29 - O menino Jesus segura em suas mãozinhas muitas
pequeninas cruzes que deseja distribuir aos seus adoradores mais queridos;
aceitemos também nós a nossa parcela. Essas cruzes, colocadas ao lado da sua,
não são mais cruzes, porque Jesus as torna doces e suaves com o seu amor
inefável. (S 217). São Jose Marello
Lucas 2,22-35
"Chegou o dia de Maria e José
cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então
eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois
está escrito na Lei do Senhor: "Todo primeiro filho será separado e
dedicado ao Senhor." Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas
rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
- Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partirem paz.
Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que
preparaste na presença de todos os povos:
uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel.
O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
- Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita genteem Israel. Ele vai ser um
sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos
secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará
o seu coração, Maria."
Meditação:
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
- Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partir
Pois
uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel.
O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
- Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente
Meditação:
Estes são os dias de Natal, a celebração do nascimento de Jesus
que se deu a mais de 2000 anos atrás. A Igreja é consciente de que não basta
celebrar: cantar, alegrar-se, comemorar um acontecimento importante para nossa
vida; sobretudo quando a celebração foi seqüestrada pelos comerciantes de tida
espécie que fazem seu “Dezembro” às custas de nossa ingenuidade.
Quantos gastos inúteis nestes dias! Quantas frustrações por não
poder gastar na proporção das incitações publicitárias!
Hoje a primeira leitura, tirada da 1a carta de João (1Jo 2,3-11), nos propõe uma forma alternativa, verdadeiramente cristã, de celebrar o fausto acontecimento do nascimento de Jesus: propõe que celebremos amando nossos irmãos como Jesus nos ensinou; guardando seus mandamentos que se reduzem a um único: o do amor. Permanecendo nele, vivendo nele, vivendo como Ele viveu.
Hoje a primeira leitura, tirada da 1a carta de João (1Jo 2,3-11), nos propõe uma forma alternativa, verdadeiramente cristã, de celebrar o fausto acontecimento do nascimento de Jesus: propõe que celebremos amando nossos irmãos como Jesus nos ensinou; guardando seus mandamentos que se reduzem a um único: o do amor. Permanecendo nele, vivendo nele, vivendo como Ele viveu.
Esta é a maneira de celebrar o Natal que a Igreja nos propõe,
longe da vaidade, do esbanjamento e da inconsciência propostos nestes dias pelo
comércio agressivo e pela propaganda ostensiva.
Há muitas luzes em nossas celebrações natalinas: as do presépio, as da árvore de Natal, as luzes com que enfeitamos nossas casas.
Há muitas luzes em nossas celebrações natalinas: as do presépio, as da árvore de Natal, as luzes com que enfeitamos nossas casas.
Também as cidades se engalanam nestes dias com luzes permanentes e
luzes fugazes: os fogos de artifício, as luzes das vitrinas das lojas e dos
avisos publicitários.
Entretanto, nenhuma dessas luzes vale a pena, são meras
antecipações das trevas, se não tivermos em nós a luz de Deus, de sua verdade.
São João nos diz que essa luz é a do amor aos irmãos.
Certamente ele pensa num amor eficaz, não puramente sentimental;
no amor que perdoa, acolhe, ajuda, consola, protege, se solidariza com os
necessitados... Não viver assim, no amor, é viver nas trevas, estar cegos, não
saber para onde vai a nossa vida.
Os hinos de Isabel, Zacarias, Ana e Simeão se misturaram com o cântico de Maria para elogiar a obra de Deus que consiste no despedida dos poderosos e a exaltação dos humildes, designo que Jesus realizará com sua contraditória missão. Com efeito, a Pessoa, palavra e obra de Jesus, foi motivo de longa controvérsia e divisão. Ele pôs em evidência as verdadeiras intenções de muitos corações.
Os hinos de Isabel, Zacarias, Ana e Simeão se misturaram com o cântico de Maria para elogiar a obra de Deus que consiste no despedida dos poderosos e a exaltação dos humildes, designo que Jesus realizará com sua contraditória missão. Com efeito, a Pessoa, palavra e obra de Jesus, foi motivo de longa controvérsia e divisão. Ele pôs em evidência as verdadeiras intenções de muitos corações.
Suas ações profética desmascarou os interesses dos opressores e os
mecanismos com os que manipulavam o povo. Anunciou a esperança definitiva para
todos aqueles que não tinham a menor oportunidade. Mostrou com sua vida o
verdadeiro rosto de Deus que estava cativo pelas instituições legalistas.
Maria, mãe e discípula, o acompanhou nesse processo. Muitas vezes
com dor e algumas outras vezes sem poder compreender toda envergadura de suas
ações. Todavia, fiel e firme, o seguiu até o último momento e depois participou
da comunidade cristã que deu origem a evangelização do mundo gentio.
Maria nos mostra como o seguimento de Jesus tem uma altíssima dose de exigência e, inclusive, de dor. Pois, como mãe do Senhor, ela recorreu ao mesmo processo que seguiram outras discípulas e que lhes custou lágrimas e total abnegação
Precisamente na leitura do evangelho de Lucas que escutamos hoje, Simeão exclama cheio de alegria: “Meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
Cristo é a luz do mundo, por sua palavra de fraternidade e de reconciliação, não só para Israel, o povo ao qual pertenceu por suas origens humanas, mas para todos os povos da terra, como diz o velho Simeão.
Simeão se dirigiu igualmente a Maria. É a última profecia sobre Jesus feita no Templo mesmo de Jerusalém, mas ela interessa também a Maria, pois Jesus vai ser causa de contradição, queda para uns e elevação para muitos. O testemunho do Messias operará como um peneira que purifica o interior do seu povo. Isto fará com que Ele seja sinal de contradição e objeto de resistência, e inclusive de perseguição (v. 34).
No versículo final deste texto Maria fica dentro das implicações deste anúncio. No mais íntimo da sua alma uma espada atravessará de lado a lado por causa das perspectivas messiânicas. Maria faz parte do povo de Israel. A fé é um processo que pode ser doloroso. O sofrimento na vida da mãe de Jesus será outra maneira de compartilhar a tarefa do Messias
A narrativa de Lucas se desenvolve sobre o pano de fundo do cumprimento do preceito legal da purificação. A Lei é mencionada cinco vezes. Como contraste, o centro da narrativa é o menino como sinal de contradição.
Lucas é o único evangelista que nos apresenta esta solene cena da apresentação de Jesus recém nascido, no templo de Jerusalém.
Maria nos mostra como o seguimento de Jesus tem uma altíssima dose de exigência e, inclusive, de dor. Pois, como mãe do Senhor, ela recorreu ao mesmo processo que seguiram outras discípulas e que lhes custou lágrimas e total abnegação
Precisamente na leitura do evangelho de Lucas que escutamos hoje, Simeão exclama cheio de alegria: “Meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
Cristo é a luz do mundo, por sua palavra de fraternidade e de reconciliação, não só para Israel, o povo ao qual pertenceu por suas origens humanas, mas para todos os povos da terra, como diz o velho Simeão.
Simeão se dirigiu igualmente a Maria. É a última profecia sobre Jesus feita no Templo mesmo de Jerusalém, mas ela interessa também a Maria, pois Jesus vai ser causa de contradição, queda para uns e elevação para muitos. O testemunho do Messias operará como um peneira que purifica o interior do seu povo. Isto fará com que Ele seja sinal de contradição e objeto de resistência, e inclusive de perseguição (v. 34).
No versículo final deste texto Maria fica dentro das implicações deste anúncio. No mais íntimo da sua alma uma espada atravessará de lado a lado por causa das perspectivas messiânicas. Maria faz parte do povo de Israel. A fé é um processo que pode ser doloroso. O sofrimento na vida da mãe de Jesus será outra maneira de compartilhar a tarefa do Messias
A narrativa de Lucas se desenvolve sobre o pano de fundo do cumprimento do preceito legal da purificação. A Lei é mencionada cinco vezes. Como contraste, o centro da narrativa é o menino como sinal de contradição.
Lucas é o único evangelista que nos apresenta esta solene cena da apresentação de Jesus recém nascido, no templo de Jerusalém.
Aparentemente seus pais o levaram ali para cumprir as minuciosas
prescrições da lei mosaica: a purificação da mãe, depois do parto, e o
pagamento do resgate pelo nascimento de seu filho primogênito, pois os
primogênitos pertenciam a Deus segundo a lei, e deviam ser resgatados com a
oferta de certos animais.
O Espírito de Deus tinha outros planos: apenas atravessando os portais do templo saiu ao encontro dos pais de Jesus um ancião que, pela maneira como é descrito, representa os profetas e os justos do Antigo Testamento que durante tantos séculos esperaram o cumprimento das promessas divinas.
Simeão bendiz a Deus que cumpriu sua Palavra, enviou o seu Messias, o salvador do mundo. Agora pode morrerem
paz. Simeão bendiz também os pais do menino, mas movido pelo
Espírito anuncia-lhes algo do destino doloroso que lhes espera, ao menino e sua
mãe: um será sinal de contradição, como uma bandeira que disputam exércitos
inimigos; a mãe sentirá que uma espada vai lhe transpassar a alma.
Contemplando esta cena caímos na conta de que o Natal não é uma brincadeira infantil, uma mera ocasião para fazer feriado.
O Espírito de Deus tinha outros planos: apenas atravessando os portais do templo saiu ao encontro dos pais de Jesus um ancião que, pela maneira como é descrito, representa os profetas e os justos do Antigo Testamento que durante tantos séculos esperaram o cumprimento das promessas divinas.
Simeão bendiz a Deus que cumpriu sua Palavra, enviou o seu Messias, o salvador do mundo. Agora pode morrer
Contemplando esta cena caímos na conta de que o Natal não é uma brincadeira infantil, uma mera ocasião para fazer feriado.
O menino a quem dedicamos canções de ninar para que durma
placidamente, se transformará num homem, abandonará sua casa, sua família, seu
trabalho, para assumir seu destino, sua vocação.
Proclamará aos quatro ventos sua mensagem: o Evangelho, a boa notícia do amor de Deus pelos pobres, pelos pequenos, pelos pecadores. Será condenado pelos poderosos do mundo a uma morte vergonhosa.
Com Ele, estamos comprometidos a ser discípulos, a segui-lo, carregando sua cruz. Na firme esperança de que Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, também nos dará, aos que lhe formos fiéis, a vida eterna.
Assim, pomos, à luz das leituras deste dia, uma nota de seriedade a estas celebrações que podem passar, até para nós cristãos, em meio à inconsciência e a vaidade.
Proclamará aos quatro ventos sua mensagem: o Evangelho, a boa notícia do amor de Deus pelos pobres, pelos pequenos, pelos pecadores. Será condenado pelos poderosos do mundo a uma morte vergonhosa.
Com Ele, estamos comprometidos a ser discípulos, a segui-lo, carregando sua cruz. Na firme esperança de que Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, também nos dará, aos que lhe formos fiéis, a vida eterna.
Assim, pomos, à luz das leituras deste dia, uma nota de seriedade a estas celebrações que podem passar, até para nós cristãos, em meio à inconsciência e a vaidade.
Peçamos a Deus que nos dê clareza para ver as manifestações da
libertação que vem de Deus; que estejamos dispostos a seguir o projeto de Jesus
até as últimas conseqüências; que recriemos permanentemente o sentido de nosso
batismo pelo qual somos discípulos e missionários.
Reflexão Apostólica:
Os evangelhos diários geralmente seguem uma sequência de
acontecimentos cronológicos e quando por ventura mudam, podem significar um dia
especifico, festivo ou crucial da história de Jesus. Hoje, lembramos a
apresentação do Senhor.
Repare o encanto no louvor feito por Simeão: “(…) Agora, Senhor, cumpriste a
promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz. Pois eu já vi com
os meus próprios olhos a tua salvação”.
Gostaria de trazer na lembrança um comentário e o exemplo dado num dos evangelhos que refletimos: um jovem que pedia que fosse acorrentado pelos próprios pais para não mais usar drogas e o homem que era atormentado por vários demônios. Jesus atravessa o mar da Galileia ao encontro de seu sofrimento. Ele já o conhece e o tinha convicção do quanto lutava; sabia das vezes que precisou se acorrentar para evitar que acontecesse.
Jesus, no caso do evangelho que trata do possesso, se apresenta
como Senhor sobre tudo que assolava aquele que nem correntes o prendiam e o
liberta.
Hoje, neste evangelho, nos braços de Maria, Deus apresenta Jesus a
um servo fiel e também o liberta das dúvidas que o acorrentavam.
Quantos travam batalhas ha muitos anos para que aconteça a
libertação de suas famílias, dos medos, dos preceitos… A paciência e a fé do
servo foram vistas por Deus e no momento mais oportuno, foi contemplada.
A psicologia define que temos três esferas ou estruturas psíquicas
– o Id, o ego e o superego. A grosso modo, o ID é nosso estado mais
inconsciente, é o que representa nossas vontades de realização imediata. O
superego é apresentado pelos nossos valores pessoais, crenças… Ele nos
apresenta a razão. O Ego, que avalia nosso querer mediante o que o superego o
subsidia tomando assim a decisão.
Quanto mais tempo pensamos, mais usamos a razão, os valores, …
Respostas imediatas geralmente têm mais influencia do ID.
Quando compro um carro, sem pensar como pagá-lo; quando respondo a
uma ofensa com outra ainda maior, quando leio ou escuto algo, já procurando os
erros para rebater (…)
Por que estou apresentando esse conteúdo? Deus apresenta Jesus em
nossas vidas quando Ele acha que chegou o momento.
Esses dias mencionei uma citação do padre Joãozinho sobre a idéia
que o Paulo que escreveu a primeira carta de Coríntios é bem diferente daquele
que escreveu a segunda. Ele escreve a derradeira carta bem mais sofrido e amadurecido
pelas vitórias e derrotas e de forma humilde.
Sim! Muitos de nós como o apóstolo, precisamos cair do cavalo para
termos a primeira apresentação do Senhor.
Quebrar a cara, tropeçar, cair, as vezes nos trazem ao real que
não posso viver refém do ID de nossas vontades que as vezes são intempestivas.
Jesus não abandonou Paulo após o episodio de Damasco, espera seu
servo amadurecer pelo caminho para novamente se apresentar a ele e confirmar
sua missão.
O evangelho não fala por quantos anos Simeão esperou por essa apresentação, mas deixa claro, que possivelmente como nós, a “trancos e barrancos” tentamos nos manter fieis e esperar.
O evangelho não fala por quantos anos Simeão esperou por essa apresentação, mas deixa claro, que possivelmente como nós, a “trancos e barrancos” tentamos nos manter fieis e esperar.
Sim, é duro ir para um lado e ver entes queridos preferirem ir
para outro, mas o Deus que é fiel ouvirá nossos clamores e Jesus também
atravessará qualquer mar para nos libertar.
Não sejamos reféns do ID e nem inertes justificados pelo superego.
Tenhamos fé!
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