Evangelho (Mc
16,15-20): Naquele tempo, Jesus apareceu-se aos onze e disse-lhes:
«Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for
batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Eis os sinais que
acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome; falarão novas
línguas; se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará mal
algum; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados».
Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a acompanhavam».
Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a acompanhavam».
O evangelho de Marcos originalmente terminava em Mc 16,8 com
o anúncio do anjo às mulheres, dizendo que Jesus ressuscitara e que precedia os
discípulos na Galiléia. Isso significa que, após a crucifixão de Jesus, os
discípulos retomaram, na Galiléia, a missão aí iniciada por Jesus. O evangelho
de Marcos é o primeiro dos canônicos a ser escrito, em meados da década de 60.
Ele resgata a memória do Jesus encarnado, humano, que havia ficado em segundo
plano a partir da visão cristológica do Cristo ressuscitado. O Evangelho nos
exorta hoje a contemplar o céu, como fizeram os Apóstolos no momento da
Ascensão, a fim de sermos as testemunhas do Ressuscitado na terra.
Proclama-se o epílogo canônico do Evangelho de Marcos
(Mc 16,15-20). É dada aos Onze, pelo Ressuscitado, a missão de ir a todo
o mundo para proclamar o evangelho ou a alegre notícia da salvação a todas as
criaturas. A salvação, porém, exige a resposta da fé, como a aceitação do
batismo. Quem não crer, ou seja, não aderir a Jesus será condenado.
Acompanharão os que crerem sinais idênticos ou semelhantes aos realizados por
Jesus como expressão que o Reino de Deus, em Cristo, continua a se manifestar
pela mediação da Igreja, através dos crentes: milagres, exorcismos, dom de
línguas, manuseamento de serpentes, superação da ação de venenos, cura dos
doentes pela imposição das mãos. Portanto, a Igreja é vista tanto a
partir do magistério e da atividade apostólica própria dos Onze, quanto do
conjunto dos fiéis como comunidade em missão, fundamentada na fé, no sacramento
do batismo e nos carismas através dos quais ocorrem sinais milagrosos de
libertação e de cura como expressão do Reino de Jesus no mundo.
O Senhor disse aos Onze: Eis os sinais que
acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome; falarão
línguas novas; se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará
mal algum; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, esses ficarão curados.
Após ter-lhes falado, Jesus foi arrebatado aos céus e
sentou-se à direita de Deus, ou seja, participa definitivamente da soberania e
da glória divinas. Desse lugar que ocupa em sua glorificação nos céus
e que, portanto, abrange a totalidade sem limites, é que continua
na terra a operar através do ministério hierárquico. Pela simbologia dos Onze,
compreende-se o ministério sempre quantitativa e qualitativamente reduzido e
desfalcado em relação às necessidades, mas, por isso mesmo, também sempre
contando com o poder da graça que não falta. Com efeito, é com a ajuda do
próprio Senhor glorificado que saem a pregar por toda a parte a Palavra,
confirmada pelos milagres que a acompanham.
A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da
primitiva comunidade cristã. Após longo processo de formação, os discípulos
tinham diante de si a missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais
com a presença física do Mestre.
Acenando ao Espírito que conduzirá a Igreja, Jesus
consola os apóstolos, entristecidos em face de sua partida: "É de vosso
interesse que eu parta; com efeito, se eu não partir, o Paráclito não virá a
vós; se, pelo contrário, eu partir, eu vo-lo enviarei". O conforto que a
presença de uma pessoa significativa proporciona, desencadeia mecanismos de
resistência quando surge a perspectiva da separação.
A ruptura, muitas vezes, revela-se uma necessidade
para que as pessoas possam crescer, caminhando com dignidade em busca de novos
horizontes de maior elevação. Os que resistem a esse impulso criativo correm o
risco de ceder à mediocridade. A promessa do Espírito Santo é lembrança de que
há um longo caminho a percorrer.
Não é possível viver só de saudades. O dinamismo da
esperança é incômodo, mas é no seu interior que acontece o projeto de Deus, que
precisa ser proclamado sem restrições: "Recebereis
uma força, a força do Espírito Santo que virá sobre vós; e sereis minhas
testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até as extremidades da
terra". A Ascensão de Jesus exige que os discípulos sejam guiados: "Que o Deus de nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai a quem pertence a Glória, vos dê um espírito de sabedoria, que
vô-lo revele e faça conhecer verdadeiramente".
Desde que convocou os primeiros discípulos para
segui-lo até o momento de sua subida para junto do Pai, Jesus não descurou a
tarefa de preparar o pequeno grupo de seguidores para o serviço da
evangelização. As longas caminhadas permitiram-lhe ir explicitando para eles a
mensagem evangélica. Os discursos dirigidos às multidões e os debates com seus
adversários foram, também, ocasiões propícias para tornar conhecido seu
pensamento.
Não bastava, porém, a formação intelectual. Era
preciso uma preparação em nível existencial. Isso se deu mediante o exemplo de
vida do Mestre. Seu modo de tratar as pessoas, especialmente os pecadores e
marginalizados, seu relacionamento íntimo com o Pai, sua liberdade diante da
Lei, sua ação enérgica contra toda sorte de injustiça e exploração da boa-fé do
povo serviam de alerta para os discípulos, em vista da atitude que deveriam
tomar, no exercício da missão.
Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua
missão terrena, chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. A missão,
afinal, não lhes pertence. Por ela, no entanto, eles são responsáveis, porque
escolhidos e enviados. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.
“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda
criatura!” [...] E os discípulos
saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a
Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
O evangelista apresenta o caminho e as condições para
conhecer Jesus e sua proposta. A comunidade constrói um novo modo de viver a
partir do discipulado, na partilha e no amor.
Para a comunidade de são Marcos, proclamar a Boa-Nova
do Evangelho é condição para verificar a coerência de quem de fato conhece
Jesus. Por isso, temos o pedido dele aos discípulos para voltar à Galiléia, que
significava reencontrar Jesus, não mais o Jesus de Nazaré, mas o Cristo da Fé.
Isto é, encontrar-se com Jesus Cristo, morto e ressuscitado, e viver como ele
viveu. Tal convicção não fica limitada à própria pessoa: quem conhece Jesus tem
necessidade de anunciar essa alegria aos outros.
Na Igreja primitiva, todos os sinais que o Senhor
enumera aqui foram realizados, não só pelos apóstolos, mas também por outros
santos. Os pagãos não teriam abandonado o culto dos ídolos se a pregação do
Evangelho não fosse confirmada por tantos sinais e milagres. Pois, conforme diz
o Apóstolo, os discípulos pregavam Cristo crucificado, escândalo para os judeus
e loucura para os pagãos.
Vendo que os demônios eram expulsos, que os discípulos
falavam línguas novas; que, só por sua palavra, matavam ou afugentavam
serpentes e bebiam veneno mortal sem sofrerem mal algum; que curavam os
doentes, não apenas pelo contato, mas até pela sombra de seu corpo, os pagãos
convertidos exclamavam: “É somente o Senhor Jesus Cristo que realiza tais
obras”. Sinais e prodígios já não são mais necessários para nós. Basta-nos ler
ou escutar os relatos dos que foram realizados.
Na Igreja, são realizados sinais todos os dias. Se
quisermos prestar atenção, poderemos reconhecer que têm mais valor que os
milagres materiais de outrora. Todos os dias os sacerdotes expulsam demônios,
quando batizam o povo e o chamam à conversão. A cada dia falam uma nova língua;
ao explicarem a Sagrada Escritura, substituem a letra envelhecida pela novidade
do sentido espiritual. Expulsam serpentes ao libertarem os corações dos
pecadores do apego aos vícios, por meio de suaves exortações. Bebem veneno sem
que sejam prejudicados, ao lerem os livros dos pagãos e dos hereges e, ao
ouvirem as injúrias venenosas e amargas a eles dirigidas, fazem-se surdos a
elas e as desprezam. Impõem as mãos aos doentes e eles saram, porque, com suas
orações, curam as almas enfermas e as reconciliam com o Senhor. Os santos do
Senhor realizam, ainda hoje, os sinais que o Senhor prometera que haveriam de
realizar.
A Igreja existe expressamente para viver o modelo
apostólico do Novo Testamento, ensinando e encorajando os cristãos a uma vida
com Deus sob a égide do Espírito Santo, a fim de serem capacitados para
evangelizar o mundo, que terão as manifestações sobrenaturais do Espírito
Santo. A suprema tarefa da Igreja, no mundo, é a evangelização.
"Evangelizar significa proclamar a verdade"; boas novas. Aqueles que
acreditam em Cristo sustentam e ensinam a verdade, trabalhando pela salvação
das pessoas.
No momento em que tivermos compreendido e
experimentado que seguir Jesus é acompanhá-lo no caminho da cruz, da doação e
do serviço, com a fé e a garantia de que ele mesmo vai à nossa frente, teremos
vencido as barreiras que impedem o despertar para o discipulado do Reino.
As palavras de Jesus são para todos os cristãos de
hoje. É a missão que brota do nosso batismo: “Ide
pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho”. Cremos no Evangelho, cremos no
que narram as Escrituras. Por isso, desejamos a todos um itinerário de
crescimento no encontro com Jesus de Nazaré, o Cristo da nossa fé.
Para finalizar, queremos dizer que Deus é como o pai e
a mãe preocupados com seus filhos e filhas: nele podemos e devemos confiar,
enquanto procuramos concretizar seu reino como servidores e administradores do
sue projeto de salvação.
Profissionalmente, enquanto Contabilistas, trabalhemos bem unidos, com seriedade, competência, dedicação e amor à
profissão, cumprido o papel insubstituível na nova fase de
transparência das administrações públicas;: pela integridade moral e ética bem
como, disposição de lutar contra a fraude e a corrupção que grassam pelo País e pela participação na construção de um mundo
melhor! Esta é a missão do Contabilista cristão, que hoje festeja o seu dia.
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