06 de junho sábado – São Norberto
06 -
A caridade é o vínculo da unidade. (L 76). São Jose Marello
Marcos
12,38-44
"Ele dizia
ao povo:
- Cuidado com os mestres da Lei! Eles gostam de andar para lá e para cá, usando capas compridas, e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças; preferem os lugares de honra nas sinagogas e os melhores lugares nos banquetes. Exploram as viúvas e roubam os seus bens; e, para disfarçarem, fazem orações compridas. Portanto, o castigo que eles vão sofrer será pior ainda!
Jesus estava no pátio do Templo, sentado perto da caixa das ofertas, olhando com atenção as pessoas que punham dinheiro ali. Muitos ricos davam muito dinheiro. Então chegou uma viúva pobre e pôs na caixa duas moedinhas de pouco valor. Aí Jesus chamou os discípulos e disse:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque os outros deram do que estava sobrando. Porém ela, que é tão pobre, deu tudo o que tinha para viver. A riqueza iníqua."
- Cuidado com os mestres da Lei! Eles gostam de andar para lá e para cá, usando capas compridas, e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças; preferem os lugares de honra nas sinagogas e os melhores lugares nos banquetes. Exploram as viúvas e roubam os seus bens; e, para disfarçarem, fazem orações compridas. Portanto, o castigo que eles vão sofrer será pior ainda!
Jesus estava no pátio do Templo, sentado perto da caixa das ofertas, olhando com atenção as pessoas que punham dinheiro ali. Muitos ricos davam muito dinheiro. Então chegou uma viúva pobre e pôs na caixa duas moedinhas de pouco valor. Aí Jesus chamou os discípulos e disse:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque os outros deram do que estava sobrando. Porém ela, que é tão pobre, deu tudo o que tinha para viver. A riqueza iníqua."
Meditação:
Nos evangelhos a crítica à classe
dirigente das sinagogas, do Templo e da Judéia, os escribas, os fariseus, os
sacerdotes e os latifundiários, é muito contundente.
Essa crítica atinge tanto a sua
doutrina como a sua prática. A sua doutrina tem um sólido caráter ideológico em
vista de consolidar seu prestígio e poder, religioso e político.
Somente São Marcos e Lucas 20,45-21,1-4
descrevem a atitude de Jesus perante a pobre viúva que deitou a sua oferta no
cofre do Templo de Jerusalém. A Igreja hoje nos faz saborear a riqueza de
Marcos.
Lendo o comentário de Jesus poderíamos encontrar muitas dúvidas sem respostas como estas, por exemplo: Então, como é? Essa viúva entregou tudo para o Templo, que corresponde à igreja dos nossos dias, tudo que possuía para viver, e depois? Se ficou sem nada, depois disso foi pedir esmola? Ou terá morrido à fome? É essa a vontade do Mestre? Jesus quer que entreguemos tudo para a Igreja? Não estará esta explicação em contradição com muitas outras passagens em que Jesus mostra a sua preocupação para com os pobres e as viúvas?
Mas é preciso entender bem o que Jesus quis frisar. Primeiro está a situação da viúva. A mulher israelita do tempo de Jesus, era alvo de forte discriminação imposta pela Velha Lei.
Lendo o comentário de Jesus poderíamos encontrar muitas dúvidas sem respostas como estas, por exemplo: Então, como é? Essa viúva entregou tudo para o Templo, que corresponde à igreja dos nossos dias, tudo que possuía para viver, e depois? Se ficou sem nada, depois disso foi pedir esmola? Ou terá morrido à fome? É essa a vontade do Mestre? Jesus quer que entreguemos tudo para a Igreja? Não estará esta explicação em contradição com muitas outras passagens em que Jesus mostra a sua preocupação para com os pobres e as viúvas?
Mas é preciso entender bem o que Jesus quis frisar. Primeiro está a situação da viúva. A mulher israelita do tempo de Jesus, era alvo de forte discriminação imposta pela Velha Lei.
No Templo não podia ir além do Pátio
das mulheres, e não estava de forma alguma preparada para sobreviver
economicamente sem o seu marido.
Não admira que, em caso de falecimento
do dono da casa, se não houvesse filhos, as suas mulheres não estivessem
minimamente preparadas para defender os seus direitos no “mundo dos homens”
como os negócios, conselhos, tribunais etc.
A viúva, se não tivesse pelo
menos um filho, que pudesse herdar as terras de seu pai, continuava de certa
maneira ligada ao seu falecido marido, e de acordo com Deuteronômio (Dt
25,5-10) deveria esperar que algum dos seus cunhados a tomasse como mais uma de
suas mulheres em respeito pela memória de seu irmão. Só depois dos seus
cunhados a rejeitarem e depois de cumpridos os rituais que constam do texto que
mencionamos em Deuteronômio é que ela poderia tentar novo casamento. Assim, a
expressão que aparece no texto de Marcos e de Lucas “viúva pobre”, nesse
contexto cultural, leva-nos a imaginar uma viúva que não tivesse filhos, nem
cunhados que a recebessem, nem quaisquer meios de subsistência.
Pode parecer-nos um tanto estranha a afirmação de Marcos de que muitos ricos lançavam muitas moedas. Na nossa cultura, é natural identificarmos as moedas com as pequenas importâncias, pois para importâncias elevadas, utilizamos as notas ou o cheque bancário.
Pode parecer-nos um tanto estranha a afirmação de Marcos de que muitos ricos lançavam muitas moedas. Na nossa cultura, é natural identificarmos as moedas com as pequenas importâncias, pois para importâncias elevadas, utilizamos as notas ou o cheque bancário.
Naquela época ainda não havia dinheiro
em notas. Só havia moedas que podiam ser em cobre, prata ou ouro, atingindo
valores muito elevados.
Depois destes esclarecimentos, já estamos em melhores condições para compreender o pensamento do nosso Mestre. A pobre viúva deu mais do que todos. Não encontramos aqui qualquer palavra de aprovação nem de reprovação da atitude dessa pobre viúva.
Depois destes esclarecimentos, já estamos em melhores condições para compreender o pensamento do nosso Mestre. A pobre viúva deu mais do que todos. Não encontramos aqui qualquer palavra de aprovação nem de reprovação da atitude dessa pobre viúva.
O pensamento principal, que está na
base desta passagem, é a dura crítica de Jesus aos escribas, pela maneira como
se apresentavam, acusando-os de “devorarem as casas da viúvas”. Logo em
seguida, aparece esta pobre viúva, cuja função é certamente ilustrar a
afirmação anterior.
É com este “pensamento de fundo” que se
deve interpretar a descrição do que se passou com esta viúva, simples exemplo
do que certamente se terá passado com muitas outras viúvas. A afirmação de
Jesus, de que a viúva deu mais do que todos os outros, vem arrasar toda a velha
teologia.
É um novo critério que avaliação que
não se encontra em todo o Velho Testamento. Que dirá Jesus das nossas igrejas,
na Sua segunda vinda? Não nos compete responder.
Será que iremos voltar a ouvir coisa
semelhante à afirmação do Mestre: Guardai-vos dos escribas que gostam de
circular de roupas longas, de ser saudados nas praças públicas, e de ocupar os
primeiros lugares nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes, mas
devoram as casas das viúvas e simulam fazer longas preces. Esses receberão
condenação mais severa.
Em vez de “escribas”, poderão estar os
títulos de outros respeitáveis cargos religiosos dos nossos dias a começar por
mim que sou sacerdote, por ti que não sei qual é a função que exerces na Igreja
e que agora me segues nesta reflexão.
Portanto, acautelemo-nos.
Reflexão Apostólica:
Por mais que
tentemos, muitas vezes, aparentar uma falsa humildade, Deus conhece o nosso
coração e pode perceber que sentimentos se escondem debaixo das nossas ações.
Neste Evangelho nós vimos Jesus abrir os olhos dos Seus discípulos para que se prevenissem contra “os doutores da lei” por causa da sua soberba e pretensão, assim como também da sua falsidade e hipocrisia no trato das coisas de Deus.
Ele dizia: “Tomai cuidado” “eles receberão a pior condenação”. Do mesmo modo Ele os instruía a que, além de tomar cuidado com eles, também não os imitassem e não seguissem a mesma cartilha por onde eles se guiavam.
Infelizmente ao longo de todos os anos essa cartilha permanece servindo de lição para muitos “doutores da lei” dos tempos modernos que usam das mesmas práticas a fim de chamar atenção para sua “espiritualidade” e “devoção” de fachada.
Por isso, ao mesmo tempo Jesus também fazia alusão àqueles que depositavam grandes quantias no cofre das esmolas e à viúva que “na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
São duas situações claras em que percebemos que as nossas atitudes exteriores muitas vezes não revelam o que se passa no nosso interior.
Jesus pôde avaliá-los, pois observava tudo com os olhos do Espírito e podia sondar os corações das pessoas. A observação de Jesus não nos dá o direito de fazer julgamentos precipitados sobre as ações das pessoas, mas nos serve de lição para que mergulhemos dentro de nós mesmos e avaliemos as nossas reais intenções quando agimos sabendo que estamos em evidência e que outras pessoas nos vêem no trabalho do reino e nas ofertas que fazemos.
Precisamos ter muita consciência quando formos fazer as nossas ofertas. O muito ou pouco que colocarmos aos pés do altar do Senhor precisa ecoar de dentro do nosso coração, sinceramente.
Não conseguimos enganar a Deus, por isso poderíamos ser mais sinceros confessando a nossa covardia, dizendo: “Senhor, eu sei que poderia dar mais, no entanto, sou apegado, (a) tenho medo de que me faça falta, finalmente, Senhor, eu não estou confiando em Ti, perdoa-me”!
Se agíssemos assim, com sinceridade, talvez um dia nós nos envergonhássemos das desculpas esfarrapadas e, como a viúva, oferecêssemos a Deus tudo o que possuíssemos, fosse, muito ou pouco.
Não importa a quantia que depositamos, mas a generosidade com que fazemos as nossas ofertas. Jesus não delimita as nossas esmolas, apenas nos propõe a experiência de sermos livres dos nossos apegos para que “não recebamos a pior condenação!”
Que aprendamos com os conselhos do Mestre.
Com que intuito você faz as suas orações na assembléia diante de todos? Você gosta dos primeiros lugares? O que você pode dizer a Jesus, agora, em relação às suas esmolas ao tesouro do templo? Qual é o entendimento que você tem sobre generosidade? Como você pode dar tudo o que possui: você entende isto?
Neste Evangelho nós vimos Jesus abrir os olhos dos Seus discípulos para que se prevenissem contra “os doutores da lei” por causa da sua soberba e pretensão, assim como também da sua falsidade e hipocrisia no trato das coisas de Deus.
Ele dizia: “Tomai cuidado” “eles receberão a pior condenação”. Do mesmo modo Ele os instruía a que, além de tomar cuidado com eles, também não os imitassem e não seguissem a mesma cartilha por onde eles se guiavam.
Infelizmente ao longo de todos os anos essa cartilha permanece servindo de lição para muitos “doutores da lei” dos tempos modernos que usam das mesmas práticas a fim de chamar atenção para sua “espiritualidade” e “devoção” de fachada.
Por isso, ao mesmo tempo Jesus também fazia alusão àqueles que depositavam grandes quantias no cofre das esmolas e à viúva que “na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
São duas situações claras em que percebemos que as nossas atitudes exteriores muitas vezes não revelam o que se passa no nosso interior.
Jesus pôde avaliá-los, pois observava tudo com os olhos do Espírito e podia sondar os corações das pessoas. A observação de Jesus não nos dá o direito de fazer julgamentos precipitados sobre as ações das pessoas, mas nos serve de lição para que mergulhemos dentro de nós mesmos e avaliemos as nossas reais intenções quando agimos sabendo que estamos em evidência e que outras pessoas nos vêem no trabalho do reino e nas ofertas que fazemos.
Precisamos ter muita consciência quando formos fazer as nossas ofertas. O muito ou pouco que colocarmos aos pés do altar do Senhor precisa ecoar de dentro do nosso coração, sinceramente.
Não conseguimos enganar a Deus, por isso poderíamos ser mais sinceros confessando a nossa covardia, dizendo: “Senhor, eu sei que poderia dar mais, no entanto, sou apegado, (a) tenho medo de que me faça falta, finalmente, Senhor, eu não estou confiando em Ti, perdoa-me”!
Se agíssemos assim, com sinceridade, talvez um dia nós nos envergonhássemos das desculpas esfarrapadas e, como a viúva, oferecêssemos a Deus tudo o que possuíssemos, fosse, muito ou pouco.
Não importa a quantia que depositamos, mas a generosidade com que fazemos as nossas ofertas. Jesus não delimita as nossas esmolas, apenas nos propõe a experiência de sermos livres dos nossos apegos para que “não recebamos a pior condenação!”
Que aprendamos com os conselhos do Mestre.
Com que intuito você faz as suas orações na assembléia diante de todos? Você gosta dos primeiros lugares? O que você pode dizer a Jesus, agora, em relação às suas esmolas ao tesouro do templo? Qual é o entendimento que você tem sobre generosidade? Como você pode dar tudo o que possui: você entende isto?
Propósito: Encontrar a presença de Jesus Cristo nos mais pobres e
sofredores.
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