EVANGELHO DO DIA 17 DE FEVEREIRO – Os SETE SANTOS FUNDADORES
DOS SERVITAS.
17 - Aniversário da Sagração Episcopal de São José Marello
(Roma, 1889).
Nenhum
crédito deve ser concedido às riquezas, às proteções, à estima e aos incentivos
do mundo. (L 76). SÃO JOSE MARELLO
Marcos 8,14-21
Naquele tempo, 14os
discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um
pão. 15Então Jesus os advertiu: “Prestai atenção e tomai cuidado com
o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.
16Os discípulos diziam entre si: “É porque não temos pão”. 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?”
Eles responderam: “Doze”. 20Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: “Sete”. 21Jesus disse: “E ainda não compreendeis?”
16Os discípulos diziam entre si: “É porque não temos pão”. 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?”
Eles responderam: “Doze”. 20Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: “Sete”. 21Jesus disse: “E ainda não compreendeis?”
Meditação:
O texto de Marcos lido hoje contém uma dupla
advertência de Jesus aos seus discípulos: guardar-se do fermento dos fariseus e
de Herodes. Na Bíblia o fermento tem um significado ambíguo.
Trata-se evidentemente de algo bom, uma substância
sem a qual não se pode preparar o pão. Assim aparece, com um significado bom na
parábola do fermento (Mt 13, 33 e paralelos). Mas o fermento pode também
significar a corrupção do pecado, como no texto lido hoje e em outras passagens
(1Cor 5,6-8).
O fermento ou a malícia dos fariseus era a hipocrisia legalista. Julgavam-se perfeitos e desprezavam os outros que não seguiam suas regras. Pretendiam que Deus fosse obrigado a reconhecer suas boas obras, feitas mais por interesse do que por verdadeira piedade, e muito menos por amor aos irmãos.
O fermento ou a malícia dos fariseus era a hipocrisia legalista. Julgavam-se perfeitos e desprezavam os outros que não seguiam suas regras. Pretendiam que Deus fosse obrigado a reconhecer suas boas obras, feitas mais por interesse do que por verdadeira piedade, e muito menos por amor aos irmãos.
O fermento de Herodes era o despotismo com que
governava seu povo. Ele tinha repartido o reino de Herodes, o Grande (seu pai),
em duas províncias: a Galiléia e a Peréia. Manteve-se no poder desde o ano 4 a .C. até o ano de 39 d.C. Foi
um longo governo de 43 anos, submetido aos governantes romanos com os quais
sempre tinha que estar bem, ainda que fosse às custas da felicidade e do bem
estar de seu povo. Exibia uma grande astúcia, uma enorme capacidade diplomática
e a hipocrisia igual à dos fariseus. Não foi sem motivo que Jesus o chamou de
“raposa” (Lc 13,31-33), o animal da astúcia proverbial.
Um terceiro aspecto do texto de Marcos que hoje lemos é o da incompreensão dos discípulos: Jesus lhes fala do fermento dos fariseus e de Herodes e eles pensam que não trazem consigo pães na barca. Jesus recorda-lhes o acontecimento da multiplicação dos pães. Eles não devem estar preocupados em ajuntar provisões. É para não se contaminar com a hipocrisia dos fariseus e não serem vítimas da astúcia despótica de Herodes Antipas.
Um terceiro aspecto do texto de Marcos que hoje lemos é o da incompreensão dos discípulos: Jesus lhes fala do fermento dos fariseus e de Herodes e eles pensam que não trazem consigo pães na barca. Jesus recorda-lhes o acontecimento da multiplicação dos pães. Eles não devem estar preocupados em ajuntar provisões. É para não se contaminar com a hipocrisia dos fariseus e não serem vítimas da astúcia despótica de Herodes Antipas.
Os discípulos temem ficar sem provisões, e se esquecem de que tinham com eles o pão por excelência. Assim se compreende a discussão que se segue, na qual Jesus procura fazê-los compreender quem é ele.
Os discípulos devem estar atentos para não se deixar contagiar por aquele fermento da incompreensão e incredulidade que os rodeia. Sua escolha como depositários do mistério do reino de Deus não os torna invulneráveis à cegueira a seu redor.
Jesus os adverte sobre o perigo que correm, procurando levá-los a refletir mediante sucessivas repreensões. Têm que abrir seu coração e reconhecer com os olhos da fé a verdadeira identidade de quem, na multiplicação dos pães, se revelou como o pastor messiânico e o portador da salvação definitiva.
Jesus alerta o grupo dos discípulos sobre o plano que os fariseus e os herodianos estão tramando contra ele. Jesus sabe que o projeto do Reino que ele veio pregando de cidade em cidade, está incomodando os líderes do poder religioso e político de Jerusalém. Por isso Jesus diz ao grupo de seus amigos que se cuidem do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes, pois esses dois fermentos podem corromper a massa.
Também, nós, vinte séculos depois, corremos o perigo de nos tornarmos como os fariseus, de crermos que somos bons, de impor nossas normas aos pequenos e aos humildes, de tratar despoticamente os que vêm até nós. Deste fermento que contamina é que devemos nos guardar. E o Senhor nos alimentará abundantemente com sua Palavra e com seu pão de vida.
Frente à chamada de atenção feita por Jesus, seus apóstolos não lhe dão atenção, pois estão preocupados com a falta de alimento e dessa forma distorcem a mensagem de alerta que o Mestre estava dando. O pão não é o problema fundamental.
Sempre que ele faltou houve alguma maneira de consegui-lo para matar a fome do grupo e da multidão faminta. Jesus desejava que seus seguidores caíssem na conta do complô que estavam preparando contra ele.
Para abraçar a causa de Jesus, ou seja, para assumir o projeto do Reino, a perseguição é uma das realidades que acompanham todos aqueles que assumem com radicalidade a obra libertadora iniciada pelo Mestre. Os poderosos sempre estarão descontentes com as propostas de humanizar esta história e de equilibrar este mundo desequilibrado pelo egoísmo institucionalizado.
A missão é difícil, mas devemos ser capazes de continuá-la para tornar possível o Reinado de Deus em nosso mundo. A utopia do Reino continua nos interpelando e chamando para que nos desinstalemos e deixemos de lado as seguranças que nos impedem de por-nos a caminho para viver como Jesus viveu.
A Igreja tem um compromisso com o Reino de Deus. Nós que somos membros da Igreja somos chamados a combater com nosso próprio testemunho o poder de domínio e instaurar em nosso mundo uma realidade alternativa, mesmo que nos persigam e caluniem.
Reflexão Apostólica:
O
evangelho de Marcos, de maneira mais acentuada, insiste em registrar que os
discípulos de Jesus não chegaram a compreender claramente a sua novidade
durante os anos de convívio com ele.
Nesta
narrativa vemos os discípulos repreendidos severamente. Jesus adverte os
discípulos contra a doutrina (fermento) dos fariseus e dos herodianos. Eles
queriam um messias poderoso que se manifestasse com sinais portentosos.
Jesus
abre os olhos dos discípulos sobre o fermento dos fariseus e de Herodes: a
desconfiança, a falta de fé e a falsidade. Eles não entendiam bem das coisas
espirituais e pensavam que Jesus estava se referindo ao pão, alimento material.
No
entanto, Jesus replica: “Por que discutis sobre falta de pão? Ainda não
entendeis nem compreendeis? Tendes o coração endurecido?” Porém, eles não
compreendiam do que Jesus estava falando porque não O escutavam com o coração.
Mesmo
depois dos milagres da multiplicação dos pães eles continuavam inseguros quanto
á sua sobrevivência. Jesus se referia aos milagres dos pães quando dos 5 pães
divididos para 5.000 pessoas – sobraram 12 cestos; dos 7 pães repartidos para
4.000 pessoas, sobraram 7 cestos. Sete é o número da perfeição; Doze é o número
da abrangência.
O
poder de Deus não tem limites, no entanto, nós temos a tendência de nos apegar
com o pouco que temos e com aquilo que nós conseguimos ver e tocar, por isso,
só acreditamos no que está sob o nosso controle. Esquecemos do poder misterioso
de Deus.
Quantas
coisas maravilhosas já aconteceram na nossa vida e nós, às vezes nos apegamos à
situação do momento e desconfiamos de que Ele, o Senhor, tem poder para fazer
por nós muito mais do que imaginamos. O fermento dos fariseus era a
desconfiança, a falta de fé e a falsidade.
Assim
também nós podemos estar vivendo: “tendo olhos, nós não vemos e tendo ouvidos,
nós não ouvimos”. Temos também, como os fariseus o coração endurecido porque
somos limitados e não queremos enxergar mais além das aparências, das nossas
necessidades materiais e emergenciais. Não enxergamos o poder que Deus tem para
providenciar tudo de que precisamos na nossa vida.
A
pergunta do evangelho também pode ser dirigida a nós, como aos discípulos; nós
temos mais ou menos familiaridade com Jesus: com sua palavra, com sua maneira
de agir e com sua pregação, inclusive temos compartilhado não somente uma ou
duas vezes o Pão, mas muitas e, contudo, não entendemos Jesus nem a advertência
que faz, talvez moralizamos e cremos que o fermento dos fariseus se refere a
coisas espirituais, não compreendemos que Ele nos ama e que nos chama a uma
nova vida.
Às vezes, ante suas advertências e exigências, nós vamos pelas beiradas, não chagamos ao centro do assunto, a dureza de nossa mente e do coração para entender o estilo típico de Jesus faz repetir hoje essa pergunta: Ainda não entenderam? E o que é que tínhamos que entender? Algo simples e claro que estamos falando nos últimos dias nos evangelhos, o amor incondicional de Deus, sua pedagogia, sua ternura e a absoluta liberdade com que nos quer para que vivamos essas relações com ele e com os outros.
Entender inclusive que os momentos difíceis e penosos são momentos para nos aproximar de Deus e construir comunidade. E entender que somos chamados a à generosidade para com os necessitados, a controlar nossos impulsos de inveja e egoísmo. Definitivamente temos que entender o chamado para construir uma vida mais feliz e justa.
Às vezes, ante suas advertências e exigências, nós vamos pelas beiradas, não chagamos ao centro do assunto, a dureza de nossa mente e do coração para entender o estilo típico de Jesus faz repetir hoje essa pergunta: Ainda não entenderam? E o que é que tínhamos que entender? Algo simples e claro que estamos falando nos últimos dias nos evangelhos, o amor incondicional de Deus, sua pedagogia, sua ternura e a absoluta liberdade com que nos quer para que vivamos essas relações com ele e com os outros.
Entender inclusive que os momentos difíceis e penosos são momentos para nos aproximar de Deus e construir comunidade. E entender que somos chamados a à generosidade para com os necessitados, a controlar nossos impulsos de inveja e egoísmo. Definitivamente temos que entender o chamado para construir uma vida mais feliz e justa.
Qual
é o pão que você precisa para alimentar a sua vida? Quem pode dá-lo? – Há
sinceridade na sua oração a Deus? Você tem medo de passar necessidades no
futuro? Você acredita na providência de Deus?
Propósito:
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
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