Leituras
do dia:
Ez 18,1-10.13b.30-32
Sl 51(50)
Sl 51(50)
ESCUTA DA PALAVRA -
VER
Evangelho:
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 19,13-15
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 19,13-15
"Depois disso,
algumas pessoas levaram as suas crianças para Jesus pôr as mãos sobre elas e
orar, mas os discípulos repreenderam as pessoas que fizeram isso. Aí ele disse:
- Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino do Céu é das pessoas que são como estas crianças.
Então Jesus pôs as mãos sobre elas e foi embora."
- Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino do Céu é das pessoas que são como estas crianças.
Então Jesus pôs as mãos sobre elas e foi embora."
MEDITAÇÃO -
JULGAR(O que diz o texto para mim?)
Meditação:
Associado ao tema da
família, anteriormente apresentado, Mateus introduz o tema da criança. Nas
crianças encontramos uma das formas de exclusão. Elas integram o universo social
dos fracos e excluídos, formado pelos impuros, pecadores, pobres e gentios.
Os discípulos repreendem as
crianças e aqueles que as levam a Jesus. Da mesma maneira eram repreendidos os
dois cegos que clamavam a Jesus, na saída de Jericó (Mt 20,31).
O evangelho é muito breve.
Só três versículos. Descreve como Jesus acolhe as crianças. O tema da criança
também esteve em evidência como contraste às aspirações de poder dos
discípulos.
Levaram a Jesus algumas crianças, para que ele lhes impusesse as mãos e rezasse por elas. Os discípulos ficaram incomodados e repreenderam as mães. Por que?
Levaram a Jesus algumas crianças, para que ele lhes impusesse as mãos e rezasse por elas. Os discípulos ficaram incomodados e repreenderam as mães. Por que?
Provavelmente, de acordo
com as normas severa das leis da impureza, as crianças pequenas na situação em
que viviam eram consideradas impuras.
Se elas tocavam Jesus,
Jesus ficaria impuro. Por isso, era importante evitar que chegassem perto e o
tocassem. Porque isto já tinha acontecido uma vez, quando um leproso tocou
Jesus. Jesus ficou impuro e não pode mais entrar na cidade. Tiveram que ficar
nos lugares desertos (Mc 1,4-45).
Jesus reage e diz aos
discípulos: “Deixei as crianças e não as proibais de virem a mim, porque delas é
o Reino dos Céus”.
Jesus não se incomoda em
passar por cima das normas que impedem a fraternidade e a acolhida a ser
oferecida aos pequenos.
A nova experiência de Deus
Pai marcou a vida de Jesus e lhe dá novos olhos para perceber e avaliar a
relação entre as pessoas.
Jesus fica ao lado dos
pequenos, dos excluídos e assuma sua defesa. Impressiona quando se reúne tudo o
que a Bíblia fala sobre as atitudes de Jesus em defesa da vida das crianças e
dos pequenos:
a) Agradecer pelo Reino
presente nos pequenos. A alegria de Jesus é grande, quando vê que as crianças,
os pequenos, entendem as coisas do Reino que ele anunciava às pessoas. “Pai, eu
te agradeço!” (Mt 11,25-26) Jesus reconhece que os pequenos entendem mais dos
doutores as coisas do Reino!
b) Defender o direito de
gritar. Quando Jesus, entrando no Templo, derruba as mesas dos que trocavam
moedas, foram as crianças a gritar: Hosana ao Filho de Davi!” (Mt 21,15).
Criticadas pelos chefes dos sacerdotes e dos escribas, Jesus s defende e por
isso cita as Escrituras (Mt 21,16).
c) Identificar-se com os
pequenos. Jesus abraça os pequenos e se identifica com eles. Quem acolhe um
pequeno, acolhe Jesus (Mc 9, 37). “E toda vez que fizestes estas coisas a um
destes meus irmãos menores, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40).
d) Acolher e não se
escandalizar. Uma das palavras mais duras de Jesus é contra aqueles que são
causa de escândalo para os pequenos, isto é, que são o motivo pelo qual os
pequenos não acreditam mais em Deus. Por isto, melhor seria para eles que
amarrassem ao colo uma pedra de moinho e serem lançadas no abismo do mar (Lc
17,1-2; Mt 18,5-7). Jesus condena o sistema, seja político seja religioso, que é
motivo pelo qual os pequenos, as pessoas humildes, perde sua fé em Deus.
e) Torna-se criança. Jesus
pede a seus discípulos para se tornarem como crianças e aceitar o Reino como
crianças. Sem isso não é possível entrar no Reino (Lc 9,46-48). Indica que as
crianças são professores dos adultos. Isto não era normal, Estamos acostumados
ao contrário.
f) Acolher e tocar (o
evangelho de hoje). Mães com filhos que chegam perto de Jesus para pedir a
bênção. Os apóstolos reagem e as afastam. Jesus corrige os adultos e recebe as
mães com suas crianças. Toca as crianças e as abraça. “Deixai que os pequenos
venham a mim, não os impeçais!” (Mc 10,13-16; Mt 19,13-15). Pelas normas da
época, seja as mães como seus filhos menores, viviam, praticamente, num estado
de impuridade legal. Jesus não se deixa influencias por isso.
g) Acolher e curar. Muitas
são as crianças e os jovens que ele acolhe, cura e ressuscita: a filha de Jairo,
de 12 anos (Mc 5,41-42), a filha da mulher Cananéia (Mc 7,29-30), o filho da
viúva de Naim (Lc 7,14-15), o menino epilético (Mc 9,25-26), o filho do
Centurião (Lc 7,9-10), o filho do funcionário público (Jo 4,50), a criança com
cinco pães e dois peixes (Jo 6,9).
Reflexão
Apostólica:
No Evangelho de hoje dois
pontos me chamam atenção. O primeiro é o fato das crianças se sentirem atraídas
por Jesus a ponto de provocar um tumulto que os próprios discípulos acharam
necessário intervir, para depois serem repreendidos pelo Mestre.
Este é um ponto que eu
considero interessante porque se prestarmos atenção, veremos que são
pouquíssimas as pessoas que têm esse “magnetismo” com as crianças.
As características em comum
nessas pessoas são: a doçura, a simplicidade, o sorriso constante, a paciência,
a alegria, a jovialidade, a espontaneidade…
Em todos os lugares por
onde Jesus passava, multidões vinham ouvi-lo, e as crianças vinham
espontaneamente para que Ele impusesse suas mãos e orasse por elas. Jesus se deleitava com isso.
Nos quadros que tentam
retratar essa cena, Jesus sempre está sentado, com um olhar sereno, com cada mão
sobre a cabeça de uma criança super-comportada, e mais umas 3 crianças esperando
pacientemente a sua vez.
Se eu fosse pintar um
quadro da forma como imagino que aconteceu, seria com dezenas de crianças
correndo, pulando, gritando, brincando e fazendo a maior festa em torno de
Jesus, que se divertia com elas, enquanto alguns discípulos tentavam, em vão,
controlar a bagunça…
Jesus sempre ensinou pelo
exemplo e pelas palavras. Se Ele dizia que para entrar no Reino dos Céus,
deveríamos ser como crianças, então Ele próprio se fazia criança, principalmente
quando estava entre crianças.
O segundo aspecto que me fez refletir foi um questionamento para tentar entender melhor a psicologia de Jesus: Por que Ele deu tanta importância às crianças, a ponto de dizer que o Reino de Deus é delas, e para quem se faz como elas?
O segundo aspecto que me fez refletir foi um questionamento para tentar entender melhor a psicologia de Jesus: Por que Ele deu tanta importância às crianças, a ponto de dizer que o Reino de Deus é delas, e para quem se faz como elas?
O que Jesus via nas
crianças, para chegar a dizer isso? Já ouvimos muitos dizerem que a criança é
espontânea; que pode ficar com raiva, mas no minuto seguinte já faz as pazes e
esquece; que não vê malícia em nada; dentre tantas outras características. Qual
a experiência de Jesus com as crianças? O que Jesus realmente queria transmitir
aos discípulos?
Quando será que nós adultos, pais, irmãos, professores, impedimos as crianças de irem até Jesus? Isso acontece de várias maneiras.
Quando será que nós adultos, pais, irmãos, professores, impedimos as crianças de irem até Jesus? Isso acontece de várias maneiras.
Começando da nossa casa,
nós, os pais, irmãos e padrinhos das crianças, as impedimos de irem até Jesus,
quando não as levamos à missa, quando não as matriculamos na catequese, quando
não lhes damos bons exemplos de cristãos etc.
Já sei o que você está
querendo dizer. Eu mandei meu filho para a missa, sim. Matriculei minha filha na
catequese, e até ensinei os dois a rezar antes de dormir. Ótimo! Mas você deu o
exemplo indo à missa também, rezando na presença deles, os levou para o
catecismo?
É como diz o velho ditado. Palavras sem exemplos, são tiros sem balas. Para a criança, um bom exemplo dos pais vale por mil palavras.
É como diz o velho ditado. Palavras sem exemplos, são tiros sem balas. Para a criança, um bom exemplo dos pais vale por mil palavras.
Se seu filho nunca viu você
rezando, a fé dele está condenada. Seu filho, sua filha, são seus imitadores.
Eles querem, exigem que as vossas palavras sejam seguidas de exemplos.
Se você diz para seu filho
que ele tem de ser honesto e logo em seguida pega o telefone e fica combinando
com o seu amigo como dar um desfalque na empresa, ou como fazer uma pirataria,
você acha que o seu filho vai escolher ser honesto?
E o professor? Quando ele
impede as crianças, seus alunos, de irem até Jesus? Quando na sua indiferença a
qualquer religião, ele afirma para a classe. Deus?
Deus está na mente das
pessoas! Ou por outro lado, quando o mestre nunca semeia uma palavra de fé para
seus alunos, ou mesmo quando fala mal da Igreja ou dos padres.
No Evangelho de hoje, a criança serve de exemplo não pela inocência ou pela perfeição moral. Ela é o símbolo do ser fraco, sem pretensões sociais: é simples, não tem poder nem ambições. Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não era valorizada, não tinha nenhuma significação social.
No Evangelho de hoje, a criança serve de exemplo não pela inocência ou pela perfeição moral. Ela é o símbolo do ser fraco, sem pretensões sociais: é simples, não tem poder nem ambições. Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não era valorizada, não tinha nenhuma significação social.
A criança é, portanto, o
símbolo do pobre marginalizado, que está vazio de si mesmo, pronto para receber
o Reino de Jesus.
ORAÇÃO(O que o Evangelho de
hoje me leva a dizer a
Deus?)
Oração: Pai, seja a
simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo no qual devo
inspirar-me para ser fiel a
ti.
REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)(Qual meu novo olhar a partir da
Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
Propósito: Dar mais atenção para as "crianças" e
conduzí-las ao encontro com Jesus.
RETIRO - CONTEMPLAÇÃO
(Para
onde Deus quer me conduzir?)
-
Mergulhar no mistério de Deus.
-
Passar da cabeça para o coração (Silêncio).
-
Saborear Deus. Repousar em Deus.
- Ver a
realidade com os olhos de Deus.
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