28 – Sede sempre
obedientes, ainda que a obediência exija grandes sacrifícios. (S 354). São Jose
Marello
Mateus 13,31-35
"Jesus contou outra parábola. Ele disse ao
povo:
- O Reino do Céu é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra. Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore, de modo que os passarinhos vêm e fazem ninhos nos seus ramos.
Jesus contou mais esta parábola para o povo:
- O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa. Jesus usava parábolas para dizer tudo isso ao povo. Ele não dizia nada a eles sem ser por meio de parábolas. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta tinha dito:
"Usarei parábolas quando falar com esse povo e explicarei coisas desconhecidas desde a criação do mundo.""
- O Reino do Céu é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra. Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore, de modo que os passarinhos vêm e fazem ninhos nos seus ramos.
Jesus contou mais esta parábola para o povo:
- O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa. Jesus usava parábolas para dizer tudo isso ao povo. Ele não dizia nada a eles sem ser por meio de parábolas. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta tinha dito:
"Usarei parábolas quando falar com esse povo e explicarei coisas desconhecidas desde a criação do mundo.""
Meditação:
Mais uma vez Jesus recorre ao uso
das parábolas, definidas como história terrestre, possível de acontecer, com
sentido celestial.
Em várias delas o mestre ora usa
os verbos no passado, ora no presente e ora ainda no futuro mas em todos os
casos com a mesma finalidade: falar ao fundo do nosso ser, alheios ao que
ocorre na superfície da nossa vida ou no fluir dos acontecimentos que nos
rodeiam. Dirigidas quer aos eruditos quer aos ignorantes; quer aos modernos
quer aos antiquados.
As parábolas desafiam a ordem
estabelecida, as estruturas sociais e os sistemas de contra valores.
Desmascaram a vida injusta cotidiana. São um espelho. Através delas, o ouvinte
vê a si próprio como é, e não como pretende ser.
Elas forçam o ouvinte a reavaliar
as pautas do próprio comportamento, pensamento e emoções. Sacodem-nos,
induzindo-nos a reformar-nos e a renovar-nos.
Tiram-nos do engano a
respeito de nós mesmos e da falta de verdadeiros propósitos. Dizem-nos o que se
deve e o que não se deve aceitar. Manifestam a fidelidade definitiva de Deus
que é amor e, como tal, resposta para todos os conflitos humanos.
Hoje Mateus nos apresenta duas parábolas que fazem parte do conjunto de sete presentes no capítulo 13 de seu Evangelho.
A intenção fundamental de Jesus é salientar a presença pouco percebida do Reino de Deus no mundo, porém real, efetiva e em processo de crescimento.
Hoje Mateus nos apresenta duas parábolas que fazem parte do conjunto de sete presentes no capítulo 13 de seu Evangelho.
A intenção fundamental de Jesus é salientar a presença pouco percebida do Reino de Deus no mundo, porém real, efetiva e em processo de crescimento.
O grão de mostarda semeado
e o fermento na massa são expressões do Reino de Deus, realmente presente no
mundo, na sua dimensão de humildade e simplicidade. Não como afirmação de
poder, com ostentações de construções, rituais ou roupagens, mas pela transformação
dos corações e das relações pessoais, no amor e na justiça, fundamentos do
mundo novo querido pelo Pai.
Em chocante contraste,
vemos o país mais rico e poderoso do mundo que fala em nome da civilização
cristã, contudo se destaca pela idolatria do dinheiro e por sua capacidade
destrutiva.
Jesus nos desperta para
percebermos a presença do Reino nas multidões dos filhos de Deus, empobrecidos
e excluídos, nas suas adversidades e privações, mas também em suas alegrias e
esperanças, onde o amor, como um fermento na massa, está presente.
Fazendo um resumo diríamos que as duas parábolas são elaboradas a partir de imagens do ambiente familiar: um homem em seu campo e uma mulher em sua casa preparando o pão.
Fazendo um resumo diríamos que as duas parábolas são elaboradas a partir de imagens do ambiente familiar: um homem em seu campo e uma mulher em sua casa preparando o pão.
Na primeira parábola são
relativizadas as esperanças messiânicas de Israel como poderoso centro das
nações, tomando-se como referência o pequeno grão de mostarda plantado por um
camponês.
Na segunda, com a mulher que
coloca o discreto fermento na massa de farinha, levedando-a, temos o fermento
do amor, que se diferencia do fermento da hipocrisia dos fariseus, sobre o qual
Jesus adverte seus discípulos (Lc 12,1).
Portanto, em ambas, revela-se o Reino de Deus, realmente presente no mundo, na sua dimensão de humildade e simplicidade. Não como afirmação de poder, mas pela transformação dos corações e das relações pessoais, no amor e na justiça, fundamentos da nova sociedade possível.
Portanto, em ambas, revela-se o Reino de Deus, realmente presente no mundo, na sua dimensão de humildade e simplicidade. Não como afirmação de poder, mas pela transformação dos corações e das relações pessoais, no amor e na justiça, fundamentos da nova sociedade possível.
Reflexão Apostólica:
A nossa vida de fé é
um processo de maturação espiritual que encontra seu início nas águas do
Batismo e deve crescer durante toda nossa vida apesar de todas as dificuldades
que marcam a existência humana.
Este crescimento deve
acontecer constantemente. Deve ser uma busca cada vez maior da perfeição,
conforme nos diz o próprio Jesus: “Sede perfeitos como vosso Pai que está nos
céus é perfeito”.
O modelo para nós de
perfeição é o próprio Jesus, e é por isso que São Paulo nos exorta ao
crescimento até atingirmos a estatura de Cristo. O amor nos leva ao
crescimento, já que a caridade é o vínculo da perfeição e quem ama permanece em
Deus.
Existem em nossa
caminhada (profissional, sentimental, espiritual) decisões a serem tomadas e
dentre elas: Aonde quero chegar? Até onde posso ir? Pronto! Vou comprar um
livro de auto-ajuda! (risos)
Um amigo meu disse recentemente que os livros de auto-ajuda na verdade não se adaptam a todas as pessoas, e sim a uma parcela pequena que consegue transformar aquelas palavras, expressões e contextos motivacionais em coisas palpáveis e aplicáveis no dia a dia. “O monge e o Executivo”, “Quem mexeu no meu queijo”, “Pais brilhantes, filhos fascinantes”, dentre outros, são exemplos de livros que nos revelam coisas que no fundo já sabemos, mas não dão respostas as perguntas acima citadas. Mas por quê? Pois isso cabe a nós mesmos decidirmos!
Até quando e até onde desejo crescer? “(…) Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore…”.
Reafirmando: Em qualquer uma das esferas (profissional, sentimental, espiritual) é preciso, em um determinado momento, decidir até onde quero, devo e como crescer. Um bom jardineiro que conheço diz que não devemos temer a poda. Ficamos receosos em cortar algo que nos impede de crescer imaginando que nos fará falta hoje no futuro e que no fim, apegados a ele, crescemos o suficiente para virar um simples arbusto. Dizia ele também, que para engrossar e ganhar volume era necessário cortar as folhas mais novas (olhos da planta) por um período, mas se o objetivo fosse se impor, se destacar, aparecer sobre as demais, que cortássemos os galhos mais baixos e se deixasse as folhas novas.
Usando a analogia: Querendo passar num vestibular, num concurso, arrumar um bom emprego, terminar bem os estudos, crescer na espiritualidade, na fé, na esperança, (…) não podemos temer as podas. Precisamos ser mais robustos, não balançar com os ventos, (…); precisamos abandonar as vaidades, as pressões de moda, tendências, egoísmos, (…). Precisamos de galhos (postura) fortes.
Um amigo meu disse recentemente que os livros de auto-ajuda na verdade não se adaptam a todas as pessoas, e sim a uma parcela pequena que consegue transformar aquelas palavras, expressões e contextos motivacionais em coisas palpáveis e aplicáveis no dia a dia. “O monge e o Executivo”, “Quem mexeu no meu queijo”, “Pais brilhantes, filhos fascinantes”, dentre outros, são exemplos de livros que nos revelam coisas que no fundo já sabemos, mas não dão respostas as perguntas acima citadas. Mas por quê? Pois isso cabe a nós mesmos decidirmos!
Até quando e até onde desejo crescer? “(…) Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore…”.
Reafirmando: Em qualquer uma das esferas (profissional, sentimental, espiritual) é preciso, em um determinado momento, decidir até onde quero, devo e como crescer. Um bom jardineiro que conheço diz que não devemos temer a poda. Ficamos receosos em cortar algo que nos impede de crescer imaginando que nos fará falta hoje no futuro e que no fim, apegados a ele, crescemos o suficiente para virar um simples arbusto. Dizia ele também, que para engrossar e ganhar volume era necessário cortar as folhas mais novas (olhos da planta) por um período, mas se o objetivo fosse se impor, se destacar, aparecer sobre as demais, que cortássemos os galhos mais baixos e se deixasse as folhas novas.
Usando a analogia: Querendo passar num vestibular, num concurso, arrumar um bom emprego, terminar bem os estudos, crescer na espiritualidade, na fé, na esperança, (…) não podemos temer as podas. Precisamos ser mais robustos, não balançar com os ventos, (…); precisamos abandonar as vaidades, as pressões de moda, tendências, egoísmos, (…). Precisamos de galhos (postura) fortes.
São Gregório, segundo São Tomás de
Aquino, dizia que “(…) sobre esses galhos descansam as almas dos justos, que
se elevam dos pensamentos mundanos com as asas das virtudes e respiram longe
dessas fadigas, recebendo as palavras e consolos sobrenaturais”. O que
torna minha decisão acertada ou não, é a sabedoria que vem de algo maior que
nós mesmos.
Um ponto importante a ser acrescido: A mulher do evangelho de hoje, segundo santo Agostinho representa a sabedoria e as três medidas são os três graus de caridade, representados como: “(1) Com todo o coração, (2) com toda a alma e (3) com toda a inteligência”.
Um ponto importante a ser acrescido: A mulher do evangelho de hoje, segundo santo Agostinho representa a sabedoria e as três medidas são os três graus de caridade, representados como: “(1) Com todo o coração, (2) com toda a alma e (3) com toda a inteligência”.
Sendo assim, o adubo
dessa mostarda depende de quanto me empenho de coração, de espírito e do
esforço com que busco meus objetivos. Não adianta reclamar que nos faltam
oportunidades, chances, (…) e que alguns são privilegiados em detrimento a
outros.
Sabemos que pessoas
em vários campos sociais, econômicos e profissionais têm sido “vergonhosamente”
favorecidas estando até, aos olhos do mundo, altas, mas no que diz a construção
do reino de Deus, são sementes que nem chegaram a germinar e se não germina
ainda não permitiu que o céu nascesse em si. “(…) O Reino do Céu é como uma semente
de mostarda…”.
Crescer robusto é a palavra de ordem. Isso se inclui até mesmo quando falamos ou trabalhamos para Deus. Além de uma semente bem germinada é preciso aceitar as podas (correção, estudo, aprofundamento, disciplina e muito joelho dobrado). Se Deus quiser, e eu me empenhar em três medidas, poderei me tornar uma árvore e então darei frutos, abrigo e transmitirei a paz.
Crescer robusto é a palavra de ordem. Isso se inclui até mesmo quando falamos ou trabalhamos para Deus. Além de uma semente bem germinada é preciso aceitar as podas (correção, estudo, aprofundamento, disciplina e muito joelho dobrado). Se Deus quiser, e eu me empenhar em três medidas, poderei me tornar uma árvore e então darei frutos, abrigo e transmitirei a paz.
Propósito: Descobrir os sinais do Reino, no meio em
que vivo.
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