Marcos 10,13-16
Naquele tempo, 13traziam
crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo
isso, Jesus se aborreceu e disse: “deixai vir a mim as crianças. Não as
proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas.
15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. 16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
eve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.
15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. 16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
eve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.
Meditação:
Marcos articula este episódio das crianças com a narrativa anterior,
sobre o divórcio, e com a narrativa seguinte, envolvendo o perigo da sedução
pelas riquezas, dois problemas que afetam a família.
Jesus vai abrindo em seu ministério caminhos de encontro com Deus Pai
que levam constantemente seus discípulos, formados nos ambientes religiosos do
judaísmo, a se escandalizarem pela forma como agia o Mestre e resistiam ao ver
e escutar a libertação que levava a cabo no meio dos marginalizados e excluídos
de seu momento histórico.
Pode-se pensar que as pessoas que chegam são pais e mães que trazem seus
filhos para serem abençoados por Jesus. A repreensão da parte dos discípulos mostra
uma atitude intolerante em relação aos fracos e a incompreensão da missão de
Jesus. Daí o aborrecimento de Jesus, registro próprio de Marcos que prima por
transmitir os traços humanos de Jesus.
No contexto judaico da época, as crianças eram marginalizadas. Faziam
parte de grupos que não contavam na sociedade. Eram mal vistas pelas
autoridades políticas e religiosas.
Contrariando os discípulos, Jesus, além de acolher as crianças proclama
solenemente ("em verdade vos digo"...) a exclusão do Reino para quem
não o receber como criança. E abraçava as crianças, expressão carinhosa, única
no Novo Testamento, usada exclusivamente por Marcos apenas aqui e em Mc 9,36.
Jesus afirma neste relato que os destinatários do Reino de Deus são todos os que se fazem como elas, quer dizer, os que assumem como forma de vida normal a simplicidade, a inocência, a pureza de coração, já que as crianças nada possuem, não buscam o poder, não agem com dupla intenção e esperam sempre estar junto de seus pais.
Para Marcos, os pobres são as crianças, e nelas se refletem os que sofrem a exploração, a rejeição, a pobreza e a morte; todos eles são os preferidos do Pai. A eles foi prometida a justiça e a misericórdia do Reino, pois nada mais possuem a não ser a sua esperança postaem Deus.
Por outro lado, a atitude de acolhida e ternura com as
crianças por parte de Jesus expressa o elemento essencial do Reino: Deus Pai e
Mãe, que dá a vida em abundancia a seus filhos prediletos.
Jesus afirma neste relato que os destinatários do Reino de Deus são todos os que se fazem como elas, quer dizer, os que assumem como forma de vida normal a simplicidade, a inocência, a pureza de coração, já que as crianças nada possuem, não buscam o poder, não agem com dupla intenção e esperam sempre estar junto de seus pais.
Para Marcos, os pobres são as crianças, e nelas se refletem os que sofrem a exploração, a rejeição, a pobreza e a morte; todos eles são os preferidos do Pai. A eles foi prometida a justiça e a misericórdia do Reino, pois nada mais possuem a não ser a sua esperança posta
Por
Acolher as crianças era, pois, acolher a realidade de um dos tantos
grupos que no judaísmo não contavam para a sociedade, mas em cujos corações já
se começava a intuir a realidade do reino de Deus. Porque, dentro de sua
simplicidade, sinceridade e capacidade de amar sem duplicidade, neles estava já
presente a esperança de um futuro no qual teriam plena participação e
significado por seu valor supremo como pessoas. Não nos descuidemos daqueles
que o Senhor tanto amou e dos quais é o reino dos céus.
A criança acolhida por Jesus soma-se ao conjunto dos excluídos que são
chamados a participar do Reino de Deus, os impuros e pecadores, os pobres, e
outros mais.
Como a criança, o excluído sente-se desamparado e fraco, inseguro diante
do dia de hoje e do futuro. Receber o Reino como criança significa abandonar as
ideologias de poder que submetem as sociedades e renascer para a novidade do
Reino de amor, fraternidade, justiça e paz.
Reflexão Apostólica:
Depois de
Jesus ter falado da importância do matrimônio no evangelho de ontem, hoje nos
propõe contemplar a beleza de ser criança como garantia do Reino.
Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.
A família
saudável é aquela que se expor à graça de Deus e pede benção para si e para os
seus filhos. É o que vemos neste evangelho. As crianças são trazidas para serem
abençoadas. Os discípulos, porém repelem-nas. Todavia Jesus os repreende a
atitude.
Nossos
filhos precisam receber o toque da graça. As mãos elevadas para o céu, na
Bíblia são símbolos de oração e transmissão de bênção, consagração e cura.
A imposição
das mãos transmite o amor de Deus. Quando um pai ou mãe abençoa um filho, uma
filha está transmitindo bênção. Transite é uma energia espiritual, porque o ser
humano é também espiritual.
Uma pessoa
quando está em comunhão, comprometida com o bem transmite energia espiritual
positiva, benéfica. E quando está comprometida com o mal transmite energia
espiritual negativa, portanto maléfica. Que carga você traz no seu dia a dia?
Lembre-se de que algumas pessoas nos fazem bem e outras mal. Por causa do
encardido com o qual fizeram pacto.
Jesus
transmitiu àquelas crianças a paz e atenção e sobre tudo as fez a medida
para os destinatárias do Reino.Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de
Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
Por quê? A
razão é simples. A criança representa simplicidade, inocência e dependência.
Elas ainda estão livres da malícia e fingimento. Nela está a simplicidade e
inocência que são as características do reino. Assim elas se tornam sinais do
reino presentes entre nós.
A pureza de
coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de
egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa
pureza, como já a tomara por símbolo de humildade. Quem não receber o Reino de
Deus como uma criança nunca entrará nele.
Sê, pois,
simples, humilde, puro e serás, tu e a tua família também destinatário do Reino
como as crianças.
O Reino de
Deus é para aqueles que são como crianças. A criança é aquela que depende
totalmente das outras pessoas e não tem nada a oferecer em troca daquilo que
lhes dão.
Assim
devemos ser diante de Deus. Devemos ter plena consciência de que dependemos
totalmente dele para que possamos entrar no Reino dos Céus e nada podemos
oferecer em troca disso.
A salvação
nos é dada pelo amor gratuito de Deus e pelos méritos de Jesus Cristo. Ninguém
pode se salvar. Jesus é o único salvador. Devemos, como as crianças diante dos
adultos, colocar a nossa confiança em Deus, e viver em constante ação de graças
porque ele, gratuitamente, nos salva.
Propósito:
Pai, coloca no meu coração o mesmo carinho e afeto que
Jesus demonstrou às criancinhas, pois a simplicidade delas me ensina como devo
acolher o teu Reino
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