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- Reze,
reze muito. Estes dias são de recolhimento: preparemo-nos em silêncio, esperando
o sinal de Deus. (L 25). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,57-62
"Quando
Jesus e os discípulos iam pelo caminho, um homem disse a Jesus:
- Eu estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar onde o senhor for.
Então Jesus disse:
- As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
Aí ele disse para outro homem:
- Venha comigo.
Mas ele respondeu:
- Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai.
Jesus disse:
- Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus.
Outro homem disse:
- Eu seguirei o senhor, mas primeiro deixe que eu vá me despedir da minha família.
Jesus respondeu:
- Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus."
Meditação:
- Eu estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar onde o senhor for.
Então Jesus disse:
- As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
Aí ele disse para outro homem:
- Venha comigo.
Mas ele respondeu:
- Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai.
Jesus disse:
- Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus.
Outro homem disse:
- Eu seguirei o senhor, mas primeiro deixe que eu vá me despedir da minha família.
Jesus respondeu:
- Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus."
Meditação:
Em
Mateus, na passagem paralela a esta, Jesus e os discípulos preparavam-se para
atravessar o mar em direção a Gadara.
A
caminhada que Jesus aqui inicia com os discípulos é mais teológica do que
geográfica. Lucas não tem a pretensão de nos descrever os lugares por onde Jesus
vai passar até chegar a Jerusalém.
Seu
objetivo é apresentar um itinerário espiritual, ao longo do qual Jesus vai
mostrando aos discípulos os valores do Reino e os vai presenteando com a
plenitude da revelação de Deus.
É o
caminho que terá o seu fim na Paixão Morte e Ressurreição do Mestre. Portanto,
trata-se do caminho no qual se vai irromper a salvação definitiva. Como
discípulos, somos exortados a seguir este caminho, para nos identificarmos
plenamente com Jesus.
Este
caminho é penoso e exigente. Alias como se costuma dizer: a rapadura é mole, mas
não é mole não!
Lucas
apresenta –
através do
diálogo entre Jesus e três candidatos a discípulos –
algumas das condições para
percorrer, com Jesus, esse caminho que leva a Jerusalém, isto é, que leva ao
acontecer pleno da salvação.
O
primeiro diálogo sugere que o discípulo deve despojar-se totalmente das
preocupações materiais: para o discípulo, o Reino tem de ser infinitamente mais
importante do que as comodidades e o bem-estar material: As raposas têm as suas
covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde
descansar.
O
segundo diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se desses deveres e
obrigações que, apesar da sua relativa importância, impedem uma resposta
imediata e radical ao Reino: Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas
você vá e anuncie o Reino de Deus.
O
terceiro diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se de tudo, para fazer do
Reino a sua prioridade fundamental: nada –
nem a própria
família –
deve adiar e demorar o compromisso com
o Reino: Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de
Deus.
Não
podemos ver estas exigências como normativas: noutras circunstâncias, Ele mandou
cuidar dos pais ( Mt 15,3-9); e os discípulos –
nomeadamente Pedro – fizeram-se acompanhar das
esposas durante as viagens missionárias ( 1 Cor 9,5)
…
O que estes ensinamentos
pretendem dizer é que o discípulo é convidado a eliminar da sua vida tudo aquilo
que possa ser um obstáculo no seu testemunho quotidiano do
Reino.
Por
isso, a nós discípulos de Jesus é proposto que o sigamos no caminho de
Jerusalém. Pois é por ele que chegaremos à salvação, à vida plena.
Trata-se
de um caminho que implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao
nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de
nós próprios, com o amor até às últimas conseqüências.
Graças
a Deus que nós temos um Pai paciente, compreensivo e amoroso, que compreende os
nossos medos, lutas e fraquezas.
Ele
está sempre pronto a estender-nos a mão, a perdoar e a aceitar-nos na Sua
Igreja. Não porque nós mereçamos ou estejamos aptos, mas porque Ele é
AMOR.
Quando vacilarmos, choremos e arrependamo-nos dos nossos pecados, orando : - "ajuda, Senhor, a minha falta de fé" (Mc 9:24).
No entanto, e sabendo nós da compreensão e amor do nosso Mestre e Senhor, temos que olhar firmemente para a Obra, segurar firmemente a rabiça do arado e integrar-nos no trabalho de Deus.
Quando vacilarmos, choremos e arrependamo-nos dos nossos pecados, orando : - "ajuda, Senhor, a minha falta de fé" (Mc 9:24).
No entanto, e sabendo nós da compreensão e amor do nosso Mestre e Senhor, temos que olhar firmemente para a Obra, segurar firmemente a rabiça do arado e integrar-nos no trabalho de Deus.
Não
podemos desculpar toda a sorte de cobardia de certos cristãos formais, pois a
vitória só nos advém por segurarmos firmemente o arado e olhar para Jesus, Autor
e Consumador da nossa fé (Hb 12,2).
Não
voltar para trás para a corrida dos covardes, dos medrosos e dos derrotados,
dos medíocres, antes mesmo da partida.
Jesus é exigente: quem está com a mão no arado não deve olhar para trás, mas seguir em frente em resposta ao chamado para a missão.
Jesus é exigente: quem está com a mão no arado não deve olhar para trás, mas seguir em frente em resposta ao chamado para a missão.
Reflexão
Apostólica:
Quantas
vezes nos pegamos dizendo: “Senhor
serei fiel,
atendei meu pedido”
ou “vamos rezar para que Deus possa abençoar nosso
encontro”?
Repare que nessa segunda frase existe uma verdade e um medo.
Verdade:
Precisamos que Deus a nos ungir, que abençoe o local, a situação, que vá a nossa
frente (…);
mas revela um medo implícito. Dá para entender?
Se
realmente temos fé falaríamos: “esse
encontro (reunião, grupo, família) é Dele e por Ele será
abençoado”.
De forma alguma estaríamos mandando em Deus,
mas declarando a autoridade Dele sobre a situação.
Talvez
seja o sentimento (ou a falta dele) de “grau
de parentesco” que nos impeça de acreditar. Somos
seus filhos e como filhos Ele nos concede a autoridade de expulsar o mal, mas se
não creio nisso, não consigo acreditar; não consigo ter fé.
A
fé é a primeira condição para as coisas acontecerem, mas o tempo é segunda. A fé
precisa resistir ao tempo, mas a modernidade tem interferido em nossa vocação de
esperar.
Aprendemos
aos poucos a querer tudo para hoje, mais tardar, amanhã; aprendemos aos poucos a
por condições para servir, para ajudar, para se entregar…
Existem
pessoas que tem a boa vontade em servir mais ainda carregam seus mortos.
Pecados, erros e faltas do passado, que já foram mortos, ainda são carregados.
Isso
é tão nítido nas pessoas que mesmo conhecendo a Deus ainda são amargas,
ranzinzas, briguentas, fofoqueiras e às vezes colocam esses “cadáveres”
como condição de continuar o
serviço: “Amo
a Deus, mas vocês tem que gostar do jeito
que eu sou”.
Coisa nenhuma! Ninguém merece receber nossas pedradas por não termos
ainda conseguido amadurecer na fé.
A vida é um bem comum a todos, o caminho também. Ele é repleto de flores e pedras, mas o nosso livre arbítrio é que decide o que levaremos por esse caminho. As flores e as pedras ficam no caminho, pois fazem parte do caminho de nossa aprendizagem, mas só a levamos conosco se quisermos.
Irmãos
difíceis carregam sacolas cheias de pedras, de passados, de medos, de preceitos,
de paradigmas (…)
e todas as vezes que são chamados a seguir uma vida melhor, não conseguem
abandonar o peso que acostumou a carregar durante anos, até mesmo décadas.
Sacolas ou mochilas cheias de pedras me fazem lembrar que Jesus um dia disse:
“(…)
Não leveis nem ouro,
nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, nem mochila para a viagem, nem duas
túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu
sustento”
(Mt 10, 9-10).
Talvez,
para exercermos melhor nosso ministério de serviço e em nossas funções no
trabalho, na escola, na família, (…)
seja imprescindível que não carreguemos o passado nas costas. É
preciso dar um basta naqueles que dizem que o passado é nossa cruz e que
precisamos carregá-lo.
O
passado não é nossa cruz, pois como Cristo, ela (cruz) também nos libertou. A
cruz que realmente carregamos são as escolhas e promessas que fazemos hoje e
serão difíceis de se cumprir se além do peso da cruz tenhamos que carregar as
pedras.
Anunciaremos
o reino de Deus em nossa vida e na dos que nos cercam
quando:
1)
Tomamos conhecimento que somos filhos e não escravos;
2) Abandonamos as pedras e mesmo nos tropeços conseguirmos ver as flores;
3) Acreditamos, como padre Fábio de Melo canta: “Que Deus me ama e não estou só, que Deus cuida de mim”.
2) Abandonamos as pedras e mesmo nos tropeços conseguirmos ver as flores;
3) Acreditamos, como padre Fábio de Melo canta: “Que Deus me ama e não estou só, que Deus cuida de mim”.
Acreditemos!
Deus acabou de curar algo dentro de nós hoje!
Quando formos decidir algo em nossas vidas e na vida dos nossos, sejamos convictos (as), custe o que custar.
Quando formos decidir algo em nossas vidas e na vida dos nossos, sejamos convictos (as), custe o que custar.
Propósito:
Pai,
torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para
não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por
isso.
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