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novembro - Quando formos elogiados,
ponhamo-nos a sorrir e pensemos que Deus vê o interior.(S 198). São Jose
Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,5-11
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,5-11
"Algumas pessoas estavam falando
de como o Templo era enfeitado com bonitas pedras e com as coisas que tinham
sido dadas como ofertas. Então Jesus disse:
- Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra.
Aí eles perguntaram:
- Mestre, quando será isso? Que sinal haverá para mostrar quando é que isso vai acontecer?
Jesus respondeu:
- Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: "Eu sou o Messias" ou "Já chegou o tempo". Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto.
E continuou:
- Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu."
Meditação:
- Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra.
Aí eles perguntaram:
- Mestre, quando será isso? Que sinal haverá para mostrar quando é que isso vai acontecer?
Jesus respondeu:
- Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: "Eu sou o Messias" ou "Já chegou o tempo". Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto.
E continuou:
- Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu."
Meditação:
Este texto de Lucas pertence ao chamado "apocalipse
sinótico" e tem seus paralelos com Mc 13 e Mt 24. É formado por um entrelaçamento
de tradições cristãs e da apocalíptica judaica que refletiam o ambiente e a
situação da primeira guerra dos romanos contra os judeus (66-70 d.C.).
O Evangelho de hoje faz referência ao Templo, que era uma construção imponente. Representava a união do povo judeu com sua fé monoteísta. Jesus não compartilha da admiração e entusiasmo que seus discípulos sentiam por essa obra arquitetônica e afirma que ela seria destruída.
Em meio ao barulho do povo no templo, alguns admiram a magnificência da construção. O templo, reconstruído depois do exílio, parece que foi realmente modesto se comparado com o primeiro, construído por Salomão. Contudo, para a época de Jesus, aquele modesto templo do pós-exílio era outra coisa totalmente diferente.
Herodes o Grande, com mania de grandeza por natureza, buscando reconciliar-se com os judeus, havia-se encarregado de remodelá-lo, com ampliações e com soluções que ainda surpreendem a engenharia moderna. Isto para entender por que os visitantes se maravilhavam tanto com aquela obra. Exceto a magnificência do edifício e a pompa da obra como tal, sabemos que o templo significava tudo para Israel, não somente por sua convicção de que era o lugar da Presença, lugar onde habitava o Nome de Deus ou sua Glória (Ez 43,4), mas porque, como estrutura institucional, determinava todos os destinos políticos, econômicos, sociais e religiosos da nação.
Consideremos só o religioso: o templo como habitação do Nome (os israelitas não se atreviam a personificar a Deus nem muito menos a dar-lhe um nome específico, por isso utilizavam invocações para se referir a ele: o Nome, a Glória, a Presença, Shekiná) do lugar específico do Santo dos Santos se irradiava sua santidade para os demais lugares do templo: primeiramente para o que estava mais perto do lugar da Santidade: o altar, em seguida as casas e o pátio dos sacerdotes de Israel, depois as casas e os pátios dos levitas, pátio dos israelitas legalmente puros, pátio dos impuros, pátio das israelitas e das crianças, pátio dos estrangeiros, palácios próximos, o resto da cidade, o país e o mundo; de modo que a santidade se deduzia pela proximidade ou distância do lugar da Santidade divina.
O Evangelho de hoje faz referência ao Templo, que era uma construção imponente. Representava a união do povo judeu com sua fé monoteísta. Jesus não compartilha da admiração e entusiasmo que seus discípulos sentiam por essa obra arquitetônica e afirma que ela seria destruída.
Em meio ao barulho do povo no templo, alguns admiram a magnificência da construção. O templo, reconstruído depois do exílio, parece que foi realmente modesto se comparado com o primeiro, construído por Salomão. Contudo, para a época de Jesus, aquele modesto templo do pós-exílio era outra coisa totalmente diferente.
Herodes o Grande, com mania de grandeza por natureza, buscando reconciliar-se com os judeus, havia-se encarregado de remodelá-lo, com ampliações e com soluções que ainda surpreendem a engenharia moderna. Isto para entender por que os visitantes se maravilhavam tanto com aquela obra. Exceto a magnificência do edifício e a pompa da obra como tal, sabemos que o templo significava tudo para Israel, não somente por sua convicção de que era o lugar da Presença, lugar onde habitava o Nome de Deus ou sua Glória (Ez 43,4), mas porque, como estrutura institucional, determinava todos os destinos políticos, econômicos, sociais e religiosos da nação.
Consideremos só o religioso: o templo como habitação do Nome (os israelitas não se atreviam a personificar a Deus nem muito menos a dar-lhe um nome específico, por isso utilizavam invocações para se referir a ele: o Nome, a Glória, a Presença, Shekiná) do lugar específico do Santo dos Santos se irradiava sua santidade para os demais lugares do templo: primeiramente para o que estava mais perto do lugar da Santidade: o altar, em seguida as casas e o pátio dos sacerdotes de Israel, depois as casas e os pátios dos levitas, pátio dos israelitas legalmente puros, pátio dos impuros, pátio das israelitas e das crianças, pátio dos estrangeiros, palácios próximos, o resto da cidade, o país e o mundo; de modo que a santidade se deduzia pela proximidade ou distância do lugar da Santidade divina.
Nessa medida, o templo era a réplica em miniatura da sociedade
israelita estratificada por razões sociais, econômicas e contraditoriamente,
por razões religiosas (puros e impuros, abençoados e malditos).
Aqueles que observam a maravilha arquitetônica não estão em condições de pôr em questão tudo o que há por trás daquela estrutura de pedra; unicamente Jesus, que como já vimos se orienta por outros critérios, com outros parâmetros, é capaz de questionar e até se atreve a predizer sua destruição: o da ruína material pôde tê-lo dito pela simples constatação histórica porque já havia ocorrido em 587, mas também porque era um fato que os detentores do poder procuravam arruinar as construções religiosas dos súditos para submetê-los com maior crueza.
Aqueles que observam a maravilha arquitetônica não estão em condições de pôr em questão tudo o que há por trás daquela estrutura de pedra; unicamente Jesus, que como já vimos se orienta por outros critérios, com outros parâmetros, é capaz de questionar e até se atreve a predizer sua destruição: o da ruína material pôde tê-lo dito pela simples constatação histórica porque já havia ocorrido em 587, mas também porque era um fato que os detentores do poder procuravam arruinar as construções religiosas dos súditos para submetê-los com maior crueza.
Destruindo os templos, saqueando-os e, especialmente, retirando
deles as estátuas das divindades e demais símbolos religiosos, os invasores
davam por submetidos também os deuses dos povos conquistados, e estes tinham a
obrigação de submeter-se à religião do conquistador.
O templo de Jerusalém tinha sido saqueado pelos babilônios,
pelos gregos, e faltavam os romanos, mas não tardariam.
Contudo, a realidade da destruição de templo Lucas já a devia
conhecer e aproveita aquela imagem para pô-la na boca de Jesus como profecia e
como introdução a seu discurso escatológico que se abre precisamente aqui a
propósito das palavras de uns aterrorizados fiéis diante daquela fortíssima
construção.
Não é necessário, portanto, insistir se Jesus predisse a destruição de Jerusalém e seu templo em termos literais.
Não é necessário, portanto, insistir se Jesus predisse a destruição de Jerusalém e seu templo em termos literais.
O mais importante é que com a clareza de uma consciência totalmente
liberta e desprovida da alienação religiosa, própria de seu tempo, Jesus
manifesta sua mais profunda convicção e fé na queda de todo o sistema montado
ao redor do templo como estrutura geradora de injustiça institucional.
Não seria algo pacífico nem fácil, com a mesma violência e
injustiça com que se tinha levantado tudo aquilo, seria derrubado também. Não
porque Deus interviesse para que as coisas se dêem assim, senão como uma
espécie de lei da vida. "
Reflexão Apostólica:
Este texto é um conjunto de advertências que
Jesus dirige à Igreja, chamada a perseverar na fé e enviada para anunciar a Boa
Nova em meio aos acontecimentos históricos e naturais e seus correspondentes
perigos.
Iniciando com a admiração de algumas pessoas diante da beleza do Templo, Lucas apresenta o "discurso "escatológico" sobre a destruição de Jerusalém (cap. 21).
Todo poder tem como arma a ostentação, desde as pirâmides dos faraós até as torres da atual capital econômica do Império.
Iniciando com a admiração de algumas pessoas diante da beleza do Templo, Lucas apresenta o "discurso "escatológico" sobre a destruição de Jerusalém (cap. 21).
Todo poder tem como arma a ostentação, desde as pirâmides dos faraós até as torres da atual capital econômica do Império.
A ostentação do Templo levava as pessoas a
admirarem, se curvarem e se submeterem. Porém, toda ostentação terá seu fim,
pedra por pedra, torre por torre.
A palavra de Jesus sobre a destruição do Templo, além de sua associação a um fato histórico acontecido, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus.
A mensagem anima a comunidade de cristãos a sustentar sua esperança e não diminuir sua atenção em vista dos acontecimentos ou dos sofrimentos que possam advir. Ao contrário, o fim não vai chegar de repente, a missão da Igreja deve continuar.
A palavra de Jesus sobre a destruição do Templo, além de sua associação a um fato histórico acontecido, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus.
A mensagem anima a comunidade de cristãos a sustentar sua esperança e não diminuir sua atenção em vista dos acontecimentos ou dos sofrimentos que possam advir. Ao contrário, o fim não vai chegar de repente, a missão da Igreja deve continuar.
Em alguns momentos a fala de Jesus nos
refrata ao futuro onde existe um amanhã cheio de incertezas e preocupações.
Quantos tantos estudiosos, cientistas,
filósofos já se atreveram a dizer até a data do apocalipse? Quantos não já
vislumbraram e até se flagelaram pelo medo do amanhã?
Como posso temer o amanhã se ainda vivo o
presente? Temer o futuro é de certa forma, se dizer incapaz de mudar o nosso
próprio presente.
Trabalhamos demais com os verbos no futuro e
no gerúndio que nos dão a noção que somos apenas passageiros e não pilotos de
nossas vidas.
“Não vou sair, pois esta chovendo”! O
gerúndio dá a impressão ou é a justificativa que precisávamos para dizer que
não posso fazer nada! “Se não estivesse chovendo
eu ia”!
“Calma! Eu estou mudando, devagar, mas
eu estou tentando”! Por que não dizemos “vou mudar” ou “vou tentar”?
Temos medo do futuro!
Todos têm medos, limites, restrições (…), mas
não podemos tê-los ao ponto de ficar “passageiro” da vida.
Padre Fábio de Melo respondeu a um
questionamento sobre esse assunto assim: “(…) Todo ser humano que tem boa
consciência do limite é um ser humano que está num processo de aperfeiçoamento.
Eu sei que tenho limites, mas eu os respeito; não tenho medo deles. Então, a
partir disso, estabeleço metas de superação e, quando consigo isso, o limite
deixa de me condicionar. Eu continuo limitado, mas não estou condicionado a ele
(limite), porque eu consegui uma possibilidade boa de lidar com as coisas que
me limitam”.
Quando trabalhamos com os verbos no futuro
acabamos jogando a “culpa” ou a “responsabilidade” para Deus. São comuns
as expressões “Deus que quis assim” ou “Foi a vontade de Deus”!
De certa forma, em alguns casos, essa frases servem bem, mas na maioria das vezes elas nos ajudam a esconder a nossa falta de atitude, de vontade, de empenho sobre alguma coisa que sabíamos que viria a dar errado, mas não tivemos coragem de dizer, fazer, agir (…) no presente. Precisamos não temer.
De certa forma, em alguns casos, essa frases servem bem, mas na maioria das vezes elas nos ajudam a esconder a nossa falta de atitude, de vontade, de empenho sobre alguma coisa que sabíamos que viria a dar errado, mas não tivemos coragem de dizer, fazer, agir (…) no presente. Precisamos não temer.
O Advento se aproxima e ao esperar o nascimento de Jesus façamos um gesto concreto no presente pelo futuro: Façamos projetos, de preferência, por escrito, pois, boa parte do que falamos ou prometemos acaba indo para o gerúndio ou para o futuro, mas quando escrevemos firmamos um compromisso no presente.
Deus anda conosco e sempre andará. Atitudes mudadas no presente podem nos garantir um futuro melhor. Não nos exilemos. (…) Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e de moderação”. (2Tm 1, 7)
Propósito:
Pai,
teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba
acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha
segurança.
MUITAS POSSIBILIDADES
Eu nunca descobri alguém que pudesse me
dar, com toda a segurança, os elementos para aquilo que é possível e impossível
realizar.
Será que você tem se
sentido como que dentro de uma avalancha de possibilidades? Particularmente
agora, quando cada aspecto da vida oferece tantas e diferentes opções, a ponto
de se tornar mais e mais difícil concentrar-se em apenas algumas... Contudo,
sem um foco determinado, mesmo em face de possibilidades ilimitadas, nada de
relevante é realizado.
Talvez você esteja relutando em seguir uma possibilidade objetiva, já que isso importa fechar a porta para todas as demais. Lembre no entanto que sempre existem novas possibilidades se abrindo, para substituir aquelas que já se fecharam. O fato é que quanto mais você realizar hoje, melhor equipado você estará para retirar vantagem das possibilidades de amanhã.
Não se preocupe com aquela porta que se fechou. Deus, mediante sua graça e imensurável compaixão, tem prometido suprir, e continuará suprindo cada uma das nossas necessidades. Em lugar de se perder em meio a tantas outras possibilidades, tente se concentrar naquela específica, e retire dela o que há de melhor.
Talvez você esteja relutando em seguir uma possibilidade objetiva, já que isso importa fechar a porta para todas as demais. Lembre no entanto que sempre existem novas possibilidades se abrindo, para substituir aquelas que já se fecharam. O fato é que quanto mais você realizar hoje, melhor equipado você estará para retirar vantagem das possibilidades de amanhã.
Não se preocupe com aquela porta que se fechou. Deus, mediante sua graça e imensurável compaixão, tem prometido suprir, e continuará suprindo cada uma das nossas necessidades. Em lugar de se perder em meio a tantas outras possibilidades, tente se concentrar naquela específica, e retire dela o que há de melhor.
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