10 março - Ó glorioso Patriarca São José, não
te esqueças de nós, que vamos arrastando esta carne miseranda em dura terra de
exílio. (L 35).São Jose Marello
João 5,31-47
- Se eu dou testemunho a favor de mim mesmo, então
o que digo não tem valor. Mas existe outro que testemunha a meu favor, e eu sei
que o que ele diz a respeito de mim é verdade. Vocês mandaram fazer perguntas a
João, e o testemunho que ele deu é verdadeiro. Eu não preciso que ninguém dê
testemunho a meu favor, mas digo essas coisas para que vocês sejam salvos.
- João era como uma lamparina que estava acesa e brilhava, e por algum tempo vocês se alegraram com a luz dele. Mas eu tenho um testemunho a meu favor ainda mais forte do que o que João deu: são as coisas que eu faço, as quais o meu Pai me mandou fazer. Elas dão testemunho a favor de mim e provam que o Pai me enviou. Também o Pai, que me enviou, testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram o seu rosto. As palavras dele não estão no coração de vocês porque vocês não crêem naquele que ele enviou. Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor. Mas vocês não querem vir para mim a fim de ter vida.
- Eu não procuro ser elogiado pelas pessoas. Quanto a vocês, eu os conheço e sei que não amam a Deus com sinceridade. Eu vim com a autoridade do meu Pai, e vocês não me recebem. Quando alguém vem com a sua própria autoridade, esse vocês recebem. Como é que vocês podem crer, se aceitam ser elogiados pelos outros e não tentam conseguir os elogios que somente o único Deus pode dar? Não pensem que sou eu que vou acusá-los diante do Pai; quem vai acusá-los é Moisés, que é aquele em quem vocês confiam. Se vocês acreditassem em Moisés, acreditariam também em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas, se vocês não acreditam no que ele escreveu, como vão acreditar no que eu digo?
- João era como uma lamparina que estava acesa e brilhava, e por algum tempo vocês se alegraram com a luz dele. Mas eu tenho um testemunho a meu favor ainda mais forte do que o que João deu: são as coisas que eu faço, as quais o meu Pai me mandou fazer. Elas dão testemunho a favor de mim e provam que o Pai me enviou. Também o Pai, que me enviou, testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram o seu rosto. As palavras dele não estão no coração de vocês porque vocês não crêem naquele que ele enviou. Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor. Mas vocês não querem vir para mim a fim de ter vida.
- Eu não procuro ser elogiado pelas pessoas. Quanto a vocês, eu os conheço e sei que não amam a Deus com sinceridade. Eu vim com a autoridade do meu Pai, e vocês não me recebem. Quando alguém vem com a sua própria autoridade, esse vocês recebem. Como é que vocês podem crer, se aceitam ser elogiados pelos outros e não tentam conseguir os elogios que somente o único Deus pode dar? Não pensem que sou eu que vou acusá-los diante do Pai; quem vai acusá-los é Moisés, que é aquele em quem vocês confiam. Se vocês acreditassem em Moisés, acreditariam também em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas, se vocês não acreditam no que ele escreveu, como vão acreditar no que eu digo?
Meditação:
Concluindo o Sermão da Montanha, Jesus fala
sobre a necessidade de por em prática tudo que foi ouvido e que é a expressão
da vontade do Pai. Deus não quer de seus fieis exuberantes atos de louvor ou
espantosos feitos. Existem devoções às ostensivas invocações do nome de Jesus e
às espantosas narrativas de expulsões de demônios e de milagres de Jesus.
Contudo estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus. Sob a categoria de juízo final, ficam descartados os grandes prodígios (profecias, expulsão de demônios, milagres) prevalecendo apenas o critério de por em prática as palavras de Jesus, que revelam a vontade de Deus.
Tal prática supera o antigo cumprimento da Lei, com suas ameaças de maldições (primeira leitura), pois é chegado o tempo da graça (cf. segunda leitura), alcançando-se a comunhão com Deus na prática do novo mandamento do amor, amando como Jesus nos amou.
O empenho em fazer a vontade do Pai não acontece como coação por cumprimento de obras da lei, sob ameaças, e obediência a um deus tirano. Este empenho se faz com liberdade de opção e com a alegria de levar o amor humano à sua plenitude, seguindo os caminhos de Jesus.
Neste texto de Mateus vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai Nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das bem-aventuranças e na sua vida com seu amor promovendo os pobres e excluídos.
Em tudo que Jesus disse e fez, ele estava cumprindo a vontade do Pai. E a vontade do Pai, Deus de amor, é que todos tenham vida em abundância, usufruindo dos bens da criação, eliminando-se as cercas e os muros que protegem as minorias privilegiadas e relegam as maiorias ao empobrecimento e à exclusão.
A parábola final sobre a casa construída sobre a rocha, que se contrapõe à casa construída sobre a areia, é expressiva para revelar a importância de por em prática as palavras ouvidas de Jesus. O evangelho de Lucas também a apresenta com pequenas diferenças.
Construir a casa significa construir sua própria vida. O homem insensato constrói sua vida seguindo os ditames da sociedade de mercado e consumo, obedecendo aos interesses de lucro dos poderosos desde mundo.
O homem sensato constrói sua vida praticando a palavra de Deus. Forma comunidade com seus irmãos, solidariza-se com os pobres, fracos e excluídos, e revela ao mundo o amor misericordioso de Jesus e do Pai.
É o empenho na construção do mundo novo possível, descartando as estruturas opressoras e excludentes em vigor, que favorecem as minorias ambiciosas que consomem suas vidas na ânsia de acumular riquezas.
Construir sua vida sobre a rocha é buscar a justiça que favorece a vida plena para todos, em comunhão de amor e vida eterna com Jesus e o Pai. As palavras de Jesus nos orientam para a formação de comunidades consolidadas pela união no amor, em ambiente de paz e abertas para a comunhão com todos aqueles que se empenham no resgate da dignidade e da vida no mundo.
Assim como hoje, existiam no tempo de Jesus, pessoas que ouviram seus ensinamentos, presenciaram seus milagres, mas mesmo assim tinham dúvidas. E eram judeus, como Jesus!
Contudo estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus. Sob a categoria de juízo final, ficam descartados os grandes prodígios (profecias, expulsão de demônios, milagres) prevalecendo apenas o critério de por em prática as palavras de Jesus, que revelam a vontade de Deus.
Tal prática supera o antigo cumprimento da Lei, com suas ameaças de maldições (primeira leitura), pois é chegado o tempo da graça (cf. segunda leitura), alcançando-se a comunhão com Deus na prática do novo mandamento do amor, amando como Jesus nos amou.
O empenho em fazer a vontade do Pai não acontece como coação por cumprimento de obras da lei, sob ameaças, e obediência a um deus tirano. Este empenho se faz com liberdade de opção e com a alegria de levar o amor humano à sua plenitude, seguindo os caminhos de Jesus.
Neste texto de Mateus vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai Nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das bem-aventuranças e na sua vida com seu amor promovendo os pobres e excluídos.
Em tudo que Jesus disse e fez, ele estava cumprindo a vontade do Pai. E a vontade do Pai, Deus de amor, é que todos tenham vida em abundância, usufruindo dos bens da criação, eliminando-se as cercas e os muros que protegem as minorias privilegiadas e relegam as maiorias ao empobrecimento e à exclusão.
A parábola final sobre a casa construída sobre a rocha, que se contrapõe à casa construída sobre a areia, é expressiva para revelar a importância de por em prática as palavras ouvidas de Jesus. O evangelho de Lucas também a apresenta com pequenas diferenças.
Construir a casa significa construir sua própria vida. O homem insensato constrói sua vida seguindo os ditames da sociedade de mercado e consumo, obedecendo aos interesses de lucro dos poderosos desde mundo.
O homem sensato constrói sua vida praticando a palavra de Deus. Forma comunidade com seus irmãos, solidariza-se com os pobres, fracos e excluídos, e revela ao mundo o amor misericordioso de Jesus e do Pai.
É o empenho na construção do mundo novo possível, descartando as estruturas opressoras e excludentes em vigor, que favorecem as minorias ambiciosas que consomem suas vidas na ânsia de acumular riquezas.
Construir sua vida sobre a rocha é buscar a justiça que favorece a vida plena para todos, em comunhão de amor e vida eterna com Jesus e o Pai. As palavras de Jesus nos orientam para a formação de comunidades consolidadas pela união no amor, em ambiente de paz e abertas para a comunhão com todos aqueles que se empenham no resgate da dignidade e da vida no mundo.
Assim como hoje, existiam no tempo de Jesus, pessoas que ouviram seus ensinamentos, presenciaram seus milagres, mas mesmo assim tinham dúvidas. E eram judeus, como Jesus!
Hoje, eles não acreditam que Jesus é, de
fato, o Filho de Deus. E continuam esperando a primeira vinda do Messias
Salvador, anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Também existem muitos
não-judeus, que não acreditam que Jesus é o Filho de Deus, e nem acreditam em
seu poder. Se você é uma destas pessoas, no Evangelho de hoje Jesus fala
diretamente para nós!
Jesus cita dois profetas famosos e conhecidos de todos, na época: João Batista e Moisés. Os dois vieram para anunciar a vinda do Messias Salvador. Pois bem, Jesus se apresenta como esse Messias! Quem não acreditar nesses dois profetas, também não acreditará em Jesus.
Eles dão testemunho de Jesus. Mas o maior
testemunho de Jesus é o próprio Pai, que lhe enviou. Mas quem de vocês já ouviu
a voz de Deus? Deus não fala da forma que conhecemos. Deus fala através dos
milagres que Jesus realizou e realiza ainda hoje, para quem lhe pede.
No Evangelho de hoje, Jesus não se dirige
aos desentendidos. Ele se dirige àqueles que estudam a Bíblia, mas que mesmo
assim não acreditam que Ele é o Filho de Deus! E afirma categoricamente: “Mas
eu sei que não tendes em vós o amor de Deus.”
Quem não consegue enxergar os milagres
realizados por Jesus como sendo obras de Deus Seu Pai, é porque tem o coração
endurecido. E num coração endurecido não existe o Amor. E se Deus é Amor, então
essa pessoa não tem o Amor de Deus. Essa é a pior tristeza que um ser humano
pode ter na vida: a falta do Amor que vem de Deus.
Há uma “sabedoria de Deus, misteriosa e
oculta, que, desde antes dos séculos, Deus antecipadamente nos destinou”. Esta
sabedoria de Deus é Cristo; Ele é “poder de Deus e sabedoria de Deus”. No
Filho, com efeito, “encontram-se escondidos todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento”; oculto no mistério, destinado previamente, desde antes dos
séculos, Ele é o que foi predestinado e prefigurado na Lei e nos profetas.
Por isso, os profetas tinham o nome de
“videntes”; viam Aquele que estava escondido e desconhecido dos outros. Também
Abraão “viu o seu dia e rejubilou”. Para Ezequiel, os céus abriram-se, enquanto
para o povo pecador permaneciam cerrados. “Retirai o véu de cima dos meus
olhos, diz David, e contemplarei as maravilhas da vossa lei”. Na verdade, a lei
é espiritual e, para compreendê-la, é preciso que seja “afastado o véu” e que
“a glória de Deus seja contemplada de rosto descoberto”.
No Apocalipse, mostra-se um livro fechado
com sete selos. Quantos homens hoje, que se pretendem instruídos, têm nas mãos
um Livro selado! São incapazes de o abrir, a menos que seja aberto por “Aquele
que tem a chave de David; se Ele abrir, ninguém o fechará e, se Ele fechar,
ninguém o abrirá”.
Nos Atos dos Apóstolos, o eunuco lia o
profeta Isaías; contudo, ignorava Aquele que venerava no livro sem O conhecer.
Surge Filipe: mostra-nos o Pai e isto nos basta! Jesus mostra-lhe oculto pela
letra: há tanto tempo que estou convosco e não me conheces? Eu e o Pai somos
Um.
Não podemos comprometer-nos com as Sagradas
Escrituras sem termos um guia que nos mostre o caminho. E este guia é a Última
Palavra de Deus. Não esperemos outros sinais. Em Jesus temos tudo o que
precisamos para sermos felizes para sempre. Se ainda temos dúvidas eis o
caminho:. Hoje Jesus bate à nossa porta e nos dizer: venham e sigam-me, pois Eu
e o Pai somos Um. Venham que lhes mostrarei o caminho que lhes conduz à vida
eterna.
Reflexão Apostólica:
Somos chamados a dar
testemunho de Jesus. E quando é que damos testemunho de Jesus? Todas as vezes
que através de nossas atitudes demonstramos amor ao próximo.
No mundo em que nós
vivemos há uma carência enorme desse amor, dando espaço ao egoísmo, a
substituição do ser pelo o ter, o consumismo exarcebado e aos poucos a luz
deixa de brilhar.
É preciso portanto
reflertirmos que nossas atitudes fazem a diferença, pois mesmo nas orações
somente atigiremos a Deus se nossas atitudes tiverem de acordo com os
ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Jesus Cristo é o maior
testemunho do amor de Deus para com a humanidade. O tempo em que passou na
terra, apesar de ser homem, ele também era Deus, mas não quis dar testemunho de
si próprio diante das criaturas. Em Nome de Deus Ele realizava obras de amor
como também prodígios e milagres, mas já naquele tempo Ele nos exortava: “as
Escrituras dão testemunho de mim”.
A Sagrada Escritura é,
por conseguinte, o verdadeiro testemunho de Jesus Cristo e do amor de Deus para
nós. Nós, homens e mulheres somos falhos e infiéis, mas Deus é maior que tudo e
é Nele que devemos confiar.
Não busquemos nos
homens os parâmetros para nossa felicidade, mas sim, na Palavra de Deus que é
justa e verdadeira.
Em que você tem se
apoiado para alimentar a sua fé em Jesus? Quem tem sido o (a) verdadeiro (a)
testemunho do amor de Deus para você?
Deus estabeleceu uma
lei para que o ser humano alcance através dela uma humanidade cada vez mais
plena e comprometida com esse processo de humanização; tal como estava
concebida, a Lei era para ser usada como meio; nesse sentido a apresentou
Moisés, e desse mesmo modo o próprio Moisés poderia dar testemunho em favor de
Jesus, porque assim era como ele se relacionava com ela; contudo, a Lei passou
a ser um absoluto, um jugo com o qual os dirigentes mantinham paralisado o
povo.
Jesus não põe como
argumento de sua autenticidade de enviado o testemunho de João Batista, porque
seria apoiar-se em testemunho humano. Seu argumento mais contundente e
esmagador é seu próprio agir, suas obras, que estão perfeitamente alinhadas com
o querer e a vontade de Deus.
Querer e vontade que
estão expressas nas Sagradas Escrituras às quais seus adversários tanto
veneravam. Se eles eram tão inclinados ao estudo das Escrituras, por que não
davam crédito a suas obras, que de um modo ou de outro estavam já anunciadas
nela? É que careciam do amor necessário como base para julgar a realidade em
que viviam.
Propósito:
Pai, dá-me suficiente
inteligência para descobrir, no testemunho de Jesus, sua condição de Filho
enviado por ti, para a nossa salvação.
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