EVANGELHO DO DIA
Evangelho: SABADO 03 NOVEMBRO
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 14,1.7-11
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 14,1.7-11
"Num sábado, Jesus entrou na casa
de certo líder fariseu para tomar uma refeição. E as pessoas que estavam ali
olhavam para Jesus com muita atenção.
Certa vez Jesus estava reparando como os convidados escolhiam os melhores lugares à mesa. Então fez esta comparação:
- Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado. Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: "Dê esse lugar para este aqui." Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: "Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor." E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. Porque quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido."
Meditação:
Certa vez Jesus estava reparando como os convidados escolhiam os melhores lugares à mesa. Então fez esta comparação:
- Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado. Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: "Dê esse lugar para este aqui." Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: "Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor." E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. Porque quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido."
Meditação:
Dentre os
quatro evangelistas, Lucas é o único que, por três vezes (Lc 7,36; 11,37; 14,1)
menciona refeições de Jesus em casa de fariseus. Esta refeição é ocasião de
ensinamentos de Jesus.
Na parábola dirigida aos demais convidados, aquele que ocupou o primeiro lugar teve que cedê-lo a um amigo mais importante do dono da casa e aquele que ocupou o último lugar foi convidado para um lugar melhor.
Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido. «Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus.
Na parábola dirigida aos demais convidados, aquele que ocupou o primeiro lugar teve que cedê-lo a um amigo mais importante do dono da casa e aquele que ocupou o último lugar foi convidado para um lugar melhor.
Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido. «Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus.
Eles o
observavam atentamente». Ao ler o Evangelho a partir de um certo ponto de vista,
acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios: hipocrisia,
falsidade; os inimigos por antonomásia de Jesus.
Com estes
significados negativos, o termo «fariseu» passou a fazer parte do dicionário de
nossa língua e de outras muitas.
Semelhante
idéia dos fariseus não é correta. Entre eles havia certamente muitos elementos
que respondiam a esta imagem e Cristo os enfrenta. Mas nem todos eram assim.
Nicodemos,
que vai ver Jesus de noite e que depois o defende ante o Sinédrio, era um
fariseu (Jo 3,1; 7, 50ss).
Também
Saulo era fariseu antes da conversão, e era certamente uma pessoa sincera e
zelosa, ainda que não estivesse bem iluminado. Outro fariseu era Gamaliel, que
defendeu os apóstolos ante o Sinédrio (At 5,34 e
seguintes).
As
relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam
muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no amor
de Deus e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da lei.
Alguns,
como neste caso, inclusive o convidam para uma refeição em sua casa. Hoje se
considera que mais que os fariseus, quem queria a condenação de Jesus eram os
saduceus, a quem pertencia a casta sacerdotal de
Jerusalém.
Por todos
estes motivos, seria sumamente desejável deixar de utilizar o termo «fariseu» em
sentido depreciativo. Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com grande
honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história,
especialmente após a destruição de Jerusalém.
Durante a
refeição, naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um
dirigido aos «convidados» e outro para o «anfitrião».
Ao dono da
casa, Jesus disse (talvez diante dele ou só em presença de seus discípulos):
«Quando deres um almoço ou um jantar, não convides seus amigos, nem seus irmãos,
nem seus parentes, nem os vizinhos ricos…». É o que o próprio Jesus fez, quando
convidou ao grande banquete do Reino os pobres, os aflitos, os humildes, os
famintos, os perseguidos.
Vamos
centrar nossa meditar no que Jesus diz aos «convidados»: «Se te convidam a um
banquete de bodas, não te coloques no primeiro lugar…».
Jesus não
quer dar conselhos de boa educação. Nem sequer pretende alentar o sutil cálculo
de quem se põe em uma fila, com a escondida esperança de que o dono lhe peça que
se aproxime.
A parábola
nisso pode dar pé ao equívoco, se não se levar em consideração o banquete e o
dono dos quais Jesus está falando. O banquete é o universal do Reino e o dono é
Deus.
Na vida,
quer dizer Jesus, escolhe o último lugar, procura contentar os demais mais que a
ti mesmo; sê modesto na hora de avaliar seus méritos, deixa que sejam os demais
quem os reconheçam e não tu («ninguém é bom juiz em causa própria»), e já desde
esta vida Deus te exaltará.
Ele te
exaltará com sua graça, te fará subir na hierarquia de seus amigos e dos
verdadeiros discípulos de seu Filho, que é o que realmente
importa.
Ele te
exaltará também na estima dos demais. É um fato surpreendente, mas verdadeiro.
Não só Deus «se inclina ante o humilde e rejeita o soberbo» (Sl 107, 6); também
o homem faz o mesmo, independentemente do fato de ser crente ou não.
A
modéstia, quando é sincera, não artificial, conquista, faz que a pessoa seja
amada, que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja
desejada.
Vivemos em
uma sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem
evangélica sobre a humildade.
Correr
para ocupar os primeiros lugares, talvez pisoteando, sem escrúpulos, a cabeça
dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas
por todos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade
e hospitalidade.
A parábola
exprime a prática do Reino: a renúncia ao sucesso na injusta sociedade
competitiva pelo status e poder, e a adesão à nova sociedade do Reino, fundada
na humildade, na fraternidade e no serviço.
Em conclusão a sentença chave: quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado. É um tema precioso para Lucas, já presente no Cântico de Nossa Senhora (Lc 1,51-52).
O não precipitar-se em ocupar os primeiros lugares em momentos solenes era regra comum de boas maneiras nas várias culturas contemporâneas do primeiro século.
Em conclusão a sentença chave: quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado. É um tema precioso para Lucas, já presente no Cântico de Nossa Senhora (Lc 1,51-52).
O não precipitar-se em ocupar os primeiros lugares em momentos solenes era regra comum de boas maneiras nas várias culturas contemporâneas do primeiro século.
Reflexão Apostólica:
No
evangelho de hoje Jesus vem nos dar um conselho bem prático para o nosso
dia-a-dia e se utiliza de uma simples parábola para nos revelar a importância de
sermos humildes e de reconhecermos a nossa pequenez diante dos homens.
Ele
está querendo revelar para cada um de nós que em nenhum momento devemos nos
valer da expectativa que temos em nós mesmos ou da autoconfiança, pois podemos
ser humilhados e colocados para sentar no último lugar.
Como
é desagradável ser chamado a sair de um lugar para que outro possa ocupá-lo; e
ao mesmo tempo como é bom ser reconhecido na multidão pelo dono da festa e ser
conduzido para um lugar especial, escolhido e reservado para você.
Todos
nós preferimos passar pela segunda experiência, não é mesmo??? Então, esse é o
grande sentido dessa parábola, não se vangloriar de si mesmo e a partir da
humildade que Deus coloca em seu coração considerar os outros superiores a vós
mesmos para que a partir dessa atitude a própria graça de Deus possa te elevar.
Isto não quer dizer que devamos nos sentir uns coitadinhos, não.
São
Paulo escreve ao Filipenses no capítulo 2 quando diz: "Cada qual tenha em vista
não os seus próprios interesses e sim os dos outros. Dedicai-vos mutuamente a
estima que se deve em Cristo Jesus. Sendo Ele de condição divina não se
prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a
condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E sendo exteriormente
reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a
morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o
nome que está acima de todos os nomes".
Nem
Jesus que era o próprio Deus se valeu dessa condição para estar no mundo e
desempenhar sua missão, então quem somos nós para nos valermos dos poucos
talentos que temos para tentar sermos melhor que os outros???
Precisamos
valorizar o que temos de melhor em nós sim, mas tudo isso devemos fazer pela
graça de Deus. É Deus quem deve te elevar e não você mesmo.
Então,
que através desse Evangelho possamos pedir a graça da humildade verdadeira para
nossos corações acreditando que Deus age na simplicidade e que não é preciso
estar sempre na primeira fila para ser reconhecido por Deus e pelos nossos
irmãos.
Tenhamos um dia abençoado por Deus e pratiquemos a virtude da humildade, pois quando nos humilhamos diante dos homens, somos exaltados diante do Pai.
Propósito:
Nenhum comentário:
Postar um comentário