15 outubro - Sofrer
ou morrer! Após ter experimentado quanto fosse sublime sofrer com Jesus, Santa
Teresa descobriu que morrer era infinitamente mais nobre, porque sinal de união
eterna com o Esposo Divino. (L 232). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 22,1-14
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 22,1-14
"De novo Jesus usou parábolas
para falar ao povo. Ele disse:
- O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então mandou outros empregados com o seguinte recado: "Digam aos convidados que tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto. Que venham à festa!"
- Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois chamou os seus empregados e disse: "A minha festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas que vocês encontrarem."
- Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente. Quando o rei entrou para ver os convidados, notou um homem que não estava usando roupas de festa e perguntou: "Amigo, como é que você entrou aqui sem roupas de festa?"
- Mas o homem não respondeu nada. Então o rei disse aos empregados: "Amarrem os pés e as mãos deste homem e o joguem fora, na escuridão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero."
E Jesus terminou, dizendo:
- Pois muitos são convidados, mas poucos são escolhidos."
Meditação:
- O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então mandou outros empregados com o seguinte recado: "Digam aos convidados que tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto. Que venham à festa!"
- Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois chamou os seus empregados e disse: "A minha festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas que vocês encontrarem."
- Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente. Quando o rei entrou para ver os convidados, notou um homem que não estava usando roupas de festa e perguntou: "Amigo, como é que você entrou aqui sem roupas de festa?"
- Mas o homem não respondeu nada. Então o rei disse aos empregados: "Amarrem os pés e as mãos deste homem e o joguem fora, na escuridão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero."
E Jesus terminou, dizendo:
- Pois muitos são convidados, mas poucos são escolhidos."
Meditação:
Lendo detidamente as três leituras da liturgia de hoje (Is
25,6-10a e Fl 4,12-14.19-20), nos deparamos com um fio condutor que, seguindo a
imagem do banquete, nos permite saborear o gosto desta palavra que hoje tem
sabor de alimento, esse mesmo que escasseia em muitos lugares do terceiro mundo
e causa a morte de tantos.
O evangelho de hoje narra a parábola do banquete que se encontra em Mateus e em Lucas, mas com diferenças significativas, marcadas pela perspectiva de cada evangelista.
O cenário que leva os dois evangelistas a repetir esta parábola é o mesmo. Nas comunidades dos primeiros cristãos, seja de Mateus seja de Lucas, continuava bem vivo o problema da convivência entre judeus convertidos e pagãos convertidos.
Os judeus tinham normas antigas que lhes impediam de comer com os pagãos. Também depois de terem entrado na comunidade cristã, muitos judeus mantinham o costume antigo de não se sentarem na mesma mesa de um pagão.
O evangelho de hoje narra a parábola do banquete que se encontra em Mateus e em Lucas, mas com diferenças significativas, marcadas pela perspectiva de cada evangelista.
O cenário que leva os dois evangelistas a repetir esta parábola é o mesmo. Nas comunidades dos primeiros cristãos, seja de Mateus seja de Lucas, continuava bem vivo o problema da convivência entre judeus convertidos e pagãos convertidos.
Os judeus tinham normas antigas que lhes impediam de comer com os pagãos. Também depois de terem entrado na comunidade cristã, muitos judeus mantinham o costume antigo de não se sentarem na mesma mesa de um pagão.
Esta parábola das bodas, foi proferida por Jesus, em Jerusalém, em
sua última semana de vida sobre a terra. Essa última semana de vida de Jesus,
em Jerusalém, foi de conflito contra todos os líderes religiosos: sacerdotes,
escribas, fariseus, anciãos do povo. Na verdade, o mentor desta guerra contra
Jesus era Satanás que queria se opor ao Plano de Deus.
A comunidade de Mateus responde à pergunta “o que é o Reino de Deus?”. Ele nos apresenta sua resposta a partir da imagem de um banquete de bodas, que se realiza em uma cidade (v. 7: mandou matar os homicidas e ateou fogo em sua cidade).
Na parábola das bodas, Jesus fala que o reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho e enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas. Estes, porém, não quiseram vir mesmo depois que o chamado foi renovado, com a observação de que tudo já estava preparado.
A comunidade de Mateus responde à pergunta “o que é o Reino de Deus?”. Ele nos apresenta sua resposta a partir da imagem de um banquete de bodas, que se realiza em uma cidade (v. 7: mandou matar os homicidas e ateou fogo em sua cidade).
Na parábola das bodas, Jesus fala que o reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho e enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas. Estes, porém, não quiseram vir mesmo depois que o chamado foi renovado, com a observação de que tudo já estava preparado.
Houve não só manifestação de indiferença como também até uso da
violência contra os servos do rei, alguns dos quais chegaram a ser mortos.
O rei, então, enfurecido, mandou seus exércitos, destruiu os
homicidas e incendiou a cidade, tendo, então, chamado pessoas de fora dos
limites da cidade para participar das bodas, sendo, então, recolhidos bons e
maus.
Com a festa nupcial cheia de convidados, o rei foi observar os convidados e encontrou um homem sem trajes nupciais que, depois de interrogado e nada ter dito, foi lançado às trevas exteriores, onde há pranto e ranger de dentes.
Por isso, concluiu Jesus, muitos são chamados e poucos, escolhidos. Esta afirmação de Cristo deve ser verificada dentro do contexto da parábola.
Com a festa nupcial cheia de convidados, o rei foi observar os convidados e encontrou um homem sem trajes nupciais que, depois de interrogado e nada ter dito, foi lançado às trevas exteriores, onde há pranto e ranger de dentes.
Por isso, concluiu Jesus, muitos são chamados e poucos, escolhidos. Esta afirmação de Cristo deve ser verificada dentro do contexto da parábola.
O rei chamou muita gente, mas aqueles que atenderam ao seu
convite e participaram efetivamente da festa foram poucos, em relação à
população convidada.
Havia muita gente no banquete, mas esta muita gente era pouca em relação aos que haviam sido convidados. Do mesmo modo, os salvos são poucos em relação a toda a humanidade, que foi convidada para a salvação.
O chamado é para todos, mas os escolhidos, ou seja, aqueles que atenderam ao chamado e se trajaram convenientemente, são poucos.
Havia muita gente no banquete, mas esta muita gente era pouca em relação aos que haviam sido convidados. Do mesmo modo, os salvos são poucos em relação a toda a humanidade, que foi convidada para a salvação.
O chamado é para todos, mas os escolhidos, ou seja, aqueles que atenderam ao chamado e se trajaram convenientemente, são poucos.
Vemos, pois, que, ao contrário do que dizem alguns, este
texto, ao invés de ser base para a doutrina da predestinação, confirma que a
escolha é resultado do exercício do livre-arbítrio dos salvos.
De diversas maneiras o Senhor tem insistido conosco e, se não atendemos ao seu chamado, corremos o risco de que chegue o dia em que talvez nem tenhamos mais chance de sermos convidados.
Outros ocuparão o nosso lugar. Porém, para atender ao convite do Senhor, não nos basta apenas ir e estar presente. Teremos, ao mesmo tempo, de assimilar a mentalidade do Evangelho, vestir a veste branca dos ensinamentos do Senhor, porque do contrário, destoaremos. Precisamos assumir de coração o nosso lugar na festa.
Quantas pessoas nós encontramos no meio da comunidade ou da Igreja que teimam em não acolher os mandamentos de Deus e têm a sua concepção própria servindo muitas vezes de pedra de tropeço para outros que desejam seguir as práticas evangélicas.
Neste caso, apesar de estarmos presentes de “corpo” poderemos ser enxotados e não haver mais lugar para nós dentro do reino.
De diversas maneiras o Senhor tem insistido conosco e, se não atendemos ao seu chamado, corremos o risco de que chegue o dia em que talvez nem tenhamos mais chance de sermos convidados.
Outros ocuparão o nosso lugar. Porém, para atender ao convite do Senhor, não nos basta apenas ir e estar presente. Teremos, ao mesmo tempo, de assimilar a mentalidade do Evangelho, vestir a veste branca dos ensinamentos do Senhor, porque do contrário, destoaremos. Precisamos assumir de coração o nosso lugar na festa.
Quantas pessoas nós encontramos no meio da comunidade ou da Igreja que teimam em não acolher os mandamentos de Deus e têm a sua concepção própria servindo muitas vezes de pedra de tropeço para outros que desejam seguir as práticas evangélicas.
Neste caso, apesar de estarmos presentes de “corpo” poderemos ser enxotados e não haver mais lugar para nós dentro do reino.
Quando aceitamos o convite de Jesus para participar do Seu reino precisamos
nos desvencilhar de todos os nossos conceitos
e preconceitos e nos deixar guiar pelo Espírito Santo que
nos revestirá com a veste da santidade de Deus.
Será que você também não é como este homem da veste diferente que a todo momento se posiciona contrário e dá testemunho falso dentro da sua família ou comunidade?
Será que você também não é como este homem da veste diferente que a todo momento se posiciona contrário e dá testemunho falso dentro da sua família ou comunidade?
Perceba como são as suas reações e veja se você precisa se
emendar. Porque a festa das Bodas do Cordeiro não deixará de ser realizada se
eu, ou você, recusarmos o convite para fazer a Obra de Deus.
Na Igreja, ninguém, mas ninguém mesmo é insubstituível. Nem Moisés foi considerado insubstituível, até mesmo no momento em que mais Israel precisava dele, que era a conquista de Canaã.
Os propósitos de Deus não são frustrados - Pela Bíblia sabemos que Deus tem um plano, elaborado. E Ele trabalha de acordo com esse plano, zelando pelo seu fiel cumprimento; sabemos que Deus remove todo e qualquer obstáculo que tentar impedir a realização do seu plano, bem como substitui toda e qualquer pessoa, grupos, povos, nações, denominações evangélicas, que se recusarem a colaborar para a realização de seu plano.
Na parábola das bodas, o rei não adiou, e não cancelou a festa das bodas de seu filho, devido a recusa de seus convidados, os quais, segundo ele, não eram dignos.
No dia determinado a festa nupcial ficou cheia de convidados. Os que rejeitaram o convite ficaram de fora, perderam a oportunidade que lhes fora oferecida; outros convidados ocuparam seus lugares, e a festa se realizou.
Na Igreja, ninguém, mas ninguém mesmo é insubstituível. Nem Moisés foi considerado insubstituível, até mesmo no momento em que mais Israel precisava dele, que era a conquista de Canaã.
Os propósitos de Deus não são frustrados - Pela Bíblia sabemos que Deus tem um plano, elaborado. E Ele trabalha de acordo com esse plano, zelando pelo seu fiel cumprimento; sabemos que Deus remove todo e qualquer obstáculo que tentar impedir a realização do seu plano, bem como substitui toda e qualquer pessoa, grupos, povos, nações, denominações evangélicas, que se recusarem a colaborar para a realização de seu plano.
Na parábola das bodas, o rei não adiou, e não cancelou a festa das bodas de seu filho, devido a recusa de seus convidados, os quais, segundo ele, não eram dignos.
No dia determinado a festa nupcial ficou cheia de convidados. Os que rejeitaram o convite ficaram de fora, perderam a oportunidade que lhes fora oferecida; outros convidados ocuparam seus lugares, e a festa se realizou.
Nós não somos insubstituíveis, seja qual for o trabalho que
estamos fazendo. Se nós recusarmos, Deus levantará outros, porque nada e nem
ninguém poderá impedir a realização do seu plano.
A festa das Bodas do Cordeiro não deixará de ser realizada se eu, ou você, recusarmos o convite para fazer a obra de Deus. Na Igreja, ninguém, mas ninguém mesmo, é insubstituível.
A festa das Bodas do Cordeiro não deixará de ser realizada se eu, ou você, recusarmos o convite para fazer a obra de Deus. Na Igreja, ninguém, mas ninguém mesmo, é insubstituível.
Apesar de tudo que foi dito, cabe-nos assumir a “objeção à
totalidade” que muitos ouvintes e pessoas cultas e com verdadeira sensibilidade
para os problemas atuais, vão sentir diante do texto do evangelho e diante da
cosmovisão teológica a qual lançamos mão para explicá-la e aplicá-la.
A sensação certa, ainda em muitos que não se consiga expressar com
nitidez, é que este tipo de metáforas globais são profundamente inadequadas,
estão gastas e ultrapassadas e não somente não dizem nada (por isso
precisam de tanta explicação) como também se tornam ininteligíveis e até
produzem rejeição. Como afirma a teóloga Sally McFague: "são metáforas não
somente obsoletas, mas perniciosas".
Com toda probabilidade, Jesus já não as usaria hoje, e ficaria
pasmo de ver muitos domingos dando volta em torno delas, querendo dar vida a
uma simbologia e uma doutrina que estão mortas.
É interessante perceber como o Evangelho coloca as trevas no lado
de fora do banquete, da comunidade, da Igreja... A partir desta historia, que
tem como eixo central expressões: a realidade do Reino de Deus, os convidados,
a presidência do banquete, seria bom o questionamento: a que grupo de
convidados nos assemelhamos? Que atitude assumimos diante do convite para
participar do Reino? Somos sensíveis diante do conflito reino / anti-reino?
Estamos preparados (vestidos de festa) para assumir as exigências do Reino?
Reflexão Apostólica:
Hoje refletimos sobre a terceiro parábola de uma trilogia
sobre a rejeição ou a aceitação do convite ao Reino de Deus e às suas obras – a
dos dois filhos (21, 28-32), da vinha (21, 33-44) e a de hoje – as bodas
(22,1-14).
Mais uma vez, as palavras de Jesus se dirigem aos chefes dos sacerdotes e anciãos – ou seja, aos que dominavam o sistema religioso vigente que oprimia o povo de Israel.
A imagem usada é de uma festa oriental de casamento – do filho de um rei. Mas no texto de hoje a ênfase não cai no filho, mas na atitude dos convidados.
Cumpre lembrar que muitas vezes na Bíblia a festa de bodas é símbolo da união alegre e definitiva de Deus como o seu povo.
Os convidados que não dão valor ao convite são aqueles que se apegam ao sistema opressor para defender os seus próprios privilégios, e assim rejeitam a mensagem libertadora da “justiça do Reino” de Jesus, mesmo que isso implicasse no assassinato de profetas.
O versículo 7 é provavelmente um acréscimo feito depois da destruição de Jerusalém pelos Romanos no ano 70 d.C. quando a parábola teria recebido a sua forma definitiva. O texto correspondente de Lucas não traz esse detalhe.
O Novo Povo de Deus será aberto a todos que foram marginalizados pelo sistema antigo, dominado pelos sumos sacerdotes e anciãos.
Esse é o significado de ir aos cruzamentos dos caminhos, onde se conglomeravam os marginalizados e rejeitados. Todos são convidados para o banquete do Reino – bons e maus.
Assim, o texto enfatiza a misericórdia de Deus que congrega na sua comunidade não somente os “bons”, mas também os pecadores.
De novo o texto nos traz uma advertência contra a complacência – quem não tem o traje de festa será expulso da festa messiânica. Esse traje é o da “justiça”, tema tão caro a Mateus. Não basta ser convidado – temos que responder com as obras da justiça do Reino.
O convite é universal, mas exigente – urge a conversão de todos. Como os antigos chefes perderam o seu lugar no banquete do Reino, nós também poderemos sofrer o mesmo destino, se não procurarmos vivenciar os valores do Reino, com as suas obras de justiça e solidariedade.
O último versículo, “porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos,” nos adverte que muitos são chamados, mas que nem todos perseveram, e assim perdem o seu lugar.
Não é preciso dizer que, mesmo em nossa era democrática, não se entra na presença da realeza negligentemente. Precisa-se ser treinado nas conveniências da roupa e da conduta.
Isto é muitas vezes mais verdadeiro para aqueles que se propõem ficar na presença do Deus vivo. Precisa-se vestir o espírito submisso do temor reverente para se propor comer pão no reino celestial.
Podemos, na verdade, não ser capazes de apresentar-lhe a vida sem pecado que ele verdadeiramente merece, mas o mais pobre de nós é absolutamente capaz de levar uma devoção de mente sincera e obediente.
É verdade que em sua misericórdia Deus vestiu seu povo com uma justiça que não é deles mesmos, mas há uma atitude de coração que só nós podemos atingir.
Na sua linguagem, o apóstolo Paulo diz: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de longanimidade” (Cl 3,12). Tal espírito cresce da percepção de que estamos sempre na presença do grande Rei e precisamos estar vestidos para a ocasião.
Quais são as pessoas que normalmente são convidadas às nossas festas? Por que? Quais são as pessoas que não são convidadas às nossas festas? Por que? • Quais são os motivos que hoje limitam a participação de muitas pessoas na sociedade e na Igreja? Quais são os motivos que certas pessoas alegam para se excluir do dever de participar da comunidade? São motivos justos?
Mais uma vez, as palavras de Jesus se dirigem aos chefes dos sacerdotes e anciãos – ou seja, aos que dominavam o sistema religioso vigente que oprimia o povo de Israel.
A imagem usada é de uma festa oriental de casamento – do filho de um rei. Mas no texto de hoje a ênfase não cai no filho, mas na atitude dos convidados.
Cumpre lembrar que muitas vezes na Bíblia a festa de bodas é símbolo da união alegre e definitiva de Deus como o seu povo.
Os convidados que não dão valor ao convite são aqueles que se apegam ao sistema opressor para defender os seus próprios privilégios, e assim rejeitam a mensagem libertadora da “justiça do Reino” de Jesus, mesmo que isso implicasse no assassinato de profetas.
O versículo 7 é provavelmente um acréscimo feito depois da destruição de Jerusalém pelos Romanos no ano 70 d.C. quando a parábola teria recebido a sua forma definitiva. O texto correspondente de Lucas não traz esse detalhe.
O Novo Povo de Deus será aberto a todos que foram marginalizados pelo sistema antigo, dominado pelos sumos sacerdotes e anciãos.
Esse é o significado de ir aos cruzamentos dos caminhos, onde se conglomeravam os marginalizados e rejeitados. Todos são convidados para o banquete do Reino – bons e maus.
Assim, o texto enfatiza a misericórdia de Deus que congrega na sua comunidade não somente os “bons”, mas também os pecadores.
De novo o texto nos traz uma advertência contra a complacência – quem não tem o traje de festa será expulso da festa messiânica. Esse traje é o da “justiça”, tema tão caro a Mateus. Não basta ser convidado – temos que responder com as obras da justiça do Reino.
O convite é universal, mas exigente – urge a conversão de todos. Como os antigos chefes perderam o seu lugar no banquete do Reino, nós também poderemos sofrer o mesmo destino, se não procurarmos vivenciar os valores do Reino, com as suas obras de justiça e solidariedade.
O último versículo, “porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos,” nos adverte que muitos são chamados, mas que nem todos perseveram, e assim perdem o seu lugar.
Não é preciso dizer que, mesmo em nossa era democrática, não se entra na presença da realeza negligentemente. Precisa-se ser treinado nas conveniências da roupa e da conduta.
Isto é muitas vezes mais verdadeiro para aqueles que se propõem ficar na presença do Deus vivo. Precisa-se vestir o espírito submisso do temor reverente para se propor comer pão no reino celestial.
Podemos, na verdade, não ser capazes de apresentar-lhe a vida sem pecado que ele verdadeiramente merece, mas o mais pobre de nós é absolutamente capaz de levar uma devoção de mente sincera e obediente.
É verdade que em sua misericórdia Deus vestiu seu povo com uma justiça que não é deles mesmos, mas há uma atitude de coração que só nós podemos atingir.
Na sua linguagem, o apóstolo Paulo diz: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de longanimidade” (Cl 3,12). Tal espírito cresce da percepção de que estamos sempre na presença do grande Rei e precisamos estar vestidos para a ocasião.
Quais são as pessoas que normalmente são convidadas às nossas festas? Por que? Quais são as pessoas que não são convidadas às nossas festas? Por que? • Quais são os motivos que hoje limitam a participação de muitas pessoas na sociedade e na Igreja? Quais são os motivos que certas pessoas alegam para se excluir do dever de participar da comunidade? São motivos justos?
Propósito:
Ó
Deus, mistério insondável que intuímos no fundo e no mais além do Ser e da
Vida, ao qual costumamos imaginar como Pai: Origem, Fonte, Começo... Nós nos
alegramos hoje com Jesus ao imaginar como quem convidou a todos os seres
humanos para o banquete da vida, à festa das bodas do amor... Sustenta nossa
alegria e nossa esperança, para que como nos diz Jesus, consideremos nossa vida
toda, um convite à alegria, uma participação na Festa da Vida. Nós te pedimos,
inspirados e movidos por Jesus, filho teu e irmão nosso.
QUANDO EM DISCÓRDIA
Somos continuamente confrontados com
grandes oportunidades, brilhantemente disfarçadas de problemas insolúveis.
Quando você discordar de
alguém, a melhor coisa a fazer será a disposição de ouvir. Isso pode parecer
simplista demais, contudo ainda assim, em tempos de discórdia essa atitude com
muita freqüência não é observada. Em lugar de insistir na sua opinião pessoal,
ouça. Em vez de discutir, fique atento, e procure compreender. É natural que
você queira explicar e insistir no seu ponto de vista em relação à questão. Pois
a melhor maneira de se equipar a si mesmo para fazer exatamente isso é
compreender o pensamento da outra pessoa. Você pode discordar respeitosamente,
e ainda assim discordar. Você pode entender completamente, e não obstante isso
não concordar. Entretanto, quando você ouve e se esforça por compreender a
outra pessoa, a situação se aprimora imensamente.
Quando você ganha uma discussão, afinal de contas você não ganha nada, a não ser o ressentimento da outra pessoa. Quando você resolve a discussão mediante uma compreensão mútua e genuína - mesmo que continue a discordar -, você passa a captar o respeito e a cooperação do outro. Dessa maneira todos terminam por ganhar alguma coisa de valor real.
Quando você tem a coragem e a confiança de verdadeiramente ouvir e entender, até mesmo desentendimentos podem se transformar numa maneira de seguir positivamente adiante.
Quando você ganha uma discussão, afinal de contas você não ganha nada, a não ser o ressentimento da outra pessoa. Quando você resolve a discussão mediante uma compreensão mútua e genuína - mesmo que continue a discordar -, você passa a captar o respeito e a cooperação do outro. Dessa maneira todos terminam por ganhar alguma coisa de valor real.
Quando você tem a coragem e a confiança de verdadeiramente ouvir e entender, até mesmo desentendimentos podem se transformar numa maneira de seguir positivamente adiante.
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