14 OUTUBRO -
Sabemos por fé que tudo é providencial nesta terra, e essa fé é a vitória que
vence o mundo. (L 64).São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas
11,42-46
"- Ai
de vocês, fariseus! Pois dão para Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da
arruda e de todas as verduras, mas não são justos com os outros e não amam a
Deus. E são exatamente essas coisas que vocês devem fazer sem deixar de lado as
outras.
- Ai de vocês, fariseus! Pois gostam demais dos lugares de honra nas sinagogas e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças.
- Ai de vocês! Pois são como sepulturas que não se vêem, sepulturas que as pessoas pisam sem perceber.
Então um mestre da Lei disse a Jesus:
- Mestre, falando assim, o senhor está nos ofendendo também.
Jesus respondeu:
- Ai de vocês também, mestres da Lei! Porque põem fardos tão pesados nas costas dos outros, que eles quase não podem agüentar. Mas vocês mesmos não ajudam, nem ao menos com um dedo, essas pessoas a carregar esses fardos."
- Ai de vocês, fariseus! Pois gostam demais dos lugares de honra nas sinagogas e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças.
- Ai de vocês! Pois são como sepulturas que não se vêem, sepulturas que as pessoas pisam sem perceber.
Então um mestre da Lei disse a Jesus:
- Mestre, falando assim, o senhor está nos ofendendo também.
Jesus respondeu:
- Ai de vocês também, mestres da Lei! Porque põem fardos tão pesados nas costas dos outros, que eles quase não podem agüentar. Mas vocês mesmos não ajudam, nem ao menos com um dedo, essas pessoas a carregar esses fardos."
Meditação:
Não é que Jesus
rejeita as leis. Na verdade, ele e seus discípulos se mantêm dentro da
estrutura legal do judaísmo e, por conseguinte, não descuidam dos seus ritos. O
que Jesus denuncia é a hipocrisia de um cumprimento externo, rigorista, que não
nasce da autêntica relação de justiça nem de amor a Deus e aos irmãos.
Os fariseus pretendem se mostrar como perfeitos cumpridores das prescrições legais e por isso procuram os primeiros lugares e aplausos dos outros. A religião deles não é sincera porque sua motivação interior é a busca de sis mesmos; é a auto-suficiência daquele que se julga perfeito e superior aos outros.
O fariseu se esqueceu de que não se trata simplesmente de um cumprimento de leis o que nos identifica com a santidade de Deus, mas sim que a verdadeira relação e aliança divina consistem em receber esse dom de Deus para traduzi-lo na autenticidade da justiça, da solidariedade e do reconhecimento de igualdade com os outros.
A imagem do deus legalista, rigorista, desumano, vigilante, recompensador, que os mestres da Lei tinham criado com sua conduta e ensinamentos, está distante do Deus do Reino, do Deus revelado, do Deus da Aliança, que é amor, perdão, misericórdia e ternura infinita para com os homens e as mulheres.
Os fariseus pretendem se mostrar como perfeitos cumpridores das prescrições legais e por isso procuram os primeiros lugares e aplausos dos outros. A religião deles não é sincera porque sua motivação interior é a busca de sis mesmos; é a auto-suficiência daquele que se julga perfeito e superior aos outros.
O fariseu se esqueceu de que não se trata simplesmente de um cumprimento de leis o que nos identifica com a santidade de Deus, mas sim que a verdadeira relação e aliança divina consistem em receber esse dom de Deus para traduzi-lo na autenticidade da justiça, da solidariedade e do reconhecimento de igualdade com os outros.
A imagem do deus legalista, rigorista, desumano, vigilante, recompensador, que os mestres da Lei tinham criado com sua conduta e ensinamentos, está distante do Deus do Reino, do Deus revelado, do Deus da Aliança, que é amor, perdão, misericórdia e ternura infinita para com os homens e as mulheres.
As críticas do Senhor
contra os fariseus e doutores da Lei não se devem a que rechace as leis. Ele e
seus discípulos não descuidam da observância racional da Lei. Rechaçam sim a
hipocrisia de um cumprimento rigorista somente externo e levado até o absurdo,
sem uma autêntica relação com o amor a Deus, traduzido em justiça, compaixão,
solidariedade e amor ao próximo.
Os adversários de Jesus
buscam mostrar-se como perfeitos cumpridores da Lei e modelos de observância. E
assim buscam os primeiros postos e os aplausos dos demais. Mas na realidade se
buscam a si mesmos; move-os a auto-suficiência dos que se crêem perfeitos e
superiores aos demais, e por dentro está cheio de podridão.
Fariseus e mestres da
Lei se esqueceram de que não é o cumprimento frio das leis que identifica a
santidade diante de Deus, mas a verdadeira relação e a aliança íntima com ele,
pela disposição com que se recebem seus preceitos para traduzi-los numa busca
verdadeira da justiça, da solidariedade, do reconhecimento igualitário e o amor
aos demais.
A imagem do Deus
legalista, rigorista, inumano, vigilante e “recompensador” que os mestres da
Lei criaram com sua conduta e ensinamentos, está longe do Deus do Reino, do
Deus revelado, do Deus da Aliança, que é amor, perdão, misericórdia, ternura
infinita para com todos os seres humanos.
Também para nós poderá
ter chegado – pela família, educação, ou até pela catequese... – uma imagem de
Deus feita de medo mais do que de amor. Se tiver sido assim, aprendamos a
reconhecer e praticar a verdadeira aliança com Deus-Amor?
Reflexão
Apostólica:
Na mesma linha de
reflexão do evangelho de ontem, Jesus chama a atenção para o que é
verdadeiramente importante em seu Reino: a prática da justiça e do amor de
Deus.
Os fariseus empregavam
toda a energia de sua religiosidade em minúcias e aparências, enquanto não
davam nenhuma importância ao amor aos irmãos.
Era essa falta de
fraternidade que Jesus também lhes verberava quando censurava sua preocupação
em ocupar os melhores lugares nas sinagogas e receberem a saudação dos transeuntes.
No fundo presumiam-se superiores aos outros e melhores do que ninguém.
Era esse mesmo
sentimento de orgulho que os cegava ao não perceberem que exigiam dos outros o
cumprimento de tudo quanto mandava a Lei com suas inúmeras prescrições, como a
da purificação das mãos, como meditamos ontem, enquanto eles próprios se
eximiam de fazê-lo.
Isto levou Jesus a
acusá-los: “Observai e fazei tudo o que eles dizem (os escribas e fariseus),
mas não façais como eles, pois dizem e não fazem (Mateus 23,3).
Jesus vai muito mais
além e lhes mostra que o principal está na pureza do coração, obtida pela
conversão sincera.
Propósito:
Pai, coloca-me em sintonia com
Jesus para quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são
incapazes de descobrir o teu verdadeiro desígnio.
2º MEDITAÇÃO
Os
fariseus eram completamente “do contra”, pois davam muita importância às coisas
secundárias, enquanto às essenciais, eles não davam merecida atenção. O
pagamento do dízimo, por exemplo, era uma exigência irrecusável, e cumprida ao
pé da letra, à risca com todo rigor mesmo em relação às insignificantes
hortaliças. Porém, os fariseus não levavam a sério o amor ao próximo, chegando mesmo a
serem injustos e, quanto a pureza do seu relacionamento com Deus, deixavam
muito a desejar.
Será que alguns de nós somos iguais aos fariseus? Pagamos
o dízimo como uma obrigação e lideramos movimentos comunitários, fazemos
campanha do agasalho, arrecadamos alimentos para os pobres, mas na verdade,
estamos passando uma falsa imagem de caridosos e não passamos de políticos
querendo atrair sobre nossa pessoa a atenção dos fiéis, porque quanto ao
próximo e a Deus, não damos lá muita importância?
Do que adiantava os fariseus pagarem o dízimo rigorosamente se cometiam
injustiças contra o próximo? Eles se vangloriavam por isso, mas no fundo não
passavam de hipócritas. E Jesus sabia muito bem disso porque os conhecia por
dentro e por fora. Os escribas e fariseus se cobriam, por assim dizer, com uma
linda capa de piedade e de santidade, dando uma falsa aparência de homens
justos, mas nada disso, evidentemente, agradava a Deus.
Eles eram uns verdadeiros enganadores. Suas práticas eram atitudes
enganosas, que revelavam exteriormente apenas uma piedade aparente. Era
como uma máscara que encobria a hipocrisia e a maldade que traziam
por dentro.
Já os discípulos de Jesus eram pessoas que possuíam uma escala de
valores totalmente ao contrário. Fé, amor ao próximo, justiça, caridade, eram
os valores principais que norteavam o seu comportamento. Eram autênticos
porque praticavam o amor e a justiça, como nós, seus seguidores, ou melhor,
seus continuadores, devemos fazer. Praticar em primeiro lugar, a justiça e o
amor. Assim, as outras práticas de piedade terão mais sentido de amor a Deus e
ao próximo. Porque nós sabemos que Deus que vê tudo vai um dia nos julgar.
Tomando
essa palavra nós também podemos fazer uma avaliação das nossas atitudes e
perceber se o que Jesus falava ontem é adequado para nós, hoje. Se nossas
atitudes tiverem como parâmetro a justiça e o amor de Deus, com certeza Jesus
não estará falando para nós, porque tudo o que nós praticamos por amor a Deus
terá a Sua aprovação.
Porém,
mesmo que estejamos pagando dízimo sobre tudo quanto nós ganhamos, se estamos
presentes em todas as celebrações, em todos os retiros, participando de
ministérios ativamente, mas o nosso coração não acompanha as nossas ações,
somos também dignos de censura.
Ai de vós, diz o Senhor quando nós estamos exigindo do outro aquilo que nós
mesmos não fazemos nem um pouco; quando nós queremos atrair a atenção das
outras pessoas para nossas boas
ações; quando nós hipocritamente não
fazemos o que pregamos, quando enganamos as pessoas, mesmo que sejamos, pais,
professores e coordenadores cheios
de autoridade.
Será que as ações dos fariseus e mestres da Lei têm alguma coisa a ver
com as suas ações? Diante do que você vivencia o que Jesus poderá estar dizendo
para você? Você age como prega? Você é uma pessoa transparente? Faça uma reflexão sobre essa Palavra na
sua vida.
Pai, coloca-me em sintonia com Jesus
para quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são
incapazes de descobrir o teu verdadeiro desígnio.
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