08 outubro - A ação do Espírito Santo em nossas almas é, basicamente, um
trabalho de simplificação. (L 76). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus
21,33-43
"- Escutem outra parábola: certo agricultor
fez uma plantação de uvas e pôs uma cerca em volta dela. Construiu um tanque
para pisar as uvas e fazer vinho e construiu uma torre para o vigia. Em
seguida, arrendou a plantação para alguns lavradores e foi viajar. Quando
chegou o tempo da colheita, o dono mandou alguns empregados a fim de receber a
parte dele. Mas os lavradores agarraram os empregados, bateram num,
assassinaram outro e mataram ainda outro a pedradas. Aí o dono mandou mais
empregados do que da primeira vez. E os lavradores fizeram a mesma coisa.
Depois de tudo isso, ele mandou o seu próprio filho, pensando: "O meu
filho eles vão respeitar." Mas, quando os lavradores viram o filho,
disseram uns aos outros: "Este é o filho do dono; ele vai herdar a
plantação. Vamos matá-lo, e a plantação será nossa."
- Então agarraram o filho, e o jogaram para fora da plantação, e o mataram.
Aí Jesus perguntou:
- E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores?
Eles responderam:
- Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo.
Jesus então perguntou:
- Vocês não leram o que as Escrituras Sagradas dizem?
"A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas.
Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa!"
E Jesus terminou:
- Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino. "
Meditação:
- Então agarraram o filho, e o jogaram para fora da plantação, e o mataram.
Aí Jesus perguntou:
- E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores?
Eles responderam:
- Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo.
Jesus então perguntou:
- Vocês não leram o que as Escrituras Sagradas dizem?
"A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas.
Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa!"
E Jesus terminou:
- Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino. "
Meditação:
Vários setores significativos de
Israel, no passado, de forma arrogante, se consideravam “o povo eleito e
escolhido” diretamente por Javé.
Javé, ou seja, “Aquele que
está-com-o-seu-povo” devia ser adorado de forma exclusiva, pois Ele
era único. Um deus ciumento que não aceitava que outros deuses sentassem ao seu
lado e fossem adorados com igual piedade e submissão.
Evidentemente, tudo isso não é fruto de
revelação privilegiada, nem de predileção divina, mas é expressão de uma
autoconsciência de caráter coletivo, freqüentemente manipulada pelos setores
palacianos monárquicos interessados em exigir e manter obediência, devoção e
exclusividade do povo ao deus do rei. Era claramente uma estratégia política
para manter coesão social e unidade nacional.
Admitir a diversidade de deuses
significaria reconhecer um pluralismo de identidades e de projetos
politicamente perigosos.
A própria Bíblia que é uma coletânea
extremamente multiforme de experiências, visões, sonhos, projetos sociais e
religiosos vivenciados por inúmeros e variados grupos sociais revela as suas
próprias contradições. Mas isto manifesta, de forma paradoxal, que nem todos
engoliam o que as classes dirigentes queriam enfiar goela abaixo.
Jesus o hebreu da Galiléia, como muitos dos seus patrícios comungava, a princípio, a idéia de que Javé havia escolhido Israel, entre outros povos, como sendo o Seu povo.
Jesus o hebreu da Galiléia, como muitos dos seus patrícios comungava, a princípio, a idéia de que Javé havia escolhido Israel, entre outros povos, como sendo o Seu povo.
Escolheu-o para ser luz, guia, exemplo
a ser seguido. Ele também achava que somente “as ovelhas perdidas de Israel
(e não de outros lugares!)” deviam merecer um cuidado e uma atenção
especiais.
Os estrangeiros, os “não israelitas”
poderiam sim aceder ao grande banquete, mas só quando todo Israel fosse reunido
sobre o grande monte e estivesse já sentado à mesa.
Em que pese tudo isso, Jesus nunca
renunciou à sua visão e consciência crítica e autocrítica resultado de sua
permanente convivência com "os invisíveis" de Israel, os
"não-escolhidos".
Jesus vinha percebendo em suas andanças
que muitos setores de Israel se escondiam atrás da falsa segurança de se
sentirem eleitos e depositários da benevolência divina, para praticarem do tipo
de opressão e iniqüidade. Usavam indevidamente o nome de Javé e a sua suposta
proteção-predileção para “não produzir frutos de justiça”.
“Vocês acham que vão escapar da ira divina só porque vocês se acham filhos de Abraão (escolhidos)? Se for só por causa disso, eu vos digo que Deus pode fazer filhos de Abraão também dessas pedras. Mas se vocês não produzirem frutos de justiça o machado já está posto na sua raiz e vocês todos irão ser cortados” (Lc. 3,8-9)
“Vocês acham que vão escapar da ira divina só porque vocês se acham filhos de Abraão (escolhidos)? Se for só por causa disso, eu vos digo que Deus pode fazer filhos de Abraão também dessas pedras. Mas se vocês não produzirem frutos de justiça o machado já está posto na sua raiz e vocês todos irão ser cortados” (Lc. 3,8-9)
Jesus, como os grandes profetas
críticos e destemidos, na parábola desse domingo, mais uma vez, desnuda a falsa
prática religiosa, detona a arrogante autoconvicção de pertença ao povo eleito,
desmascara a hipocrisia que se dá mediante os cultos apaziguadores da
consciência e da responsabilidade social.
Sem meio-termo Jesus proclama o novo
critério de pertença divina, ou seja, a capacidade de produzir frutos ao cuidar
com amor, dedicação, responsabilidade e competência da vinha/
vida/humanidade/sociedade/universo/Reino de Deus.
Ao fazer isto, Jesus sentencia, - sem
direito a novo recurso, - o fim da suposta predileção divina a partir de
critérios de nacionalidade, de pertença/freqüência religiosa/sacramental,
cultural, opção ideológica/sexual etc, subordinando-a ao critério de produção
de frutos.
A prática da verdadeira caridade,
do serviço gratuito em favor da vida. “Por isso eu vos afirmo que o Reino de
Deus vos é tirado (futuro próximo e não remoto) e confiado a um “povo-grupo”
que produza seus frutos” (Mt. 21,43).tem falado em nome de Deus?
Esta parábola, desenvolvida no estilo
narrativo, como algumas outras semelhantes de Mateus, parte de uma imagem que
implica em uma relação de poder comum nas sociedades.
Aqui temos o conflito entre o
proprietário e os arrendatários. Desta relação de poder emergem detalhes de
violência envolvendo ambas as partes.
A sua interpretação deve ser cuidadosa,
evitando-se uma imagem final de um deus violento e vingativo, a qual é muito
característica do Antigo Testamento.
O profeta da Galiléia zomba das
pretensões privatizadoras dos ortodoxos e mostra que Deus entrega o Reino
àquelas comunidades que vivem o amor e a justiça.
O Reino não é propriedade privada de
ninguém nem de nenhum grupo em particular. Ninguém possui um título assegurado
de uma oração ou religião concreta.
Toda a vida e ministério de Jesus são
compromissos com a vida. Suas ações e palavras convocam todos a partilhar sua
vida na nova realidade humana que a construção do Reino provoca: suas obras
poderosas, sua acolhida dos excluídos, o anúncio da utopia de Deus que abre
novos horizontes de esperança no coração dos pobres.
Estes e outros sinais são manifestações
da vontade do Pai que envia Jesus para que os filhos e filhas “tenham vida e a
tenham em abundância” (Jo 10,10) e que, por isso, convida a celebrar o retorno
do filho “que estava morto e voltou à vida” (Lc 15,32). O amor e a
justiça unem a todos na paz e seus frutos permanecem para sempre.
As denúncias de Jesus, por outro lado,
indicam-nos que o mensageiro do Deus da Vida não pode permitir que o ser humano
esteja permanentemente torturado pelas experiências de morte.
Queremos que nossa vida e nosso
ministério sejam uma confissão e um testemunho de nossa fé no Deus “que ama a
vida” (Sb 11,26).
Como seguidores de Jesus, sabemos que
esta vida se manifesta e goza de plenitude quando se põe totalmente a serviço
do Reino (Mt 10,39).
Jesus, o Filho do homem, está disposto
a dar sua vida em resgate por todos (Mt 20,28. Ninguém lhe tirou a vida; ele a
entregou livremente.
Com ele aprendemos que ser bom pastor é
desdobrar-se pelo rebanho, dar a vida pelos irmãos (Jo 10,11). Neste momento,
devemos unir-nos a tantos cristãos e cristãs que nos últimos anos optaram por
servir à vida, embora com risco de perder ou complicar a sua própria. Ao
fazê-lo, prolongamos a melhor tradição cristã, confiados na intercessão de
nossos irmãos e irmãs mártires.
Reflexão Apostólica:
Alguns de nós continuamos
presos a um “serviço da palavra” mais apto para gerações passadas que para a
sociedade atual. Pretendemos fazer ouvir uma “palavra” dissociada da realidade
que vivemos, expressa em linguagem teórica, com pouco sabor da vida e da
problemática do povo...
A inculturação continua sendo
uma “matéria pendente” para muitíssimos pregadores cristãos. Perguntamo-nos
como conseguir que nosso “serviço da palavra” se inspire e se encarne nos
compromissos concretos pela Vida, Justiça e Solidariedade verdadeiras, tal como
se vivem no dia-a-dia...
Fazemos das Escrituras o que
os vinhateiros fizeram do filho: apoderaram-se dele e mataram-no. Matar é,
evidentemente, fazer calar ou desvirtuar, fazer perder a força, esterilizar. As
figuras que transportam um texto esperam não apenas um leitor mas um
intérprete.
Na parábola dos
vinhateiros posso ler a história de vinhateiros que tentam
apropriar-se duma vinha e dos seus frutos matando o herdeiro.
Podemos ler nela o fracasso da
parábola porque os fariseus endossam o papel dos vinhateiros na sua
relação com Jesus. Mas podemos também recebê-la como um apelo a não os imitar.
Que relação temos com essa
pedra rejeitada pelos construtores? De quem falam as Escrituras? É dele que
falam? E você, interlocutor desta parábola, antes de mais, e você hoje que a
escuta, em que ponto se situa relativamente à leitura das Escrituras em
Jerusalém?
Convidados pelo Senhor somos
todos responsáveis pelos frutos do reino edificado a partir de nossas ações.
Deus, nosso Pai, o “dono da vinha” espera que correspondamos com os frutos
devido na época esperada (da colheita) no mundo e nas diversas situações que
vivemos.
A imagem da vinha é muito
apreciada no contexto bíblico pois nos remete a necessidade de um cuidado todo
especial desde o cultivo até a colheita da safra.
Em circunstâncias severas de
tempo, ter um terreno fértil e de boa produtividade é manter a esperança de um
bom resultado pelos frutos esperados.
Lembrando o episódio da “vinha
de Nabot” em 1 Rs 21, 1-7, a vinha é o lugar onde a vida germina, floresce e dá
bons frutos. Também é ameaçada pela cobiça, inveja e pelo mal que nos rodeia
com a força que a morte traz!
Todavia, na liturgia desse
Domingo somos convidados a nos deixar questionar pela palavra de Deus acerca do
tipo de fruto que nossas atitudes representam; seriam estes frutos doces e
maduros que alegram o coração de quem tudo investe continuamente em nós, ou
pelo contrário, nossas ações são ainda do tipo selvagem e rebeldes contra
aquele que tanto nos ama.
Nos relatos bíblicos
apresentados tomamos consciência da gravidade de não produzir frutos: “o reino
vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.
Assim ninguém pode pensar em
possuir certa “estabilidade”, pois o reino possui uma dinâmica toda própria
capaz de superar quem fechar o coração e não corresponder no amor as suas
exigências. Como, então, produzir frutos para o reino de Deus?
Paulo quando escreve aos
Filipenses nos mostra o caminho: Primeiramente o valor da vida de oração que
nos leva a quietude diante das dificuldades, depois deveremos focar as nossas
atenções e esforços no que é verdadeiro, respeitável, justo, amável, honroso,
virtuoso e louvável, portanto um caminho de perfeição composto por sete itens,
que muito bem poderíamos apresentar como um caminho de uma vida nova em Deus.
Que o Senhor o bom pastor nos
encontre sempre em bons frutos de vida e abençoe as sementes do reino que
semeamos com o trabalho de nossas mãos.
Propósito:
Pai, transforma-me numa vinha fecunda onde
encontres os frutos de amor, justiça e solidariedade tão esperados. Que eu
jamais te decepcione, levando uma vida estéril.
ABRACE AS OPORTUNIDADES!
As pessoas mais felizes não possuem,
necessariamente, o melhor. Elas apenas fazem o melhor de tudo.
Se você tem razão para
estar frustrado, você também tem a motivação necessária para ir além daquilo
que o está frustrando, seja trabalhando para eliminar a causa da sua frustração
ou crescer para muito além dela.
Se você tem experimentado desapontamentos, você também aprendeu uma valiosa lição. Vá em frente, aplique o que você aprendeu e transforme o seu desapontamento num ponto genuinamente positivo.
Se você tem experimentado perdas e tristezas, então você também ganhou um mais profundo conhecimento da preciosidade da vida. Retire o melhor dessa oportunidade pela qual você pagou um alto preço e – pela graça de Deus – volte-se para um nível mais elevado de significação e realização. Se você tem experimentado um desafio muito difícil, você também tem a oportunidade de crescer muito mais forte, mais capaz, mais sábio, mais experiente, mais persistente. Abrace essas oportunidades porque são elas que lhe proporcionam as reais essências da vida.
Se você tem experimentado desapontamentos, você também aprendeu uma valiosa lição. Vá em frente, aplique o que você aprendeu e transforme o seu desapontamento num ponto genuinamente positivo.
Se você tem experimentado perdas e tristezas, então você também ganhou um mais profundo conhecimento da preciosidade da vida. Retire o melhor dessa oportunidade pela qual você pagou um alto preço e – pela graça de Deus – volte-se para um nível mais elevado de significação e realização. Se você tem experimentado um desafio muito difícil, você também tem a oportunidade de crescer muito mais forte, mais capaz, mais sábio, mais experiente, mais persistente. Abrace essas oportunidades porque são elas que lhe proporcionam as reais essências da vida.
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