24 fevereiro – Em
meio às dúvidas e ansiedades, estejam os ânimos sempre confiantes e serenos (L
198). São Jose marello
Amar os inimigos. - Mt 5,43-48
“Ouvistes
que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Ora, eu vos digo:
Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos
tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol
sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente
aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma
coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os
pagãos não fazem a mesma coisa? Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai
celeste é perfeito.”
Meditação:
O
"sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito" é a grande síntese.
Ela opõe-se a multiplicidade de preceitos e observâncias santificadoras do
Primeiro Testamento. A prática do amor misericordioso significa participar da
perfeição do Pai celeste, em comunhão de vida com Deus e com os irmãos.
A
proposta do Reino se baseia no amor. O Reino de Deus se constrói na força do
amor, não na violência ou na agressividade. Quem ama é capaz de dar até sua
própria vida pelos demais, perdoando inclusive o perseguidor, o que hostiliza,
maltrata e o assassino. Este é o milagre do amor: o amor aos inimigos.
Essa é a proposta do Mestre. “Amar os inimigos” torna possível, no seguidor de Cristo, a relação filial com o Pai. Somente assim seremos filhos, sendo semelhantes a Jesus, e sermos misericordiosos como é Deus, nosso Pai.
Essa é a proposta do Mestre. “Amar os inimigos” torna possível, no seguidor de Cristo, a relação filial com o Pai. Somente assim seremos filhos, sendo semelhantes a Jesus, e sermos misericordiosos como é Deus, nosso Pai.
O amor
de Deus é aquele que passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos
inimigos: «Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus
inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem
vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu».
Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.
Jesus
hoje nos exorta longamente para que respondamos ao ódio com amor. Este texto,
aparecendo nessa situação, ajuda-nos a compreender, que Mateus vê no amor aos
adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.
As
palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver:
A
primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e sua Palavra. Esses
agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam, a sua
reação é de fato uma reação. Dividem o mundo em dois grupos, os amigos e os que
não o são, e fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles.
A
segunda forma de viver não põe em primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o
próprio Deus. Deus, por seu lado, não reage de acordo com a maneira como o
tratam; pelo contrário, «Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lc 6,35).
Jesus
chama assim a atenção para a característica essencial do nosso Deus. Fonte
transbordante de bondade, Deus não se deixa condicionar pela maldade de quem
está à sua frente.
Mesmo
esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a si próprio, só pode amar. Isto
é verdadeiro desde a primeira hora.
Diferentemente
dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: «Os meus planos não são os
vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Is 55,7-8).
O
profeta Oséias, por seu lado, ouve o Senhor dizer-lhe: «Não desafogarei o furor
da minha cólera… porque sou Deus e não um homem» (Os 11,9).
Numa
palavra, o nosso Deus é misericordioso (Ex 34,6; Sl 86,15; 116,5 etc), «não nos
trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas
culpas» (Sl 103,10).
A
grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade,
mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: «Sede
misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lc 6,36).
Através
da vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos,
por nosso lado, «filhos do Altíssimo» (Lc 6,35), seres capazes de responder ao
mal com o bem, ao ódio com amor.
Vivendo
uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de
que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do
outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.
Impossível
para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos
testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o
torna possível.
Só
a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o Espírito Santo,
permite amar assim. Este amor é uma conseqüência direta do Pentecostes.
Não
é em vão que Estêvão, «cheio do Espírito Santo» termine com estas palavras:
«Senhor, não lhes atribuas este pecado.» (At 7,60)
Como
Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país
sombrio da violência como é o nosso Brasil.
Este
amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma
comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta
comunidade sai uma força de atração que pode agitar
os corações. É este o amor que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até
aqueles que nos podem tirar a vida.
Reflexão Apostólica:
Embora
o ódio ao inimigo não estivesse explicitado em nenhuma parte da Escritura,
sabemos que a coisa mais normal era então, como é ainda, a rejeição categórica
aos inimigos do povo, que, além disso, eram considerados inimigos da religião
e, portanto, inimigos de Deus.
Pois
bem, na nova Lei promulgada por Jesus, esta atitude para com o inimigo tem
indubitavelmente que ser corrigida. A lei do Senhor obriga a amar o inimigo.
Aqui
não há que entender como inimigo somente a quem nos faz efetivamente o mal; com
muito maior razão há que incluir também a quem pensa diferente, quem professa
outra fé ou religião, ao que questionam, com muita razão às vezes, nossas
freqüentes ambigüidades a respeito da maneira de viver nossa fé. Com todos
estes, nossa atitude não pode ser de mera indiferença ou de ignorá-los
simplesmente.
Jesus
nos diz – nos exige – que os amemos. E isso implica que não estamos autorizados
a excluí-los de nosso projeto de construção do reino, mas que devemos contar e
exercer com eles nossas atitudes de justiça, de solidariedade e de amor
fraterno.
Com
a exortação ao amor ao inimigo e a reconciliação, Jesus remove tal tradição
religiosa. O amor do Pai, manifestado por Jesus, tem conotação universal, sem
exclusões e sem limites. Não há discriminação no dom de seu Amor.
O
amor aos inimigos e aos perseguidores é um desafio de Jesus que marcará a
diferença entre sua proposta de vida e dos comportamentos de muitos setores da
sociedade de sua época e de todos os tempos.
Os
méritos de amar somente os mais próximos ficam empobrecidos ante a novidade do
amor, inclusive para com aqueles que perseguem ou causam dano. Trata-se de
abrir o coração amplamente e dar passagem à autêntica reconciliação.
A
grande novidade do projeto cristão sustentado no amor é que tem como referente
Deus Pai, que ama infinitamente a todos os seus filhos.
Em
seu coração não há lugar para a desigualdade ou o rancor; pelo contrário, seu
coração é como o sol que nasce igualmente para todos. Esta característica do
Deus cristão não elimina o caminho da conversão; reconfigura-o com os códigos
do amor e do perdão, pois somente quem se sente fortemente amado e perdoado é
capaz de reproduzir amor e perdão.
Os
seres humanos temos hoje à nossa frente o desafio de esvaziar tantos ódios e
violências que se acumularam ao longo da história de nossos povos.
Estabelecer
um novo modelo de relações será fruto, em especial, de pequenos procedimentos
que envolvem a pessoa, a família, a amizade, os grupos de trabalho, as
comunidades eclesiais, em experiências comunitárias de amor e em escolas de
perdão.
Esse
deve ser o caminho mais efetivo para que muitos vejam e creiam no Evangelho.
É UMA QUESTÃO DE BUSCA
Quando você busca razões
para reclamar, você as encontrará em abundância. Quando você busca por razões
para se alegrar, você também as encontrarão em abundância. Então, em que mundo
você prefere viver? Você prefere viver num mundo cheio de irritações e
frustrações ou prefere viver num mundo cheio de oportunidades para se alegrar?
Você pode escolher a qualidade do seu mundo ao escolher o seu foco. Você pode determinar a qualidade da sua vida ao escolher o que você busca. Busque ser um verdadeiro, um sincero amigo e você encontrará muitos bons amigos. Busque prover um real, honesto e criativo valor e você irá experimentar significativos valores em sua vida.
Quer você esteja consciente ou não, quer você goste ou não, a realidade é que você alcançará os seus mais acalentados sonhos em função dos pensamentos que povoam a sua mente. Então, quais são exatamente as coisas que com mais freqüência enchem a sua mente? A sua atitude – em cada momento – define o que você realmente está buscando. Lembre-se: aquilo que você busca, sempre você encontra.
Você pode escolher a qualidade do seu mundo ao escolher o seu foco. Você pode determinar a qualidade da sua vida ao escolher o que você busca. Busque ser um verdadeiro, um sincero amigo e você encontrará muitos bons amigos. Busque prover um real, honesto e criativo valor e você irá experimentar significativos valores em sua vida.
Quer você esteja consciente ou não, quer você goste ou não, a realidade é que você alcançará os seus mais acalentados sonhos em função dos pensamentos que povoam a sua mente. Então, quais são exatamente as coisas que com mais freqüência enchem a sua mente? A sua atitude – em cada momento – define o que você realmente está buscando. Lembre-se: aquilo que você busca, sempre você encontra.
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