Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 15,3-7
"Então Jesus contou esta parábola:
- Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida."
- Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender."
- Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida."
- Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender."
Meditação:
A festa
litúrgica do Sagrado Coração de Jesus se inspira em um dos símbolos mais ricos
da bíblia: o coração, que na mentalidade bíblica é a parte mais interior da
pessoa, a sede das decisões, sentimentos e projetos. O coração indica o
inexplorável e o profundamente oculto de alguém, seu ser mais íntimo e pessoal.
Por isso, quando falamos do “coração” de Jesus, estamos falando daquilo que representa o mais íntimo e pessoal de Jesus, o centro interior a partir do qual brotam suas palavras e suas ações. Neste sentido “o coração de Jesus” é uma expressão que indica a misericórdia e o amor infinito de Deus tal como se manifestou na pessoa de Jesus.
Por isso, quando falamos do “coração” de Jesus, estamos falando daquilo que representa o mais íntimo e pessoal de Jesus, o centro interior a partir do qual brotam suas palavras e suas ações. Neste sentido “o coração de Jesus” é uma expressão que indica a misericórdia e o amor infinito de Deus tal como se manifestou na pessoa de Jesus.
No Evangelho de
hoje, Lucas usa a figura do Bom Pastor para falar do amor divino. O Bom
Pastor é uma imagem querida a Jesus nos Evangelhos.
A parábola da
ovelha perdida pertence às chamadas parábolas da misericórdia onde o
evangelista realça, na vida de Jesus, o significado da Sua atitude para com os
pecadores.
Com o Seu amor
misericordioso, Jesus realiza as profecias que afirmam que o próprio Deus, como
Bom Pastor, viria congregar as ovelhas dispersas do Seu povo.Ele vai ao
encontro de cada ovelha sobretudo a mais necessitada e festeja alegremente o
reencontro.
O amor de Deus
acaso será o prêmio pela nossa própria bondade? A parábola que o Evangelho de
hoje nos transmite na festa do Sagrado Coração de Jesus, nos comunica este
ensinamento: Deus não nos ama porque somos bons ou quando somos bons; nos ama
porque Ele mesmo é bom, e sempre o será.
Seu amor a todo
homem é incondicional e se manifesta no oferecimento de sua vida que se dá por
meio de Jesus. Esta confiança absoluta na bondade de Deus, manifestada em
Jesus, é a paz do cristão.
Uma vez mais nos
aproximamos da pessoa de Jesus a partir daquilo que é o mais nuclear de sua
realidade: Jesus foi aquele que soube amar de verdade, aquele cujo coração foi
um coração misericordioso com os pobres e marginalizados.
Seu compromisso
não foi uma questão conjuntural, simplesmente, porque o amor com que Jesus
soube amar foi o mesmo amor com o qual Deus-Pai ama a todos os homens e
mulheres do mundo.
Quando Jesus nos
fala da ternura do pastor, que busca a ovelha perdida, porque as outras 99
estão bem, ele está nos falando da ternura de Deus-Pai, que sente e sofre pelas
ovelhas de seu povo, que foram maltratadas e abandonadas por seus pastores;
esse Deus que reivindica para si o título de pastor autêntico e cheio de
carinho, e que se realiza historicamente em Jesus, bom pastor de seu povo e dos
homens.
Jesus morreu
para nos libertar de todo poder opressivo. Porque estávamos feridos e ele veio
nos buscar, sentindo em seu coração o mesmo amor do Pai pelos homens.
Agora, Jesus nos
convida a viver também dessa maneira, pois o amor, ou seja, seu Espírito, “foi
derramado em nossos corações” e podemos amar. Na verdade é um chamado à
responsabilidade do amor, feito pelo mesmo Jesus e pelo mesmo Pai, que vive em
cada um de nós. Chamado a mesma coisa que fez Jesus, ser compassivo e
misericordioso com os pobres e marginalizados da sociedade.
Esse é o modo,
de alguma forma, de “desagravar” o coração ferido de Jesus, pois seu rosto,
transfigurado, é o rosto de tantos homens e mulheres que sofrem, dos homens e
mulheres desvalidos, que necessitam de nosso amor e misericórdia.
Quando
conhecemos o amor que existe no Coração de Cristo, sabemos que cada pessoa,
cada família, cada povo sobre a face da terra pode depositar a própria
confiança nesse Coração.
O Coração do Bom
Pastor, que o evangelista Lucas nos retrata, não repousa enquanto não
completa o seu rebanho. Vai em procura da ovelhinha que faltava, e a carrega
nos ombros, de volta para casa. A imagem mais bela desta cena é o júbilo com
que a recebe de volta! É uma festa!
Reflexão
Apostólica:
O
evangelho nos coloca diante do mistério insondável da misericórdia de Deus,
através das parábolas contadas por Jesus. Nelas é narrada a experiência da
reconciliação do ser humano com um Deus que “não quer a morte do pecador, mas
que se converta e viva” (Ez 18,23).
Jesus contou estas parábolas para explicar seu próprio comportamento em relação com os pecadores perdidos. Nestas parábolas expressa o mais íntimo e decisivo do coração de Jesus: a misericórdia e a gratuidade em favor do ser humano pecador.
O que surpreende radicalmente é a forma como Jesus age. Em lugar de condenar como Jonas ou João Batista, ou exigir sacrifícios rituais para a purificação, como os sacerdotes, come e bebe com os pecadores, acolhe-os e abre para eles gratuitamente um horizonte novo de vida e de esperança.
Isto é o que as parábolas querem ilustrar; seu objetivo primeiro é mostrar até onde chega a misericórdia desse Deus que Jesus chama de “Pai”, uma misericórdia que se reflete e se faz concreta no coração de Jesus, ou seja, no princípio que orienta e determina a conduta de Jesus frente aos pecadores.
Com toda probabilidade, a parábola se inspira na imagem do “pastor” tão presente em muitos textos do Antigo Testamento: “Escutem, nações, a palavra do Senhor; anunciem nas ilhas distantes; digam: O que dispersou Israel, ou reunirá e o guardará como um pastor a seu rebanho” (Jr 31,10).
Na bíblia, a imagem do pastor é usada para falar do cuidado que Deus tem por seu povo, enquanto as ovelhas desgarradas representam todos aqueles que se distanciaram de Deus: “Eu mesmo apascentarei minhas ovelhas e as levarei ao seu redil, oráculo do Senhor. Buscarei a ovelha perdida e atrairei a desgarrada; curarei a ferida, robustecerei a débil...” (Ez 34,15-16).
A parábola de hoje diz-nos que Deus não nos ama porque somos bons, ama-nos porque Ele mesmo é bom, e sempre o será. Na verdade, «Foi Deus quem nos amou primeiro» (1 Jo 4,19).
O Seu amor a todo homem é incondicional e manifesta-se na dádiva da Sua vida que se dá por meio de Jesus. Esta confiança absoluta na bondade de Deus, manifestada em Jesus, é a paz do cristão.
Uma vez mais aproximamo-nos da pessoa de Jesus a partir daquilo que é o mais nuclear da Sua realidade: Jesus foi aquele que soube amar de verdade, aquele cujo coração misericordioso ama a todos os homens e mulheres do mundo, em especial os pobres e os marginalizados.
Agora, é Jesus que nos convida a viver também dessa maneira, pois o amor, ou seja, seu Espírito, «foi derramado em nossos corações» (Rm 5, 5) e podemos amar.
Na verdade, é um chamamento à responsabilidade de, como Jesus, ser compassivo e misericordioso com os pobres e marginalizados da sociedade.
Esse é o modo de «desagravar», de certa forma, o coração ferido de Jesus, pois o Seu rosto, transfigurado, é o rosto de tantos homens e mulheres que sofrem, dos homens e mulheres desvalidos, que necessitam de nosso amor e misericórdia.
Que sejamos como Cristo de quem se dizia: «Esse homem recebe os pecadores e come com eles!» (Lc 15, 2). Nesta atitude de comunhão e acolhimento que gera partilha e reencontro, seremos convidados a tomar na alegria do nosso Deus: «Alegrai-vos comigo!» (Lc 15, 6).
Portanto, vale aqui lembrarmos que o amor pelas almas perdidas está no coração de Deus, logo precisa estar no coração de seus filhos. Comecemos lembrando daqueles que há bem pouco tempo estavam andando na fé ao nosso lado e que há muito não são vistos. Depois, planejemos uma caminhada de busca. Haverá júbilo pela recuperação e restauração de uma amada ovelha.
Que a Virgem Maria, que viu crescer e instruiu Jesus, nos ensine a amar como Jesus amou!
Jesus contou estas parábolas para explicar seu próprio comportamento em relação com os pecadores perdidos. Nestas parábolas expressa o mais íntimo e decisivo do coração de Jesus: a misericórdia e a gratuidade em favor do ser humano pecador.
O que surpreende radicalmente é a forma como Jesus age. Em lugar de condenar como Jonas ou João Batista, ou exigir sacrifícios rituais para a purificação, como os sacerdotes, come e bebe com os pecadores, acolhe-os e abre para eles gratuitamente um horizonte novo de vida e de esperança.
Isto é o que as parábolas querem ilustrar; seu objetivo primeiro é mostrar até onde chega a misericórdia desse Deus que Jesus chama de “Pai”, uma misericórdia que se reflete e se faz concreta no coração de Jesus, ou seja, no princípio que orienta e determina a conduta de Jesus frente aos pecadores.
Com toda probabilidade, a parábola se inspira na imagem do “pastor” tão presente em muitos textos do Antigo Testamento: “Escutem, nações, a palavra do Senhor; anunciem nas ilhas distantes; digam: O que dispersou Israel, ou reunirá e o guardará como um pastor a seu rebanho” (Jr 31,10).
Na bíblia, a imagem do pastor é usada para falar do cuidado que Deus tem por seu povo, enquanto as ovelhas desgarradas representam todos aqueles que se distanciaram de Deus: “Eu mesmo apascentarei minhas ovelhas e as levarei ao seu redil, oráculo do Senhor. Buscarei a ovelha perdida e atrairei a desgarrada; curarei a ferida, robustecerei a débil...” (Ez 34,15-16).
A parábola de hoje diz-nos que Deus não nos ama porque somos bons, ama-nos porque Ele mesmo é bom, e sempre o será. Na verdade, «Foi Deus quem nos amou primeiro» (1 Jo 4,19).
O Seu amor a todo homem é incondicional e manifesta-se na dádiva da Sua vida que se dá por meio de Jesus. Esta confiança absoluta na bondade de Deus, manifestada em Jesus, é a paz do cristão.
Uma vez mais aproximamo-nos da pessoa de Jesus a partir daquilo que é o mais nuclear da Sua realidade: Jesus foi aquele que soube amar de verdade, aquele cujo coração misericordioso ama a todos os homens e mulheres do mundo, em especial os pobres e os marginalizados.
Agora, é Jesus que nos convida a viver também dessa maneira, pois o amor, ou seja, seu Espírito, «foi derramado em nossos corações» (Rm 5, 5) e podemos amar.
Na verdade, é um chamamento à responsabilidade de, como Jesus, ser compassivo e misericordioso com os pobres e marginalizados da sociedade.
Esse é o modo de «desagravar», de certa forma, o coração ferido de Jesus, pois o Seu rosto, transfigurado, é o rosto de tantos homens e mulheres que sofrem, dos homens e mulheres desvalidos, que necessitam de nosso amor e misericórdia.
Que sejamos como Cristo de quem se dizia: «Esse homem recebe os pecadores e come com eles!» (Lc 15, 2). Nesta atitude de comunhão e acolhimento que gera partilha e reencontro, seremos convidados a tomar na alegria do nosso Deus: «Alegrai-vos comigo!» (Lc 15, 6).
Portanto, vale aqui lembrarmos que o amor pelas almas perdidas está no coração de Deus, logo precisa estar no coração de seus filhos. Comecemos lembrando daqueles que há bem pouco tempo estavam andando na fé ao nosso lado e que há muito não são vistos. Depois, planejemos uma caminhada de busca. Haverá júbilo pela recuperação e restauração de uma amada ovelha.
Que a Virgem Maria, que viu crescer e instruiu Jesus, nos ensine a amar como Jesus amou!
Propósito:
Espírito
de comiseração pelos pecadores, leva-me a buscar quem vive transviado pelo
pecado e pelo egoísmo, e a manifestar-lhe a grandeza do amor do coração de
Jesus.
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