo Jesus, alcança a vida plena.
O evangelho de hoje nos recorda as exigências do seguimento. Seguir Jesus pode "mortificar", causar incômodos, mas, no fundo, que ajuda o discípulo a estar disponível para caminhar com ele. Por isso o mais oportuno é não levar muitos calçados para o caminho, acumulando bens inúteis, nem carregar muitas bolsas, pois o bem maior é Deus. Não precisa levar companhia, porque na comunidade de irmãos encontrará amizade e apoio.
Vendo assim as coisas, o caminho deve ser empreendido na mais completa liberdade, com os braços abertos para ir ao encontro do irmão, e com os pés descalços para estar no mais completo contato com a realidade. Carregar a própria cruz é sinal da aceitação de um caminho que pode conter sofrimento, solidão e morte, mas que, seguindo Jesus, alcança a vida plena.
Propósito:
Pai, reforça minha disposição
a ser discípulo de teu Reino, afastando tudo quanto possa abalar a solidez de
minha adesão a ti e a teu Filho Jesus.
O AMOR DO PAI
Amor é o fluxo imortal de energia, que
alimenta, estende e preserva; seu alvo eterno é vida.
O amor é algo difícil de ser definido,
mas muito fácil de ser reconhecido. Quanto mais graciosamente você lhe
presenteia, mais recebe de volta; quanto menos dele exige ou demanda, mais
preciosos retornos ele lhe traz. Quanto menos condições você impõe ao amor,
mais perfeitamente ele se ajusta a você, e mais significativo se torna.
O amor pode fazer uma diferença positiva e poderosa, onde quer que esteja presente. Ele é capaz de operar maravilhas, em qualquer área da vida. Dê amor a alguém, e você se irá deparar com uma incrível conexão, que irá trazer benefícios preciosos a duas pessoas – e provavelmente se estender a muitas outras, de forma abençoadora e indefinida...
Ame aquilo que você faz, e você será consideravelmente mais eficiente. Acrescente amor ao conhecimento, e você alcançará maior sabedoria. Ame a vida preciosa que Deus está lhe concedendo, e você encontrará real significado para cada momento e circunstância da sua vida. Nada, nada mesmo, substitui o amor.
O amor pode fazer uma diferença positiva e poderosa, onde quer que esteja presente. Ele é capaz de operar maravilhas, em qualquer área da vida. Dê amor a alguém, e você se irá deparar com uma incrível conexão, que irá trazer benefícios preciosos a duas pessoas – e provavelmente se estender a muitas outras, de forma abençoadora e indefinida...
Ame aquilo que você faz, e você será consideravelmente mais eficiente. Acrescente amor ao conhecimento, e você alcançará maior sabedoria. Ame a vida preciosa que Deus está lhe concedendo, e você encontrará real significado para cada momento e circunstância da sua vida. Nada, nada mesmo, substitui o amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário