Evangelho:
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,18-22
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,18-22
"Certa
vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então
ele perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Pedro respondeu:
- O Messias que Deus enviou.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado."
Meditação:
- Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Pedro respondeu:
- O Messias que Deus enviou.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado."
Meditação:
Nos três evangelistas sinóticos
encontramos esta narrativa sobre a identidade de Jesus. Contudo, cada
evangelista lhe dá uma interpretação particular.
Em Marcos, o primeiro a escrever seu evangelho, a narrativa é como que uma introdução à segunda parte de seu evangelho, caracterizada pelo caminho de Jesus em direção a Jerusalém. Nela temos o primeiro "anúncio da paixão", o qual seguido de mais outros dois, que virão, demarcarão este caminho cujo desfecho é a crucifixão e morte de Jesus.
Enquanto que em Marcos o diálogo entre Jesus e Pedro é tenso, Lucas ameniza este diálogo, colocando-o em um momento de oração de Jesus e removendo a troca de repreensões entre Pedro e Jesus. Está em questão a identidade messiânica davídica de Jesus. Na narrativa de Marcos, e aqui, em Lucas, a identificação de Jesus como o messias davídico é rejeitada por Jesus.
Em Mateus esta identificação é exaltada. Pode-se perceber que Mateus se adapta às comunidades de cristãos judeus para as quais escreve seu evangelho.
Lucas nos apresenta hoje a preocupação de Jesus sobre o conceito que as pessoas tem e fazem da Sua pessoa e então faz aos discípulos a inquietante pergunta: “Quem dizem as pessoas sobre quem é o Filho do Homem?”
Em Marcos, o primeiro a escrever seu evangelho, a narrativa é como que uma introdução à segunda parte de seu evangelho, caracterizada pelo caminho de Jesus em direção a Jerusalém. Nela temos o primeiro "anúncio da paixão", o qual seguido de mais outros dois, que virão, demarcarão este caminho cujo desfecho é a crucifixão e morte de Jesus.
Enquanto que em Marcos o diálogo entre Jesus e Pedro é tenso, Lucas ameniza este diálogo, colocando-o em um momento de oração de Jesus e removendo a troca de repreensões entre Pedro e Jesus. Está em questão a identidade messiânica davídica de Jesus. Na narrativa de Marcos, e aqui, em Lucas, a identificação de Jesus como o messias davídico é rejeitada por Jesus.
Em Mateus esta identificação é exaltada. Pode-se perceber que Mateus se adapta às comunidades de cristãos judeus para as quais escreve seu evangelho.
Lucas nos apresenta hoje a preocupação de Jesus sobre o conceito que as pessoas tem e fazem da Sua pessoa e então faz aos discípulos a inquietante pergunta: “Quem dizem as pessoas sobre quem é o Filho do Homem?”
O interessante disso tudo é que os
discípulos escutavam os mesmos comentários que chegaram aos ouvidos de Herodes:
que Jesus era ou João Batista, ou Elias, ou algum dos profetas antigos, que
ressuscitou.
O que Jesus realmente queria saber
era o que os seus discípulos pensavam a respeito dele. E nesse momento é Pedro
quem toma a iniciativa da resposta e erguendo a voz diz: Tu és o Cristo de
Deus!
A palavra Cristo vem do grego, é uma tradução literal de Messias, e significa ungido. Esta resposta de Pedro tem todo um significado, e é sobre isso que vamos refletir hoje.
Os livros proféticos do Antigo Testamento falam da vinda do Messias, o Salvador. E atribui a Ele o poder de curar os doentes, expulsar demônios, e trazer a paz ao povo. João Batista sabia disso.
É por isso que quando ele mandou seus discípulos perguntarem a Jesus se Ele era o Messias, Jesus pediu que os discípulos de João o acompanhassem durante aquela tarde enquanto Ele realizou a cura de cegos e aleijados.
Depois disso, Jesus disse aos discípulos de João que voltassem para dizer o que tinham visto. Jesus não queria dizer, neste momento, que Ele era o Messias, pois muitas coisas ainda precisavam acontecer antes do seu martírio.
João Batista, como conhecedor das Escrituras, sabia desses sinais. Se Jesus já afirmasse desde esse momento que era a Promessa de Deus, o alvoroço e a polêmica seriam ainda maiores do que este que já estava acontecendo. E isso poderia encurtar a sua trajetória no meio de nós.
Mas então as pessoas da época não sabiam que Ele era o Ungido de Deus? O Filho de Deus? Que não deveriam esperar que viesse outro? Pois é, não sabiam. Somente os discípulos sabiam disso. E foram severamente proibidos de comentar isso com alguém até que Ele passasse pelo martírio, morte e ressurreição.
Ainda hoje os judeus esperam a primeira vinda do Messias. Para eles, Jesus foi apenas mais um profeta, que teve a sua importância, mas que não libertou o povo, como eles esperavam. O entendimento deles não permite que vejam a libertação que Jesus veio trazer… A libertação da escravidão do pecado.
Essa libertação vai muito além da libertação que eles esperavam, que era a libertação da servidão aos romanos da época, e depois a tantos outros povos ao longo da história.
A libertação que Jesus veio trazer é de dentro para fora. Você pode estar acorrentado numa prisão, e ser livre. Você pode estar doente em um leito de hospital, rejeitado pelos seus pais e estar em um orfanato ou um asilo, pode ter perdido a saúde, a dignidade, o dinheiro, a liberdade de ir e vir… e ainda ser livre.
A palavra Cristo vem do grego, é uma tradução literal de Messias, e significa ungido. Esta resposta de Pedro tem todo um significado, e é sobre isso que vamos refletir hoje.
Os livros proféticos do Antigo Testamento falam da vinda do Messias, o Salvador. E atribui a Ele o poder de curar os doentes, expulsar demônios, e trazer a paz ao povo. João Batista sabia disso.
É por isso que quando ele mandou seus discípulos perguntarem a Jesus se Ele era o Messias, Jesus pediu que os discípulos de João o acompanhassem durante aquela tarde enquanto Ele realizou a cura de cegos e aleijados.
Depois disso, Jesus disse aos discípulos de João que voltassem para dizer o que tinham visto. Jesus não queria dizer, neste momento, que Ele era o Messias, pois muitas coisas ainda precisavam acontecer antes do seu martírio.
João Batista, como conhecedor das Escrituras, sabia desses sinais. Se Jesus já afirmasse desde esse momento que era a Promessa de Deus, o alvoroço e a polêmica seriam ainda maiores do que este que já estava acontecendo. E isso poderia encurtar a sua trajetória no meio de nós.
Mas então as pessoas da época não sabiam que Ele era o Ungido de Deus? O Filho de Deus? Que não deveriam esperar que viesse outro? Pois é, não sabiam. Somente os discípulos sabiam disso. E foram severamente proibidos de comentar isso com alguém até que Ele passasse pelo martírio, morte e ressurreição.
Ainda hoje os judeus esperam a primeira vinda do Messias. Para eles, Jesus foi apenas mais um profeta, que teve a sua importância, mas que não libertou o povo, como eles esperavam. O entendimento deles não permite que vejam a libertação que Jesus veio trazer… A libertação da escravidão do pecado.
Essa libertação vai muito além da libertação que eles esperavam, que era a libertação da servidão aos romanos da época, e depois a tantos outros povos ao longo da história.
A libertação que Jesus veio trazer é de dentro para fora. Você pode estar acorrentado numa prisão, e ser livre. Você pode estar doente em um leito de hospital, rejeitado pelos seus pais e estar em um orfanato ou um asilo, pode ter perdido a saúde, a dignidade, o dinheiro, a liberdade de ir e vir… e ainda ser livre.
Parece contraditório, mas é a
Verdade. E a Verdade vos libertará. Nem a morte causa medo a quem tem essa
liberdade. E essa é a maior prova de fé: não temer a morte.
Para Pedro, Jesus é Filho do Homem. É o Deus que se faz humano, convivendo no dia-a-dia comum entre as multidões e comunicando-lhes seu amor divino e eterno, que permanece para sempre, além da morte. E para ti quem é Jesus? A pergunta: E vós quem dizeis que Eu sou?, exige um comprometimento pessoal.
Pedro corajosamente mostrou sua crescente lealdade, ao afirmar que Jesus era o Cristo de Deus. Nesta confissão Pedro quis dizer que Jesus era o único Deus, Filho ungido para seus propósitos. Quais propósitos?
A maioria não tinha idéia, portanto Jesus não queria que seus discípulos divulgassem o que Pedro havia dito. Ao invés de um Rei ungido para sofrer e morrer por pecadores, a maioria dos judeus estavam à procura de um rei que trouxesse libertação política.
Jesus então deixou claro o preço que teria que pagar para seguir a confissão de Pedro num mundo que não apenas estava confuso a seu respeito, como também era contra seu ministério. Concordar com a confissão de Pedro significa causar conflito entre os crentes e o mundo e os levaria a negar a si mesmos, ao carregarem a cruz do discipulado.
Para Pedro, Jesus é Filho do Homem. É o Deus que se faz humano, convivendo no dia-a-dia comum entre as multidões e comunicando-lhes seu amor divino e eterno, que permanece para sempre, além da morte. E para ti quem é Jesus? A pergunta: E vós quem dizeis que Eu sou?, exige um comprometimento pessoal.
Pedro corajosamente mostrou sua crescente lealdade, ao afirmar que Jesus era o Cristo de Deus. Nesta confissão Pedro quis dizer que Jesus era o único Deus, Filho ungido para seus propósitos. Quais propósitos?
A maioria não tinha idéia, portanto Jesus não queria que seus discípulos divulgassem o que Pedro havia dito. Ao invés de um Rei ungido para sofrer e morrer por pecadores, a maioria dos judeus estavam à procura de um rei que trouxesse libertação política.
Jesus então deixou claro o preço que teria que pagar para seguir a confissão de Pedro num mundo que não apenas estava confuso a seu respeito, como também era contra seu ministério. Concordar com a confissão de Pedro significa causar conflito entre os crentes e o mundo e os levaria a negar a si mesmos, ao carregarem a cruz do discipulado.
Reflexão Apostólica:
Ontem refletimos o texto que relata a curiosidade de Herodes
em torno da pessoa de Jesus. Nesse contexto, podemos situar a passagem de hoje;
agora é Jesus quem pergunta a seus discípulos sobre a opinião que as pessoas
tinham dele.
Aqueles que o viram ou ouviram têm a mesma opinião de
Herodes de que pode ser Elias, ou um dos profetas, ou inclusive João Batista
ressuscitado.
Contudo, interessa a Jesus saber o que pensam seus
discípulos, seus mais próximos seguidores. Pedro responde em nome do grupo:
reconhecem-no como Messias, quer dizer, o Ungido de Deus, esperado por todos
como o grande libertador do povo.
Jesus ordena silêncio a seus discípulos acerca de sua
identidade, pois não quer fama e ainda não tinha chegado o momento da revelação
de sua identidade.
Será na cruz; é o sentido do primeiro anúncio da paixão que
fecha esta passagem. O messianismo de Jesus não se revelará no poder e no
prestígio humano, mas na cruz, sinal de salvação para toda a humanidade. Também
a pergunta é para nós: para nós quem é Jesus? E que conseqüências traz a
resposta que dermos para nosso compromisso como pessoas que acreditam nele?
Enquanto que para muitos Ele é apenas um muro de lamentações ou um refúgio em suas necessidades, para poucos Ele representa o Senhor de suas vidas, Aquele que deve direcionar todas as suas ações, e a quem submetemos o nosso corpo e a nossa alma.
Jesus adverte aos discípulos que seu seguimento é, muitas vezes, espinhoso: "O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar ao terceiro dia".
Essa mesma advertência é válida para nós nos dias de hoje, onde o seguimento de Jesus exige de nós momentos de renúncia, de mansidão, de humildade e de compreensão, como nos previne o livro do Eclesiastes: "Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo que acontece debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta".
O discipulado de Cristo lá e aqui tem seu preço, seu custo. Dar a sua vida por amor aos seus irmãos. Esta é a mensagem para o dia de hoje.
Peçamos e oremos ao Senhor para que nos ajude a abrir mão, se preciso for, da segurança, conforto e diversões deste mundo para O seguir.
Enquanto que para muitos Ele é apenas um muro de lamentações ou um refúgio em suas necessidades, para poucos Ele representa o Senhor de suas vidas, Aquele que deve direcionar todas as suas ações, e a quem submetemos o nosso corpo e a nossa alma.
Jesus adverte aos discípulos que seu seguimento é, muitas vezes, espinhoso: "O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar ao terceiro dia".
Essa mesma advertência é válida para nós nos dias de hoje, onde o seguimento de Jesus exige de nós momentos de renúncia, de mansidão, de humildade e de compreensão, como nos previne o livro do Eclesiastes: "Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo que acontece debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta".
O discipulado de Cristo lá e aqui tem seu preço, seu custo. Dar a sua vida por amor aos seus irmãos. Esta é a mensagem para o dia de hoje.
Peçamos e oremos ao Senhor para que nos ajude a abrir mão, se preciso for, da segurança, conforto e diversões deste mundo para O seguir.
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